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From: artemis
coelho
Date: 2009/1/13
Subject: Adoro de toda a minha ignorância
To: Theresa Catharina de Goes Campos
ADORO DE TODA A MINHA IGNORÂNCIA!
Quanto mais o tempo passa, mais sou esmagado
pela minha ignorância.
Sim! Quanto mais vou sabendo, mais esmagado vou
ficando pela constatação do que não sei; pois,
quanto mais se sabe, sabe-se apenas mais ainda a
fim de aprofundar a natureza e a sofisticação da
ignorância.
Não sei quase nada sobre o Universo e seus
multiversos; sobre seus anti-versos; sobre seus
ambientes paralelos; sobre a sua natureza
essencial; sobre suas criaturas e existências;
sobre os infinitos mundos que existam dentro e
fora do Universo; sobre a Terra, e tudo o que
nela há; sim, sou cada dia mais ignorante;
ignorante do que sei, e cada dia mais sábio
sobre o que não sei...
Cada dia vejo como sou ignorante de mim mesmo e
de tudo o que seja mistério no mundo.
Ignorância é minha condição!
Ao mesmo tempo, quanto mais me disponho a amar,
mais vejo que o que existe não é feito de
conhecimento, mas sim de sabedoria desinformada
e caminhante na direção do que seja o amor como
vida.
Assim, quanto mais meu saber aumenta, mais
cresce minha ignorância; pois, todo saber apenas
esclarece o tamanho do que nos falta como
conhecimento.
Do mesmo modo, quanto mais reconheço minha
ignorância, mais cresço em confiança; pois, meu
maior esmagador de ilusões sobre o Sentido da
Vida não é a Ciência, mas a Palavra.
A Ciência me dá ilusões de saber. A Palavra é
que desmonta tudo, sempre me projetando para
naturezas de existências e de possibilidades que
estão muito para além da mais fascinante viagem
cientifica ou ficcional.
Então, pela fé, fico sabendo o que basta; e isto
não me desestimula na busca do saber.
Pela fé fico mais aberto do que qualquer
cientista, cuja profissão preconiza uma mente
aberta.
Sim! Fico mais aberto do que um cientista, pois,
a ciência trabalha com as variáveis do "possível
acordado cientificamente".
Mas a fé decorre da confissão que diz:
"Os impossíveis dos homens são possíveis para
Deus".
Nele, em Quem sou esmagado de alegria de apenas
confiar no Amor que não mente,
Caio
26 de novembro de 2008
Brasília-DF |
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