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From: REYNALDO FERREIRA
Date: 2009/7/17
Subject: FW: Restauradores no Rio de Janeiro
(com endereços e telefones)
To: Theresa Catharina Campos
Assunto: Restauradores no Rio de Janeiro (com
endereços e telefones)
Achei fantástica essa coleção de endereços...
vou guardar.
Pena não ter uma dessas daqui ... a gente sempre
precisa.
RESTAURADORES DE "TUDO"!!! ou quase tudo...
Artesãos de mão-cheia
Um roteiro de especialistas na
arte de consertar roupas e objetos
Marco Pinto
Nana Moraes
Dora: a terceira geração na arte de restaurar
porcelanas
Esperanza: expert em consertar e reformar roupas
de grife
Foto Sirota: há 74 anos retocando e restaurando
imagens
Alexandre Canano: antigos LPs viram CDs, sem
ruídos
É difícil encontrar alguém que não precise de
pelo menos um
deles. Pode ser na sala, num canto do armário ou
esquecido dentro de
um baú antigo. Há sempre alguma peça manchada,
quebrada ou
simplesmente fora de moda que pode ficar linda
novamente com uma
recauchutagem, um simples polimento ou um
tratamento ainda mais
sofisticado. Foi pensando nisso que Veja Rio foi
a campo e selecionou
25 endereços de lojas e oficinas especializadas
em consertos
especiais. Os serviços vão da reforma de um
tênis à lavagem de um
casaco de visom; do reparo de uma
caneta-tinteiro ao restauro de um
vaso de porcelana; da retirada de uma mancha num
vestido de noiva à
recuperação de uma foto de família. Também se
podem tirar os ruídos de
um disco de vinil, mudar a cara de uma jóia
antiga, transformar um
lustre de cristal e fazer milagres com aquele
blazer de lã comprado na
Inglaterra. Sem falar no conserto e restauro de
móveis, tapetes,
guarda-chuvas, gravuras, isqueiros, sapatos,
peças de marfim, entre
outros. Um tipo de ofício que, na maioria dos
casos, é passado de pai
para filho. Nesse ramo, há vários negócios que
já estão na terceira
geração. Entre eles, a Chapelaria Porto, que
fabrica e recupera
chapéus desde 1880, a Casa Leal, que conserta
relógios há 87 anos, ou
a Arnaud Marcolino, referência em restauração de
obras de arte há mais
de sessenta anos. As dicas estão aí. Aproveite.
ABAJURES E LUSTRES
Felipe Varanda/Strana
Domingos e seu tio João: experiência na arte de
reformar lustres
LAMPADÁRIO SÃO JOSÉ, Rua General Polidoro, 20,
loja G, Botafogo,
2541-3096. 8h/18h (seg. a sex.).
Majestosos, os lustres antigos pendem do teto da
loja, brilhando como
novos. Nem de longe seu estado atual faz lembrar
aquele em que
chegaram à oficina, em São Gonçalo: empoeirados,
com peças lascadas e
pingentes faltando. A modificação se dá pelas
mãos mágicas de Domingos
Vaccariello e de seu tio João Pereira do Carmo,
que há mais de trinta
anos criaram o Lampadário São José. Além de
reformar e lavar lustres
de cristal e bronze, eles transformam estatuetas
em luminárias de
mesa, vasos de porcelana em lampiões elétricos e
fazem lustres sob
encomenda. Os lustres são retirados da casa do
cliente e, depois da
reforma, reinstalados. Se houver espaço, podem
ser lavados na própria
residência. O preço para lavar um lustre grande
de cristal, de oito
braços, gira em torno de 300 reais.
LUMIÈRE, Rua Raimundo Correia, 27, loja A,
Copacabana, 2236-1270.
9h/19h (seg. a sex.) e 9h/14h (sáb.).
O negócio começou com a avó e a tia, há 45 anos,
na antiga loja de
abajures Ouro Preto. Ganhou fama com o pai, o
restaurador Ernesto
Cardin, que transformava lustres e candeeiros em
abajures e reproduzia
modelos sob encomenda. Hoje, o arquiteto Luiz
Machado Cardin dá
continuidade à tradição familiar. Conserta e faz
sob medida cúpulas de
abajur de pergaminho, opalina ou tecido. Também
transforma peças, como
garrafas antigas e máquinas de costura de época,
em bases para abajur
e faz douração e pátina em modelos tradicionais.
