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MAR DE PRATA Sendo o mar,
de prata,
meu coração, de ouro,
o sol trouxe esmeraldas
que nas águas cintilaram.
Sendo o mar, de prata,
meu coração, de ouro,
a noite chegou,
fazendo as águas brilharem,
com um manto de rainha
em diamantes bordado.
A chuva também veio,
respingando em tons de cinza,
cravejada de ametistas.
O rosto do relâmpago
mostrou-se com fulgor
gritando em voz poderosa,
deixando cair topázios.
Embora contemplando
o mar de prata,
a ninguém ofereci -
na verdade, ninguém viu,
ninguém ouviu -
meu coração,
que me parece de ouro.
Theresa Catharina de Góes Campos
Mar del Plata - Argentina, fevereiro de 1963 |
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