Theresa Catharina de Góes Campos

  JORNAL "LEGIS" - Ano VIII - Número 80 - EDIÇÃO ESPECIAL - Agosto de 2008

LEGIS29LEGISCRÔNICA
Emanuel Medeiros Vieira

*Por que escrevemos?Começamos escrevendo para viver e acabamos escrevendo para
não morrer.Para quem edifica palavras, mal rompe a aurora, escrever é
inadiável e urgente, mesmo que nada externamente nos obrigue a isso.
Mas a necessidade interna é visceral, orgânica, chama e fogo, flecha,
algo colado à pele. Não conseguimos escapar desse apelo. Escrevemos para perdurar, para vencer a poeira do tempo, para despistar a morte, para regar nossos fantasmas e (por que não?), para amar e ser amado. A
literatura é o refúgio da sinceridade em um mundo de pose. “A
literatura é um apelo de fogo, onde mora meu desespero, a minha
inquietação e o meu paraíso”, escreveu alguém.Eu sei: tento escrever
um hino de amor à palavra. Qual a maior viagem (interior) que podemos
fazer, senão aquela que é um mergulho no livro, nessa criação de
outros mundos, nessa peregrinação às áfricas interiores?“
 

Jornalismo com ética e solidariedade.