"A gente ainda
desenvolve luminárias, criadas por arquitetos,
de metal, madeira e
ferro", diz Luiz, que já fez trabalhos para
profissionais como Luiz
Fernando Grabowsky e Chicô Gouvêa. A reforma de
um abajur custa a
partir de 25 reais. Também restaura móveis,
peças de metal e
porcelana.
CANETAS, CACHIMBOS E ISQUEIROS
JOSIAS – REPAROS E VENDAS, Rua Uruguaiana, 118,
sala 608, Centro,
3852-7643 e 2221-1019. 9h/18h (seg. a sex.).
Há quarenta anos, Josias Machado conserta
isqueiros de todos os
estilos. Dos americanos Zippo aos franceses
Dupont. São peças à base
de fluido, gás, gasolina, resistência e até com
maçarico (os usados
para charuto). Os consertos demoram de duas
horas a um dia. "Com a
queda do uso de isqueiros ao longo dos anos,
tive de me especializar
também no reparo de canetas e cachimbos", diz
Machado. A loja ainda
vende e aluga isqueiros, cachimbos, canetas e
piteiras antigas para a
produção de filmes.
Felipe Varanda/Strana
Edson (à esq.) e Agostinho: referência no
conserto de canetas
PERITO DOS CACHIMBOS,
Rua da Quitanda, 47, sala 306, Centro,
2242-1097. 9h/19h (seg. a sex.).
O português Agostinho Ferreira Pires se
especializou primeiro no
conserto de cachimbos e isqueiros. No decorrer
dos anos, dedicou-se
também a outro produto, o que lhe valeu o
apelido de "Agostinho das
Canetas". Sua loja é uma das mais tradicionais
na reforma de canetas,
dos modelos tinteiro às mais modernas
esferográficas. "Temos peças
antigas para reposição e também confeccionamos
outras", diz Edson
Dias, 53 anos, há 37 na loja. Ali são
consertadas canetas Parker,
Sheaffer, Montblanc, Cartier.. A maioria dos
consertos custa entre 5 e
50 reais. A loja faz reparos em cachimbos e
isqueiros de todas as
marcas.
Cláudio Rossi
Com cinco décadas de experiência, a loja Perito
dos Cachimbos conserta
e reforma canetas, isqueiros e cachimbos e é
referência para
colecionadores
CASACOS DE COURO E PELE
ALVES CONSERTOS, 2274-6208. Atendimento com hora
marcada.
Ailce Abreu Alves reforma casacos de pele,
principalmente de visom e
lontra, desde a década de 1950. Transforma o
godê em modelo mais reto,
muda o formato da manga, encurta, aperta,
alarga, troca forro. Também
faz limpeza e imunização das peças, para
livrá-las de traças e fungos.
O trabalho de imunização pode demorar até dez
dias e custa, no mínimo,
100 reais (preço cobrado para uma estola
pequena).
Felipe Varanda/Strana
Geraldo Spozel: reforma casacos, bolsas e malas
de couro
GERALDO SPOZEL,
Rua Siqueira Campos, 75, loja A, Copacabana,
2548-2693 ou 2235-4553.
9h/19h (seg. a sex.) e 9h/13h (sáb.).
Advogado, Geraldo se dedica há pouco mais de dez
anos a consertar e
reformar peças de couro e pele. Na loja, ele
esbanja criatividade.
"Aqui, casaco de pele vira bolsa, mantô vira
tailleur e um casaco
preto pode ficar branco", diz.. Ele também
conserta malas de grifes
famosas, como Louis Vuitton – troca fechos,
alças, rodinhas –, faz
sapatos sob encomenda e consertos em roupas de
couro, camurça, chamois
e pele, além de lavar os modelos. A lavagem de
um casaco de couro
custa entre 60 e 140 reais.
CERZIDOS
CERZIDEIRA MALHEIROS, Rua Siqueira Campos, 53,
sala 502, Copacabana,
2255-9692. 9h/18h (seg. a sex.) e 9h/12h (sáb.).
