Theresa Catharina de Góes Campos

  TROCA DE MORTOS POR VIVOS

From: REYNALDO FERREIRA
Date: 2008/7/22
Subject: FW: Troca de mortos por vivos
To: Theresa Catharina Campos


REPASSANDO...

Gazeta do Povo - Paraná
www.gazetadopovo.com.br

Antônio Carlos Coelho, professor do Studium Theologicum de Curitiba e da Faculdade Evangélica do Paraná.

Parece estranho trocar mortos por perigosos terroristas. Foi isto que fez Israel, agindo além da lógica e do senso comum. Trocou os restos mortais dos dois soldados da reserva, Eldad Regev e Ehud Goldwasser, seqüestrados em 2006 pelo Hizbollah, por assassinos. É óbvio que não é bom para Israel libertar aqueles que representam uma ameaça. No entanto, há valores morais e religiosos mais elevados do que qualquer orientação política ou de segurança.

Para o judeu e o judaísmo a vida está acima de tudo e o corpo que um dia foi portador de vida merece respeito e dignidade. Para Israel, é um dever moral repatriar judeus, mesmo os mortos, uma vez que esses morreram a serviço da segurança do seu povo. Os que lutam pela causa de Israel e do seu povo merecem a honra do repouso eterno em solo do país pelo qual lutaram.

Todavia, enquanto uns festejam a libertação de agentes do terror, outros choram a perda de jovens soldados. Esta oposição, festejos e lágrimas, aponta para a diferença de valores e objetivos entre grupos do extremismo islâmico e o Estado de Israel.

Diante de objetivos e valores morais tão opostos, o diálogo sobre a paz torna-se absurdo. Não haverá paz enquanto os vizinhos de Israel não se organizarem de forma democrática e não investirem os lucros obtidos do petróleo para o crescimento econômico e para a qualidade de vida da sua população.

Não será possível paz enquanto a morte valer mais do que a vida e, nas palavras de Golda Meir, ex-Primeira Ministra de Israel: "Enquanto os árabes não amarem seus filhos na mesma intensidade que odeiam Israel".
 

Jornalismo com ética e solidariedade.