Theresa Catharina de Góes Campos

  De: Casa Park-embracine entretenimento S/A
Enviada: ter 10/2/2009 19:20
Assunto: Embracine CasaPark exibe no dia 15 de fevereiro a Ópera do Metropolitan "Orfeu e Eurídice"


Embracine CasaPark exibe no dia 15 de fevereiro a Ópera do Metropolitan "Orfeu e Eurídice"
(...) o Embracine CasaPark exibe no próximo domingo, dia 15 de fevereiro, a sessão do espetáculo do Metropolitan Opera de Nova York “Orfeu e Eurídice”, de Christoph Willibald Gluck. Sessão que será exibida simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Brasília, às 17h. Ingressos: R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia.

Orfeu e Eurídice
(Orfeo Ed Euridice) - 2009
De Christoph Willibald Gluck
Duração: 1h45
Direção (do espetáculo): Mark Morris
Libreto de Ranieri de’ Calzabigi
Première mundial: Viena, Burgtheater, 5 de outubro de 1762

Condutor: James Levine
Orfeu: Stephanie Blythe
Eurídice: Danielle de Niese
Eros: Heidi Grant Murphy
Produção: Mark Morris
Set Designer: Allen Moyer
Figurino: Isaac Mizrahi
Iluminação: James F. Ingalls
Coreografia: Mark Morris

O mito do músico Orfeu, que viaja ao mundo inferior para resgatar sua esposa morta, Eurídice, explora as questões mais profundas do desejo, da angústia, e do poder (e limites) da arte. Sua história é tema da trilha para ópera mais antiga registrada (Euridice, de Jacopo Peri, 1600) e a ópera mais antiga ainda sendo apresentada (Orfeu, de Monteverdi). Gluck e seu libretista, Calzabigi, transformaram essa lenda na base de uma obra que almejava mais do que servir apenas de entretenimento – era um novo ideal operístico. Desiludido com o formato inflexível da ópera em seu tempo, Gluck procurou reformular a encenação da ópera com uma visionária e consistente união de música, poesia e dança. Especificamente, ele planejou que os cantores servissem ao drama, e não o contrário. Não há como negar que Orfeu e Eurídice, com sua música de irresistível e transcendente beleza, ajudou a expandir a ideia do público sobre o potencial teatral de uma ópera. Mozart e Wagner estão entre os sucessores de Gluck que admitiram abertamente suas influências dessa visão.

Os criadores
Christoph Willibald Gluck (1714-1787) nasceu na Bavária e estudou música em Milão. Foi nessa cidade que ele se juntou a uma orquestra e aprendeu a arte da produção de uma ópera, inclusive compondo os seus primeiros trabalhos. Gluck viajou extensivamente pela Europa, atraindo estudantes e discípulos para sua filosofia de maior interação entre ópera e teatro. Após notável sucesso em Londres, Praga, Dresden e especialmente Paris, Gluck realizou seus grandes êxitos em Viena, onde faleceu em 1787. Seu libretista para Orfeu e Eurídice foi o extraordinário poeta italiano Ranieri de’ Calzabigi (1714-1795). Graças a uma longa estadia em Paris, Ranieri sofreu influencia do teatro francês e compartilhou com Gluck seu ideal de teatro musical. O prefácio de Calzabigi contido no libreto da colaboração seguinte da dupla, Alceste, expressa o ideal dos criadores em reformular a ópera. Na verdade, sem o apoio de Calzabigi, muito do legado atual de Gluck permaneceria desconhecido ao público.

O cenário
A obra é ambientada no interior da Grécia e no mundo inferior mitológico. Na obra, esses ambientes são mais conceituais que geográficos, e a noção de como eles se parecem pode (e certamente irá) variar a cada época.

A música
Gluck conscientemente evitou vocais excessivamente delicados, por considerar que estes comprometiam a dramaticidade da ópera durante a época dos castrati – cantores que sofriam intervenções cirúrgicas antes da puberdade para assim preservarem suas vozes agudas. Os castrati dominavam a ópera de tal maneira que os compositores, segundo Gluck, se sentiam obrigados a comprometer seus talentos para evidenciar suas habilidades técnicas. Originalmente, ele não dispensou os castrati, mas seus papéis em Orfeu tinham mais a finalidade de causar uma impressão mais dramática e refinada musicalmente (uma “simplicidade digna”, nas palavras de Calzabigi) do que servir de mero exibicionismo vocal. Esse efeito é bem aparente nos dois solos mais notáveis da obra, “Che puro ciel”, no segundo ato e “Che faro senza Eurídice?”, no terceiro. Ambos são árias emocionantes, sem apresentar nenhum momento de exagero. “Che puro ciel” tem como acompanhamento um oboé que é típico da elegância econômica da orquestra durante a trilha. Até mesmo a música dançante é convincentemente apresentada para causar certo efeito perturbador e original, ao mesmo tempo em que mantém uma notável simplicidade.