O baiano Renato Santos, 66 anos, começou a
trabalhar na Cerzideira 22
anos atrás. Há quatro, tornou-se dono do lugar.
Ele começou a aprender
o ofício de alfaiate com 10 anos, no interior da
Bahia. E nunca mais
largou a máquina de costura. Na oficina, oferece
serviços como apertar
um blazer (entre 50 e 80 reais) e estreitar a
largura dos ombros (40
reais). Ele trabalha com três cerzideiras,
experts na arte de
disfarçar pequenos rasgos e furos em qualquer
tipo de tecido (30
reais, no mínimo). "Na lã, no linho, na
casimira, o cerzido fica
imperceptível. Na seda e na renda, a gente pode
dar um jeito, mas não
fica tão bom", diz.
CHAPÉUS
Felipe Varanda/Strana
Almir Damaso: sua família faz chapéus desde 1880
CHAPELARIA PORTO,
Rua Senador Pompeu, 114, sobrado, Centro,
2253-9605. 9h/18h (seg. a sex.)
O trabalho é artesanal e a técnica se mantém
inalterada há três
gerações. Almir Romão Damaso, 65 anos, aprendeu
o ofício de fazer
chapéus com o pai, que por sua vez aprendeu com
o avô, um português
que em 1880 abriu a Chapelaria Porto. A loja,
que já chegou a ter
dezesseis funcionários, funciona desde o início
na mesma rua e até a
máquina de costura e as fôrmas de madeira são as
mesmas usadas 125
anos atrás. Hoje, Almir faz todo o trabalho
sozinho: fabrica, lava e
reforma qualquer modelo de chapéu, de palha ou
tecido. "Durante uma
época boa, parte da sociedade e da malandragem
carioca fazia chapéus
aqui", lembra. Agora, entre os clientes estão
produtoras de moda,
cinema e TV. O conserto de um chapéu custa a
partir de 15 reais.
CRISTAIS, PRATAS E PORCELANAS
Felipe Varanda/Strana
Ao Faz Tudo: 95 anos de tradição no restauro de
antigüidades
AO FAZ TUDO,
Rua Visconde do Rio Branco, 17, Centro,
2508-9415. 8h30/17h30 (seg. a
sex.) e 9h/14h (sáb.).
Há 95 anos instalada num galpão de 300 metros
quadrados no Centro,
restaura móveis, lustres, quadros, louças de
cristal, peças de
biscuit, estatuetas de bronze, imagens de
mármore, painéis de
azulejos. "A gente consegue recuperar, por
exemplo, uma xícara de
porcelana em pedaços ou uma taça de cristal
apenas com a borda
quebrada", diz Álvaro Costa, um dos onze sócios.
A loja foi aberta
pelo português José Ramos, que começou
restaurando bonecas de biscuit.
Hoje, é administrada por ex-funcionários.
Restauro de peças de cristal
a partir de 30 reais e de porcelana desde 50
reais.
ARNAUD MARCOLINO RESTAURAÇÕES,
Rua Arnaldo Quintela, 107, Botafogo, 2541-0597.
9h/19h (seg. a sex.) e
9h/13h (sáb.).
Arnaud Marcolino da Silva aprendeu o ofício com
o pai e abriu a
oficina de restaurações sessenta anos atrás, em
Copacabana. Hoje, aos
86, vai pouco ao ateliê, administrado pela
filha, Doralice Margarida,
que há quase trinta anos se iniciou na delicada
arte de fazer
ressurgir dos cacos pratos, vasos e luminárias
da mais fina porcelana
e estatuetas de marfim. Dora e sua equipe também
restauram imagens
religiosas e peças de cristal e prata. Restaurar
um prato de porcelana
quebrado ao meio, com pintura só nas bordas,
custa, em média, 200
reais.
A Arnaud Marcolino Restaurações recupera imagens
de santos, como o São
José de papel machê, além de objetos de
porcelana e marfim
DISCOS DE VINIL
DIGITAL PS MASTERIZAÇÕES,
2537-8087 ou 3902-2505. Atendimento com hora
marcada.
