Theresa Catharina de Góes Campos

  ÁGUA DO MAR ENGARRAFADA, PARA BEBER

From: REYNALDO FERREIRA
Date: 2008/9/18
Subject: FW: H2Ocean - Água do mar engarrafada, para beber
To: Theresa Catharina Campos


Repassando uma história que ilustra bem o Brasil: um país do "não", do "não pode", enfim, do indiferentismo para com as pessoas que desejarem realizar aqui alguma coisa!...

O Brasil já é conhecido internacionalmente pelo seu desdém no trato com a genialidade. Não temos nada, por exemplo, devidamente estruturado, para lidar com crianças de alto QI que, ao contrário, são tratadas como se fossem problemas, e uma ameaça a todas as demais. Perde-se assim um potencial de energia transformadora, que poderia fazer a diferença para esta sociedade.

Ao mesmo tempo, a "burrocracia" operada por um quadro de funcionários publicos ineptos, complementa a destruição de oportunidades inovadoras...(...)

Água do Mar Engarrafada - Espetacular
Água mineral feita a partir do mar paulista chega aos EUA.

Moradores de Miami, na Flórida (EUA), poderão, a partir do próximo mês,
entrar em lojas de conveniência da cidade e levar pra casa uma nova
garrafa de água mineral, a H2Ocean. Seria apenas mais uma marca no
mercado, não fosse por um detalhe: a H2Ocean é feita a partir da água
do mar, com aplicação da nanotecnologia. E mais. O processo foi
desenvolvido por brasileiros. A H2Ocean nasceu da experiência de dois
cientistas, que começaram a desenvolver a tecnologia de controle de
minerais em água dessalinizada. Isso ocorreu há dez anos. Em seguida,
somaram-se à dupla outros dois sócios. Em 2003, eles conseguiram a
patente do processo e passaram a bater de porta em porta para tentar
comercializar a água. 'Ao longo de dez anos, foram investidos cerca de
US$ 2 milhões na companhia', diz Rolando Viviani, gerente de marketing
da H2Ocean. Segundo ele, todas as pesquisas foram feitas com recursos
próprios dos quatro sócios. Seus nomes, por enquanto, são mantidos em
sigilo. No início, o objetivo da H2Ocean era vender a água
'nanotecnológica' no Brasil. A empresa alega ter procurado a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2006 para realizar o
pedido de registro do engarrafamento do produto. A resposta teria sido
a de que não há legislação específica para que esse tipo de água seja
vendido no país por conta da sua fonte: o mar. Procurada, a Anvisa
informou que a H2Ocean nunca entrou com um pedido de registro. A
empresa, entretanto, enviou ao Valor fac-símile da página da Anvisa na
internet em que aparece o número do processo do registro e do
protocolo, em nome de Aquamare Beneficiadora e Distribuidora de Água.
A data de entrada é de outubro de 2006 e o pedido foi negado em março
do ano passado. Em dezembro, a mesma Aquamare fez uma segunda
tentativa, enviando uma carta à Anvisa em que pedia esclarecimentos
sobre o que fazer para obter o registro. A resposta veio quatro meses
depois, com a indicação de que a empresa deveria 'importar' uma
legislação sobre o assunto. Ao Valor, a Anvisa também informou que 'a
empresa interessada na produção (...) de água dessalinizada deve
apresentar, preferencialmente por intermédio de uma associação,
proposta de regulamentação para avaliação pela Anvisa'. As
dificuldades para se obter o registro no Brasil levaram a H2Ocean a
mudar de estratégia. A empresa continua interessada em obter a
aprovação da Anvisa, mas decidiu priorizar a busca por novos mercados.
A opção foi pelos EUA. 'O registro da empresa saiu em três horas e a
água foi analisada em 15 dias. Nos EUA, conseguimos resolver em três
meses tudo o que não conseguimos aqui em quatro anos', afirma Viviani.
O Valor, porém, não teve acesso ao registro obtido no exterior. A
venda da H2Ocean começa nos Estados Unidos em agosto, em três estados:
além da Flórida, Nova Jérsei e Atlanta. Foram embarcados oito
contêineres do produto, feito inicialmente na fábrica de Bertioga,
litoral sul de São Paulo. A unidade poderá ser desativada em breve. A
produção deve ser transferida para os EUA no fim deste ano. A
nanotecnologia foi o instrumento utilizado pela H2Ocean para
transformar a água do mar em água mineral dessalinizada. A água dos
oceanos é rica em micro e macro nutrientes, como o boro, o cromo e o
germânio - elementos dos quais o corpo humano necessita, em pequenas
doses. Com a nanotecnologia, a H2Ocean conseguiu, a partir da água
recolhida em alto mar, retirar o sal e manter grande parte dos
minerais. Para chegar a esse resultado, os cientistas criaram um
filtro com nanotecnologia aplicada, o nanofiltro. O processo inicial é
o mesmo que se faz desde a década de 1940: a dessalinização. Depois de
retirado o sal, restam duas opções, segundo Viviani: 'Ou todos os
minerais são retirados da água ou ela continua salgada'. Com uma
sequência de nanofiltragens, a H2Ocean conseguiu manter 63 dos 86
minerais contidos na composição inicial. Surgiu a água do mar mineral.
Para saber se o resultado é bom, o brasileiro vai ter de esperar. Ou
passar em alguma 'deli' na próxima viagem à Disney. (Fonte: Gazeta
Mercantil - Indústria - Pág C1 - 30.07.08)

Vale a pena entrar no site: http://www.h2ocean.com.br/novo/h2ocean.html
 

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