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From: Faustino
Vicente
Date: 02/06/2008 08:10
Subject: ARTIGO - A GAZELA E O LEÃO
To: theresa.files@gmail.com
A GAZELA E O LEÃO
Faustino Vicente *
Quando o sol rompe no horizonte africano e
começa a clarear a sua imensa savana, dois
animais, a gazela e o leão, têm os seus
instintos despertados para as três principais
tarefas de suas vidas – correr, correr e correr.
A gazela, para não ser devorada pelo leão, e
este, para saciar a sua fome.Esta é a lei que a
natureza destinou à sobrevivência das espécies.
Embora seja possível fazer uma analogia entre
esse cenário e o mundo dos negócios, preferimos
destacar a importância das parcerias
estratégicas empresariais,que podem fazer parte
do conceito da "teoria da extensão",
desenvolvido pelo sociólogo canadense Herbert
Marshalll McLuan (1911-1980).
Desta nossa linha de pensamento um dos modelos
exemplares encontra-se na indústria automotiva,
onde as gigantescas montadoras dependem da
competência de um sem número de fabricantes de
autopeças. Além desse segmento,vários outros
oferecem espaços para que as empresas de menor
porte peguem carona na exportação de
produtos,contribuindo para a elevação do
superávit da balança comercial. As certificações
de normas técnicas fazem parte da garantia da
qualidade.
No comércio esse fenômeno também se faz
presente, principalmente nos sedutores shopping
centers, onde as lojas âncoras e os pequenos
negócios se beneficiam, reciprocamente, da
praticidade oferecida à massa consumidora que
busca produtos, entretenimento e serviços
diversos. A mudança estrutural da economia
provocada pela globalização,terceirização e pela
escalada das demissões, nas grandes corporações,
fez com que técnicos e executivos altamente
qualificados migrassem para negócios menores.
Esses fatores disponibilizaram mão-de-obra, ou
melhor, "cabeças-de-obra" que chegaram para
agregar valor ao desenvolvimento organizacional
de empresas de menor porte.
A esmagadora predominância numérica das pequenas
empresas se constitui numa cristalina fonte de
geração de empregos, hoje, prioridade
emergencial zero. Os estabelecimentos de rua,
pioneiros na comercialização e prestação de
serviços,é uma "invenção" milenar que terá,
sempre, o seu espaço no mundo dos negócios,desde
que monitorados por periódicas pesquisas de
tendência do mercado. A mundialmente famosa
região da 25 de março, em São Paulo, é um modelo
exemplar da pujança das lojas de rua.O sucesso
de um empreendimento não está no seu porte, mas
na competência gerencial de suas lideranças em
atender as necessidades e os hábitos dos
clientes, e na audácia inovadora de superar as
suas expectativas.
A Internet, as entidades especializadas, a
imprensa em geral e uma gama enorme de eventos
desenvolvidos pelo mundo todo, têm demostrado
como explorar oportunidades de negócios
lucrativos,contribuindo para reduzir o índice de
mortalidade empresarial,que ainda é elevado
nesse universo. Como diferencial de mercado, as
micros e pequenas empresas, e os profissionais
liberais, oferecem atendimento personalizado,
agilidade para responder às mudanças
conjunturais, facilidade de visão sistêmica a
todos os funcionários, procedimentos
desburocratizados, além do imbatível e
indispensável calor humano. A participação em
consórcios de exportação, a formação de
cooperativas, as associações de artesãos,o
aumento do número de incubadoras industriais, a
receptividade dos supermercadistas para produtos
sem tradição no mercado e a ativa participação
em entidades de classe, são algumas das formas
que devem incrementar esse grande negócio que se
chama pequenas empresas.
O novo formato organizacional da empresa
competitiva sinaliza que aquela que não for
receptiva às mudanças estruturais, e não
investir em excelência continuada da
gestão,estará ampliando a sua
vulnerabilidade,pois, "quando a diretoria pensa
que sabe todas as respostas,vem o mercado e muda
todas as perguntas".
* Faustino Vicente - Consultor de Empresas e de
Órgãos Públicos - e-mail: faustino.vicente@uol.com.br
- tel.(11) 4586.7426 – Jundiaí (Terra da Uva) -
SP |
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