Theresa Catharina de Góes Campos

  JOSÉ ARAÚJO ENTREVISTADO NO JORNAL CULTURA VIVA DO RIO DE JANEIRO

Domingo, 21 de Dezembro de 2008
Administrador de Empresas desenvolve talento pela arte literária e fotográfica

O Administrador de Empresas José Araújo, 55 anos, traz uma bagagem de
30 anos de trabalho "duro e constante" – como ele mesmo diz – em
instituições financeiras e jurídicas em São Paulo, intercalados com
sua paixão pela literatura e pela fotografia que, além de ser o que
realmente gosto de fazer, completa: "elas são minha válvula de escape
devido ao stress do dia a dia". Por isso, o administrador se tornou
escritor e fotógrafo. Uma paixão que revelou mais um talento no
profissional. E, focado nesse assunto, Araújo conta para o "Cultura
Viva" como desenvolve seus trabalhos literários e fotográficos.
Acompanhe!

CULTURA VIVA: Qual a sua maior preocupação quando vai preparar um livro?
JOSÉ ARAÚJO: Na verdade, tudo que escrevo é com o intuito de levar o
leitor à reflexão sobre nós mesmos e tudo o que há à nossa volta. Em
meus textos eu falo de sensações e sentimentos humanos, pois são
assuntos que tocam a todos de alguma forma. É um fato interessante
porque, ao ler meus textos, o leitor sente-se como se eu estivesse
falando dele mesmo e, na minha opinião, isto acontece porque de alguma
forma somos todos iguais. Muitos de meus contos têm a ver comigo e com
as pessoas que passam pela minha vida, e posso afirmar que em todos
aqueles que já conheci durante minha caminhada, de alguma forma, em
algum grau, eu sempre enxerguei a mim mesmo. Então, a minha maior
preocupação ao escrever é fornecer em meus contos, um conteúdo que
possa, de alguma forma, tocar o coração do leitor para fazê-lo
refletir, principalmente sobre nossas atitudes para com nossos
semelhantes e para conosco também. Alguns dizem que em determinados
momentos, sentem-se como se estivessem se olhando num espelho, vendo a
sua própria imagem. Se eu conseguir tocar de forma positiva o coração
do leitor, nem que seja um leve toque, já me sinto realizado, me dou
por feliz.

C.V.: Como seus livros surgem?
J.A.: Simples. A inspiração vem naturalmente com o que acontece no
cotidiano de nossas vidas. Basta observar o tempo, suas mudanças, o
vento, o sol, o mar, a lua ou uma noite estrelada. Existe uma
infinidade de coisas que nos rodeiam e que estão dentro de nós mesmos
que me inspiram na criação de um conto.

C.V.: São premeditados ou a idéia vem, você joga para o papel e depois
trabalha melhor a questão?
J.A.: Não são premeditados. Estas ocasiões são raras. A "idéia" vem
num estalo. Sento-me em frente ao meu companheiro de trabalho, começo
a digitar e quando termino, nem eu mesmo acredito que fui eu quem
escreveu. Tudo vem numa seqüência que às vezes me espanta, mas sinto
um bem-estar imenso quando estou nesta fase de "transe", usando meus
dedos e o teclado de meu companheiro (o computador) para expressar
aquilo que no fundo, no fundo, está guardado dentro de meu coração.

C.V.: Seus livros retratam ficção ou realidade?
J.A.: Apesar de eu usar muito a associação de seres mitológicos,
animais e até objetos para passar ao leitor, aquilo que tenho a
intenção de dizer em cada linha de meus textos e até mesmo nas
entrelinhas, há muito mais realidade do que propriamente ficção.

C.V.: Contos – sua especialidade – tratam do cotidiano?
J.A.: Sim. Pelo menos os que eu escrevo tratam do cotidiano, tratam da
mente, do coração, do amor, dos sentimentos humanos e dele mesmo, em
cada sentença.

C.V.: Como analisa o mercado literário no Brasil?
J.A.: Em ascensão. Há décadas atrás ele estava estagnado. Os livros
eram de difícil acesso à maioria da população, mas hoje, com a era
digital, com preços mais acessíveis, é comum ver-se leitores em todo
canto. No metrô, ônibus, bancos de praças, nas áreas de lazer dos
Shoppings Center, enfim, em todo lugar, até na internet , onde hoje se
encontram coisas muito boas para ser ler, e de graça. É um mercado
altamente promissor, mas para o escritor nacional ainda é um tanto
difícil conseguir publicação e publicidade porque ainda há prioridade
para os Best Sellers internacionais.