No estúdio, em Botafogo, com equipamentos de
última geração, como
Cedar e NoNoise, da Sonic Solutions, Alexandre
Ferreira Canano reduz
chiados e estalos de discos de vinil. "Em alguns
casos, os ruídos
ficam imperceptíveis." Alexandre restaura LPs de
todas as rotações
(33, 45 e 78). Dá jeito inclusive no que ele
chama de "clicks
gigantes", provocados por arranhões profundos.
Por meio de um
sofisticado processo computadorizado, os ruídos
são reduzidos e as
músicas gravadas em CDs e DVDs.
FITAS DE VÍDEO
ANTÔNIO ALBUQUERQUE FILHO, 2225-3529 ou
9199-5174.
Fotógrafo, técnico de audiovisual e funcionário
da PUC há quase
quarenta anos, Antônio é especialista em limpar
fitas de vídeo VHS,
Beta, U-Matic, além de fitas cassete e de rolo
grande. O trabalho para
tirar o mofo e a poeira acumulados é minucioso e
pode levar pouco mais
de uma hora ou semanas. Antônio também faz cópia
em DVD de slides e
filmes super-oito e 16 milímetros. O salvador de
imagens, que já fez
trabalhos para o cineasta Sílvio Tendler, ensina
que, para conservar
as fitas, o ideal é guardá-las em pé e dar uma
rebobinada a cada
quatro ou seis meses. Para limpar uma fita de
vídeo de até duas horas
ele cobra entre 10 e 15 reais.
FOTOS
FOTO SIROTA, Avenida Rio Branco, 133, sala 606,
Centro, 2508-8276 e
2224-7186. 8h30/18h (seg. a sex.).
Especializada em retoque e restauro de imagens,
a loja está na
terceira geração de profissionais. Começou há 74
anos, com Nunea
Sirota, fotógrafo da Corte Imperial da Rumânia
(hoje Romênia), que
chegou ao Rio no início do século passado.
Agora, seu filho Meyer, de
73 anos, e o neto Daniel, de 32, cuidam de tudo.
Eles recuperam fotos
em qualquer estado: amassadas, rasgadas,
amareladas e com pedaços
faltando. Na parte de retoque, podem sumir com
rugas, tirar papadas e
até diminuir um olho arregalado. A recuperação
de uma foto 10 por 15
sai por 60 reais.
Criada por um ex-fotógrafo da corte imperial
romena, a Foto Sirota
retoca e restaura fotografias há 74 anos
GUARDA-CHUVAS
TIA LU, Avenida Passos, 56, Centro, 2509-0151.
9h/18h (seg. a sex.) e
9h/13h (sáb.).
Em 1936, Antônio Barbosa abriu a Manufatura
Cleuza, onde fabricava e
vendia guarda-chuvas. A loja mudou de nome e
endereço, mas continua
com a família e até hoje vende, conserta e
reforma guarda-chuvas,
trocando das varetas ao tecido. Quem está à
frente do negócio é Aílton
Barbosa, neto de Antônio. "Só não conserto
aqueles modelos vendidos
por camelôs", avisa. Também reforma barracas de
praia.
JÓIAS E BIJUTERIAS
Felipe Varanda/Strana
Vicente Gammino: o engenheiro herdou do pai o
talento de ourives
TONY JÓIAS, Rua Francisco Sá, 95, loja O,
Copacabana, 2287-2349.
10h/18h (seg. a sex.).
Há dezenove anos, o engenheiro químico Vicente
Gammino, de 54, assumiu
a loja, aberta quarenta anos atrás pelo pai,
Antônio, um italiano
nascido no Egito, onde teve uma ouriversaria.
Ali, consertam-se jóias
ou bijuterias – da solda em cordão (entre 8 e 10
reais) à
transformação de um brinco de tarraxa em brinco
de pressão (14 reais)
ou o conserto do fecho de uma pulseira. Também
faz réplica de jóias.
LIMPEZA DE ESTOFADOS
PROTEJA, Rua Almirante Pereira Guimarães,
72/201, Leblon, 2294-2359.
Atendimento com hora marcada.
Há 36 anos no ramo, é referência para arquitetos
e decoradores quando
o assunto é lavagem de sofás, poltronas,
cadeiras, cortinas e tapetes.
