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POVO MARCADO
De:"Povo Marcado"
Data:Fri, 14 Nov 2008 09:14:03 -0200
Assunto: Povo Marcado foi exibido para detentas
de Rondônia
Caros colegas,
O documentário "Povo Marcado" foi exibido para
detentas de Rondônia em uma operação inédita que
levou cerca de 180 presas para o cinema.
Enviamos para vocês algumas matérias publicadas
sobre a exibição, ocorrida em Porto Velho nesta
quarta-feira, 12/11, na mostra de Direitos
Humanos do Fest Cine Amazônia.
Presenciamos o evento e podemos dizer que foi
uma ação de extrema importância para valorização
dos direitos humanos. Sem contar a emoção de ver
um trabalho realizado na nossa região servir de
exemplo lá em Rondônia.
Caso se interessem, temos algumas imagens do
evento, que em breve estarão em nosso blog
www.povomarcado.blogspot.com
Agradecemos a atenção!
Luciana Lopez
(15) 97186062
povomarcado@gmail.com
Apenadas da Penitenciária Feminina de Porto
Velho vão ao cinema do Festcine Amazônia
Fonte: Governo do Estado de Rondônia
12 de Novembro de 2008
De forma inédita, todas as 170 apenadas da
Penitenciária Feminina de Porto Velho
prestigiaram na manhã desta quarta-feira (12) no
Teatro do Sest-Senat, o documentário "Povo
Marcado", como parte da mostra de Direitos
Humanos da 6ª edição do Festcine Amazônia
-Festival de Cinema e Vídeo Ambiental.
O evento contou com a presença do secretário
adjunto de Justiça de Rondônia, Gabriel Tomasete,
do juiz titular da Vara de Execuções Penais da
Comarca de Porto Velho, Sérgio Willian, e do
diretor-geral do Sest-Senat, Luiz Marques.
Os autores de Povo Marcado, Werinton Kermes e
Luciana Lopes, retratam a experiência pioneira
de um programa de rádio produzido e apresentado
pelas próprias reeducandas da Cadeia Pública de
Votorantin, em São Paulo.
Esse programa que é inédito no país, não fica só
para as detentas, vai para a sociedade, através
da rádio comunitária e rádio Câmara, onde elas
entrevistam autoridades, médicos, artistas,
pessoas não só relacionadas ao mundo carcerário.
Também tem a parte artística, cultural e
musical. Tudo com o apoio técnico de
voluntários, explicou Luciana.
Kermes disse que a experiência de divulgação em
Rondônia está sendo única e parabenizou o
Judiciário por perceber a boa vontade em
melhorar o Sistema. Para nós essa oportunidade
está sendo inédita e vamos levar isso como
exemplo para São Paulo, afirmou.
Na ocasião, Sérgio Willian destacou os
principais benefícios da iniciativa cultural. A
importância primordial é a aproximação da
comunidade com a população carcerária, e também
das presas com a própria comunidade, de forma
que elas se sintam protegidas, valorizadas e
respeitas pela população, relatou.
Fernanda Kopanakis, que faz parte da Coordenação
do Festival, enfatizou o papel social do evento
junto às apenadas. A gente fica muito feliz,
inclusive pela reação delas, penso que é um
momento único tanto para o Festival, quanto para
elas, por esse espaço lúdico do cinema. Acredito
que ações como as promovidas na Cadeia Pública
de Votorantin, são uma forma de dar um pouco de
esperança e resgatar a cidadania dessas
mulheres, revelou.
Após a apresentação do documentário, a
reeducanda Marilene Botelho, campeã do Torneio
de Poesias realizado recentemente entre os
presídios da Capital, soletrou com muita emoção
a sua poesia que retratava a vida atrás das
grades, e que foi bastante aplaudida pelo
público.
Autor: A/I SEJUS - Secretaria de Justiça
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/169693/apenadas-da-penitenciaria-feminina-de-porto-velho-vao-ao-cinema-do-festcine-amazonia
Festcine Amazônia exibe os filmes Socorro Nobre
e Povo Marcado na Mostra Direitos Humanos
Geral - , 13/11/08 14:25
A manhã dessa quarta-feira (12 de novembro)
ficará para sempre na memória das mais de cento
e oitenta detentas que estiveram no Teatro do
SEST/SENAT para assistir aos documentários
"Socorro Nobre", de Walter Salles, e "Povo
Marcado", dirigido a quatro mãos por Werinton
Kermes e Luciana Lopez. Esta população
carcerária feminina de Porto Velho com certeza
se identificou com os temas abordados nos dois
filmes exibido pelo Festcine Amazônia na Mostra
Direitos Humanos.
Os organizadores do Festival realizaram um feito
duplamente inédito: Conseguiu, depois de muita
negociação e apoio do Juiz Titular da Vara de
Execuções Penais da Comarca de Porto Velho,
Sérgio William Domingues Teixeira, a liberação
das presas para que pudessem assistir aos
filmes. Graças à sensibilidade de quem entende e
sabe que o cinema possui poder renovador, a
escolha acertada de dois documentários que,
pudemos afirmar couberam como uma luva na
realidade daquelas mulheres. Ponto para o
Festcine Amazônia que diz "SIM" aos direitos
humanos.
O título do documentário vem do nome de um
programa de rádio produzido por detentas da
cadeia pública de Votorantin, em São Paulo. O
documentário mostra esse projeto e a necessidade
de receber oportunidades de atuação e trabalho
durante o cumprimento das penas.