C.V.: O brasileiro tem sede pela leitura?
J.A.: Posso dizer que sim. Hoje me dia são poucos os que dizem que não
gostam de ler. Conheço muitos que lêem um livro por semana, às vezes,
até mais. Isto é possível de se comprovar, basta perguntar para um
qualquer, dentre milhares que são usuários do metrô de São Paulo que
lêem dia após dia, indo e voltando do trabalho. Na Feira do Livro
realizada no Pavilhão do Anhembi em São Paulo, houve praticamente uma
corrida ao ouro. A quantidade de visitantes da feira superou todas as
expectativas e de longe! Para eu que estive lá autografando o livro
onde foi publicado um de meus contos, foi uma grande alegria porque
havia leitores de todas as idades e o interesse deles era real. Eles
estavam lá porque queriam ter a oportunidade de adquirir bons
materiais para ler.

C.V.: Governo e sociedade apóiam iniciativas literárias?
J.A.: O governo faz a sua parte e poderia fazer muito mais, mas a
sociedade deveria dar mais valor e importância aos eventos literários,
ao incentivo aos jovens. São ainda poucos os que vão ao lançamento de
livro, a uma noite de autógrafos.

C.V.: Como um pai ou uma mãe podem perceber que seu filho tem dotes
para ser um escritor, no futuro?
J.A.: É difícil dizer algo de concreto nesta sua questão. Um escritor
pode surgir de seu esconderijo interno desde a mais tenra infância ou
até mesmo na terceira idade. Escrever é um estado de espírito. É um
estado de alma. Para mim, não é uma questão de ter ou não dotes para
tal.

C.V.: Além de escrever, você também tem paixão por Fotografias. Quando
surgiu esse desejo ardente?
J.A.: Bem, a paixão por fotografias começou muito cedo. Eu adorava ver
os fotógrafos Lambe-Lambe do Parque da Luz em São Paulo. Um dia, eu
pedi uma câmera de presente e ganhei. Eu era ainda pequenino, mas
aprendi a fotografar com os olhos do coração.

C.V.: Há temas ou ângulos específicos para suas lentes?
J.A.: Não. Não há temas ou ângulos específicos para minhas lentes.
Quando saio numa jornada fotográfica, deixo acontecer. Os olhos
transmitem ao cérebro as imagens que encontro, mas quem as focaliza e
fotografa é meu coração.

C.V.: No seu caso, texto e foto se complementam?
J.A.: Não posso dizer nem que sim, nem que não. Há momentos em que
utilizo uma foto para ilustrar um determinado conto, mas em outros,
não vejo esta necessidade, apenas publico as fotos com meus textos
como uma maneira de divulgá-las também. Procuro fazer o leitor fechar
os olhos e imaginar os cenários e personagens de minhas humildes
criações do jeito que lhes vier à mente.

C.V.: Photoshop. A ilusão colabora ou atrapalha a imaginação?
J.A.: Hoje em dia, nenhum fotógrafo vive mais sem o Photoshop. Quando
se trabalha com fotografias, é comum corrermos o risco de perder a
imagem do ano por um pequeno defeito no enquadramento, na focagem, na
luminosidade e então, a gente corrige o defeito e faz a imaginação
colaborar para a ilusão de realidade.

C.V.: Em quais sites seus trabalhos em textos e em fotos podem ser
observados pelo público?
J.A.: Você pode ler meus contos no site
http://imagens-e-reflexoes.blogspot.com/ e minhas fotografias estão
expostas no http://www.olhares.com/artesjaraujo

From: Theresa Catharina de Goes Campos
Date: 2008/12/24
Subject: Re: ENTREVISTA AO JORNAL CULTURA VIDA DO RIO DE JANEIRO
To: Jose Araujo


Estimado amigo e colega José Araújo:

Obrigada por me informar sobre a sua entrevista, que eu li toda, com muita atenção, e considerei excelente - parabéns!
Aproveitei a oportunidade para deixar um comentário a seu respeito e as suas obras.
(...)
Renovo meus votos de Natal e Ano Novo de muitas bênçãos divinas para
você e seus familiares.

Com meu carinho, abraços cordiais de
Theresa Catharina

-----------------------------------------------------------------------------------------------
2008/12/21 Jose Araujo

ENTREVISTA AO JORNAL CULTURA VIVA DO RIO DE JANEIRO
Queridos amigos e leitores, é com grande satisfação que envio a vocês o link para que possam ler na íntegra, a entrevista feita comigo pelo JORNAL CULTURA VIVA do RIO DE JANEIRO, através do jornalista EDSON SOARES  responsável pelo jornal.
Ser entrevistado pelo jornalista EDSON SOARES, podendo falar um pouco sobre mim, sobre minha paixão pela literatura e pela fotografia, foi uma grande honra.
Certamente, um dos momentos mais felizes de minha vida. Acessem a página do JORNAL CULTURA VIVA e leiam a entrevista:
http://jornalculturaviva.blogspot.com/
Agradeço a todos os amigos e leitores que, ao acompanharem e prestigiarem meu trabalho como escritor, me possibilitaram alcançar mais este momento tão especial.
Beijos a todos vocês e fiquem com Deus, sempre!
José Araújo
Autor e escritor paulista

 

Jornalismo com ética e solidariedade.