FAUSTINO VICENTE AMADOR:
EXEMPLO PARA SEUS DESCENDENTES E
CONCIDADÃOS
From:
Faustino Vicente
Date: 19/11/2008 20:22
Subject: AGORA... EM PORTUGAL
Um espanhol de Salamanca é uma Rua em
Jundiaí – São Paulo - Brasil
Depois da publicação na Tribuna de
Salamanca, (cidade dourada da Espanha,
em que nasceu meu saudoso pai
– Faustino Vicente Amador),
das referências que o Dr. Reinaldo
Basile (advogado, radialista e professor
universitário) fez em seu programa
da Rádio Cidade, no dia 14 (sexta-feira
passada), agora é o jornalista Humberto
Pinho da Silva, de Portugal, que coloca
em seu blog a narrativa
(vide abaixo)
sobre meu pai.
Pelos devidos méritos, consta neste blog
os nomes do Dr.Ary Fossen, Exmo.
Prefeito de Jundiaí, e do Sr. Antonio
Carlos Pereira Neto (Doca) Exmo.
Vereador da cidade, responsáveis pela
homenagem. Grato pelas habituais
atenções.
Faustino Vicente
– Consultor de Empresas e de Órgãos
Públicos, Professor e Advogado) -
Jundiaí (Terra da Uva)
– São Paulo - Brasil
HUMBERTO PINHO DA SILVA -
UM ESPANHOL DE
SALAMANCA É NOME DE RUA EM JUNDIAI -
BRASIL
Há homens
humildes que, com o trabalho e honradez,
se elevaram, tornando-se respeitados e
exemplo de menção para a juventude.
Entre eles está
Faustino
Vicente Amador,
pai do conhecido consultor de empresas,
professor e advogado paulista,
Faustino
Vicente.
Faz, neste
ano de 2008, precisamente um século, que
humilde agricultor saiu de Salamanca, –
a cidade de Unamuno, – com a esposa,
Joana Amador Garcia Vicente e duas
crianças: Francisco e Faustino Vicente
Amador.
Cansado de
ásperas lidas agrícolas, abalou com os
filhos, em busca de melhor fado – na
época, o Brasil era para muitos
europeus, o país da promissão.
A vida em
terras de Santa Cruz não foi fácil.
Iniciou-a na extracção de carvão, na
cidade de Taipas. Dinâmico, trabalhador,
poupado, em escassos anos alcançou
abarcar o suficiente para adquirir um
sitio (pequena quinta) no município de
Jundiaí – conhecido, em todo o Brasil,
pela cidade da uva (de mesa - niagara) –
onde, coadjuvado pelos filhos, lidava
com o carvão, corte de lenha, criação de
animais e plantação para consumo da
família. Durante este período
nasceram-lhe mais seis filhos, estes já
brasileiros.
O filho
Faustino – que foi homenageado pelo
município de Jundiaí, por proposta do
Exmº Senhor António Carlos Pereira Neto
(Doca), ilustre vereador municipal, que
conseguiu a denominação da Rua Faustino
Vicente Amador, através do projecto de
Lei nº 10. 051, promulgado pela Lei nº
7.142 de 08 de Setembro de 2008, pelo
Exmº Perfeito de Jundiai o Dr. Ary
Fossen, – casou duas vezes. Primeiro com
Páscoa; ficando viúvo, com Philomena. Do
primeiro matrimónio nasceu o João; das
segundas núpcias: Maria Aparecida e
Faustino Vicente.
No intento de
auxiliar os pais, Faustino deixou a zona
rural, fixando-se na cidade de Jundiaí –
na época pequeno e gracioso burgo de
características provincianas, hoje das
mais pujantes cidades do Brasil.
Nesse comenos
estabeleceu-se, nos anos trinta, com a
"Lenhadora Santa Cruz", no Largo da
Santa Cruz, distribuindo lenha, porta a
porta, com simples carroça; mais tarde,
como o negócio prosperasse, comprou dois
caminhões.
Estamos em
plena Guerra Mundial, escasseava o
combustível e o nosso Faustino tornou-se
tropeiro. Percorria grandes distâncias
em busca de animais (burros e mulas),
que comerciava em Jundiaí e cidades da
proximidade. Nesse em meio negociava em
terrenos, iniciando o loteamento de Vila
Nambi.
Como homem de
negócio que era – ainda que simples, e
com pouca formação académica, – possuía
invulgar espírito empreendedor.
Verificando que a melhor uva niagara,
que havia, era de Jundiaí, abriu postos
de venda na Praça principal da cidade,
onde se localiza a Catedral de N. S. do
Desterro; e ainda outro em Campinas, que
dista 32Km de Jundiai, vendendo também
na capital paulista, São Paulo, que fica
a 50 Km de distancia; chegando a montar,
durante a Festa da Uva, acolhedora
churrascaria.
Com o rodar
dos anos Faustino Vicente Amador
tornou-se figura prestigiosa no burgo,
solicitada a participar em várias
actividades sociais. Foi Presidente da
Sociedade Recreativa dos Caçadores e
Pescadores, fundou o Club de Tiro ao
Alvo e presidiu, entre outras, à Romaria
Diocesana ao Santuário de Bom Jesus de
Pirapora.
Aos oitenta e
cinco anos viria a falecer no Hospital
São Vicente de Paulo, de Jundiaí.
Eis a
brevíssima biografia de um homem do
povo, filho de humilde emigrante, que no
século passado abalou das áridas terras
de Salamanca, para o Estado de São
Paulo. Sua escola foi a da vida; mas
soube, com seu entusiasmo, legar aos
filhos e ao Brasil, importante lição de
tenacidade, e forte vontade de vencer.
HUMBERTO
PINHO DA SILVA
- Porto, Portugal -
humbertopinhosilva@sapo.pt