O documentário mostra, de forma contundente e
direta, que o programa de rádio traz a certeza
de que o encarcerado, além de pagar por um crime
que cometeu, necessita também de uma
oportunidade, tanto de trabalho quanto de voz.
"Povo Marcado foi realizado a partir de um
trabalho desenvolvido por quem não tinha
expectativa nenhuma e que fez emergir nos meios
de comunicação um universo de vozes caladas, que
desejam ser ouvidas, por mais incômodas que
possam ser as mensagens que elas veiculam",
explica a co-diretora, Luciana Lopez, jovem
jornalista que foi capturada pelo cinema
documental através da amizade do outro diretor
do filme, o jornalista, fotógrafo e cineasta,
Werinton Kermes, que lançou o livro "Política e
ação cultural" na noite de abertura da edição
2008 do Festcine Amazônia, na noite de
segunda-feira (10 de novembro).
Luciana Lopez conta que a idéia do documentário
surgiu pelo seu envolvimento juntamente com
Werinton num projeto de rádio, "daí então
resolvemos documentar de forma áudio visual este
projeto, inédito no Brasil, onde as detentas
produzem o programa que é realizado dentro da
cadeia, transmitido pela rádio comunitária local
e também pela internet, através da Rádio Câmara,
e que fica disponível para várias rádios do
país".
A diretora afirma ainda que o roteiro foi
escrito à medida que o documentário estava sendo
realizado. "Conforme vinham os entrevistados das
detentas, aparecia um personagem novo, desta
forma o roteiro foi definido conforme o projeto
ia ocorrendo".
Werinton Kermes ressalta a importância do
projeto, pois ajuda na reintegração das detentas
na sociedade. "Por isso nossa intenção é
divulgar este trabalho em todo o Brasil, e para
o mundo, pois o documentário está inscrito em
diversas Mostras internacionais".
Luciana e Werinton foram unânimes ao destacar a
grandeza do Festcine Amazônia que já destaque em
todo o país. "Participar do Festcine que é um
Festival que mesmo fora do eixo Rio - São Paulo
consegue alcançar uma visibilidade fantástica
representando a região Norte. Para nós está
sendo muito importante estarmos aqui em Rondônia
para podermos exibir nosso filme exatamente para
as detentas, que é nosso público alvo".
Fernanda Kopanakis falou que ao longo dos seis
anos do Festival, os organizadores vêm criando
outros espaços que normalmente não são espaço de
cinema, como terreiros de Candomblé, bairros da
periferia, comunidades ribeirinhas, públicos que
na maioria das vezes não têm acesso a uma sala
de cinema.
"A idéia de trazer as detentas do presídio
feminino aqui para o SEST/SENAT realmente vem a
calhar com esta Mostra denominada Direitos
Humanos, considerando que em 2008 a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. É mais uma
programação dentro do Festcine. Acredito que
este momento para elas é realmente especial,
assim como está sendo para nós que fazemos o
Festival.
O Juiz Sério William enfatizou que "esta
promoção do Festcine Amazônia é de fundamental
importância por aproximar a população carcerária
da comunidade, de certo forma trazer a
comunidade mais perto para conhecer a realidade
das detentas. Os dois filmes que assistimos
demonstraram idéia do resgate individual, da
necessidade do apenado se conscientizar da
necessidade de mudanças, pois elas estão
passando por um momento de suas vidas, mas todas
podem sair dessa fase e viver de forma digna,
honesta e honrada".
"Os dois filme que acabamos de assistir mostra a
realidade do mundo que eu vivo", disse a detenta
Neoclice Cristo - "Existem sorrisos de alegria,
mas tudo aparentemente, por traz de tudo isso
existe muita tristeza. Por isso a importância
dos dois filmes para que as pessoas que estão
aqui fora tenham conhecimento da nossa
realidade. Gostaria muito que estes filmes
fossem mostrados em mais lugares, divulgados,
pois mostram a nossa realidade, o dia-a-dia
dentro de um presídio feminino".
A detenta Eliane Coutinho ressaltou que achou os
filmes interessantes por mostrar o "outro lado",
ou seja, o lado de dentro da cadeia e se
identificou com aquelas mulheres mostradas, pois
da mesma forma ela também tem esperança de que a
sua vida também pode mudar. "Qualquer uma de nós
realmente se sentiu identificada, pela família,
pelos filhos, pela incompreensão da sociedade",
finalizou.
Além da exibição dos dois documentários
aconteceu ao final da Mostra, a apresentação do
poeta Eliakin Rufino que declamou um poema em
homenagem as detentas. Na ocasião também foi
exibido o vídeo institucional da 6ª edição do
Festcine Amazônia.
A 6ª edição do Festival com o tema "Não - A
Natureza não pode sair de cena" acontece em
Porto Velho, Rondônia no período de 10 a 15 de
novembro no SESC ESPLANADA, com entrada franca.
O Festcine Amazônia conta com o patrocínio da
Petrobras, Ministério da Cultura através da Lei
Rouanet, Fundo Nacional de Cultura, tem ainda o
apoio cultural da senadora Fátima Cleide,
deputado federal Eduardo Valverde, IBM, Governo
de Rondônia, Secel, Semed, Fecomércio e
parceiros da mídia rondoniense.
Fonte: Rondonoticias
http://www.rondonoticias.com.br/showNew.jsp?CdMateria=79366&CdTpMateria=7
http://www.sejus.ro.gov.br/
http://www.rondonia.ro.gov.br/noticias.asp?id=4797&tipo=Mais%20Noticias
http://www.gentedeopiniao.com.br/ler_noticias.php?codigo=38194 |
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