Orfeu e Eurídice no Met
Orfeu e Eurídice estreou cedo na história do Met: primeiro em uma única apresentação em turnê em Boston em 1885, e em seguida em oito performances na temporada de 1891-1892. Foi também a atração de abertura para a première de Pagliacci, em 11 de dezembro de 1893. Arturo Toscanini era um grande admirador da ópera e a apresentou por conta própria de 1909 a 1914, estrelando a grande contralto americana Louise Homer. George Balanchine criou uma versão com ênfase na coreografia em 1936, que fora rapidamente substituída por outra em 1938. Risë Stevens estrelou uma outra versão em 1955, que também incluía Hilde Gürden e Roberta Peters, e Richard Bonynge conduziu uma notável produção em 1970, com Grace Brumbry no papel de Orfeu. Quando a ópera foi remontada duas temporadas depois, Marilyn Horne cantou o papel. A produção atual é de Mark Morris, e teve sua estréia em maio de 2007 com James Levine conduzindo e Davis Daniels e Maija Kovalevska nos papéis principais.

Sinopse
Ato I
Cena 1 – Um bosque solitário – o túmulo de Eurídice. Ninfas e pastores lamentam a morte de Eurídice, mordida por uma cobra (Coro: “Ah, se intorno a quest’ urna funesta”). Abandonado, Orfeu, marido de Eurídice, junta sua voz ao ritual (“Chiamo il mio ben così”), mas apenas a ninfa Eco responde. Orfeu promete resgatar Eurídice do reino de Hades, o mundo inferior (“Numi! barbari numi”).

Cena 2 - Eros, deus do amor, aparece com a palavra de Júpiter, que, por misericórdia de Orfeu, permitirá que ele desça ao mundo inferior para recuperar Eurídice. Para tornar a provação ainda mais arriscada, Orfeu não poderia olhar na direção de sua amada, ou mesmo explicar porque isso lhe era proibido. Do contrário, ele a perderia para sempre (“Gli sguardi trattieni”). Orfeu concorda e começa a sua jornada.

Ato II
Cena 1 - Os Portões de Hades. Fúrias e fantasmas tentam impedir a passagem de Orfeu para o mundo inferior (“Chi mai dell’Erebo”). Mas seu lamento comove e pacifica as entidades. Ele finalmente tem permissão de atravessar os Campos Elísios.

Cena 2 – Elísio. Orfeu se encanta com a beleza da paisagem (“Che puro ciel, che chiaro sol”). Heróis e heroínas trazem Eurídice para ele (“Torna, o bella, al tuo consorte”). Sem olhar para ela, Orfeu a leva embora.

Ato III
Cena 1 - Um labirinto sombrio. Orfeu conduz Eurídice em direção ao mundo superior, proibido de olhar para ela (“Vieni, segui i miei passi”). Ele não pode explicar o motivo (“Vieni, appaga il tuo consorte!”). Eurídice se desespera com a idéia de uma vida sem o amor de Orfeu (“Che fiero momento”). Aterrorizado, ele volta seu olhar para ela. Eurídice morre novamente. Aflito, Orfeu se questiona como poderá viver sem sua amada (“Che farò senza Euridice?”). Ele decide suicidar-se.
Cena 2 - Eros reaparece e paira na mão de Orfeu. Em resposta ao seu amor devoto e profundo, Eros revive Eurídice novamente. Os três retornam à Terra.
Cena 3 – O Templo do Amor. Orfeu, Eurídice, Eros, as ninfas e os pastores celebram reunidos o poder do Amor com música e dança (“Trionfi Amore!”).

ORFEU E EURÍDICE
(Orfeo Ed Eurídice)
De: Christoph Willibald Gluck
Gênero: Ópera - 2009 - Duração: 1h45
Direção (do espetáculo): Mark Morris
Exibição: 15 de Fevereiro, domingo, às 17:00, no Embracine CasaPark 6
Shopping CasaPark - Loja 3A - SGCV Sul - (61) 3481 6666
Valor: R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia

Atenciosamente,
Flávio Alcântara
Cinemas Embracine
casapark@embracine.com.br
Tel.: (61)3462.1144/(61)8142.7999
Fax: (61)3462.1339
 

Jornalismo com ética e solidariedade.