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AS DORES CHORAM INVISÍVEIS
As dores choram por dentro,
a alegria constroi o riso,
a gargalhada, o sorriso.
As dores têm dificuldade
para achar companhia.
Sozinhas, desacompanhadas,
não saem à luz do sol.
As dores são leitos de rios,
ou como os veios das minas.
No coração, são as veias.
As dores são pessoais,
recônditos sombrios
bem individualizados.
Malditas e condenadas,
jamais seguem, as dores,
para o arquivo morto renegadas.
Mesmo se as lágrimas
não cobrirem o rosto,
o sofrimento vai atingir
os nervos e as células.
Mas o sofrimento pode
também fazer pessoas
mais humanas, gente melhor.
O sofrimento, às vezes,
pode curar a alma.
Theresa Catharina de Góes Campos
Recife-PE, dezembro de 1982.
From: Theresa
Catharina de Goes Campos
Date: 2009/4/14
Subject: Muitíssimo obrigada, amiga Ana:Re: AS
DORES CHORAM INVISÍVEIS
To: adfalcao
Amiga Ana:
Muitíssimo obrigada por sua atenção, em me
avisar sobre o "n" que não digitei em
"companhia", invisível para mim, mesmo depois de
três leituras do poema!!!
E os outros que receberam o mesmo
e-mail?...ninguém parece ter notado e, se notou,
não encontrou tempo ou disposição para me avisar
- por isso lhe devo agradecimentos.
Já enviei novo e-mail para o Walter, com o verso
corrigido, graças a você.
Quanto a seus bondosos comentários sobre o meu
poema As Dores Choram Invisíveis, jamais me
cansarei de lhe agradecer.
E você fez tudo isso já se preparando para a sua
próxima viagem, dia 16! Deus lhe pague! e
proteja você de modo muito especial, em todos os
seus projetos de vida, em suas realizações,
pessoais e familiares.
Meus exames apresentaram alguns problemas (não
se trata de câncer, mas de hipertensão arterial,
osteopenia e algumas outras dúvidas); o
resultado foi uma nova programação médica, que
espero termine no dia 4 de maio próximo, porque
viajarei para São Paulo no dia 07...
Por isso não fui hoje ao CCBB. O meu tempo
disponível foi para ver as provas do livro nº12
de Ceres Alvim (Vertigem - uma beleza de edição,
nos detalhes gráficos e no texto), saindo tarde
da noite de seu apartamento.
Nesse livro,ela apresenta , entre os contos, o
seu livro nº4, A Casa do Relógio de Sol
(assinada com pseudônimo - Cândida Severiana,
nome da avó de Ceres), para o qual escrevi um
prefácio, também incluído em Vertigem.
Graficamente, a primeira edição da obra foi de
uma pobreza franciscana, uma publicação bem
simples, agora reeditada como parte de Vertigem.
Fiquei feliz com isso.
Carinhosamente,
Theresa Catharina
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2009/4/14 adfalcao
Theresa, sua poesia comove sempre porque
expressa ora sentimentos doídos, pessoais, ora
valores de todos, permanentes e universais.
Tomo a liberdade de apontar a digitação de
"companhia".
Sua amiga
Ana |
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