Trabalha com qualquer tecido: couro, seda,
tafetá. O sabão é elaborado
de acordo com cada peça. Também faz
impermeabilização de estofados,
com uma técnica especial. "Ela aumenta a vida
útil do tecido em dez
vezes", diz o dono, Inácio Pedro dos Santos. O
serviço é realizado na
casa do cliente. A lavagem de um sofá de três
lugares custa, em média,
200 reais.
MALAS
REI DAS MALAS, Rua Senhor dos Passos, 96,
Centro, 2224-2750 e
2242-4453. 9h/18h (seg. a sex.) e 8h30/13h
(sáb.).
A idéia de oferecer um serviço adicional surgiu
logo após a abertura
da loja, há 35 anos, pelo libanês Farid Antônio.
"Meu avô percebeu a
vantagem de oferecer também o conserto dos
produtos que vendia", diz
Gláucio Farid, que toca o negócio com três
irmãos e o pai. Além de
vender malas, bolsas, pastas e mochilas
escolares, eles consertam
qualquer um desses produtos. Não precisa ter
sido comprado ali.
Dependendo da urgência, os reparos são feitos no
mesmo dia. Entre os
serviços oferecidos estão troca de rodinhas (a
partir de 14,99 reais),
conserto de zíper (desde 9,99 reais) e
recuperação de armações (na
faixa de 19,99 reais).
MANCHAS EM TECIDOS
LAVANDERIA BRANCA DE NEVE, Rua Almirante
Gonçalves, 15-B, Copacabana,
2521-4949. Filial no Recreio dos Bandeirantes,
2490-4007.
Tira manchas nos mais variados tipos de tecido,
inclusive couro,
chamois e camurça. "Trabalhamos com roupas
finas, como vestidos de
noiva e de festa, e resolvemos 90% das manchas",
orgulha-se o
português Celestino Vivas, 58 anos, que trabalha
desde os 17 na
lavandeira, aberta pelo pai, em 1962. Também
lava cortinas e tapetes.
A lavagem de um vestido de noiva custa entre 100
e 550 reais, e o
tempo de entrega varia de quinze a trinta dias;
de um vestido de
festa, entre 30 e 200 reais.
MÓVEIS
RESTAURADOR JOSÉ DOS ANJOS, 2293-7296 e
9813-3588. 8h/20h (seg. a
sex.). Visitas com hora marcada.
Originário de uma família com tradição no ofício
– seu pai, tios e
primos são marceneiros no Ceará –, José dos
Anjos começou a trabalhar
com antiquários quando chegou ao Rio, em 1974.
Especializou-se na
restauração de mobiliário antigo, principalmente
francês, inglês ou
chinês. José também recupera móveis de estilo.
Com a ajuda dos três
filhos, ainda faz pátina e douração em peças.
Entre seus clientes, o
antiquário Armando Camarão e os arquitetos
Geraldo Lamego, Luiz
Fernando Redó e Chicô Gouvêa. O restauro de uma
cadeira de época custa
cerca de 150 reais.
OBRAS DE ARTE EM PAPEL
Felipe Varanda/Strana
Lúcia: experiência na recuperação de obras de
arte em papel
ATELIÊ LÚCIA VILASECA, Rua Paulo Barreto, 98,
casa 11, Botafogo,
2275-5359. 9h/17h (seg. a sex.).
Munida de lupa, bisturi cirúrgico, pinças e
trinchas, a artista
plástica e museóloga Lúcia Vilaseca recupera, há
22 anos, gravuras e
desenhos que sofreram danos por umidade,
luminosidade excessiva e ação
de fungos, que tiveram rasgos ou estão se
esfarelando. "É um trabalho
artesanal que exige paciência", diz. No
currículo, um estágio no
laboratório da Casa Rui Barbosa, outro no Museu
Reina Sofia, na
Espanha, a recuperação de trabalhos de artistas
como Lygia Clark e
Rubens Gerchman e até obras de Salvador Dalí e
Picasso. "Se não há
como recuperar totalmente, pelo menos dá para
fazer a limpeza e o
acondicionamento correto", diz Lúcia. Os preços
variam entre 100 e 1
000 reais.
RELÓGIOS
Felipe Varanda/Strana
Casa Leal: conserto de relógios antigos ou
modernos
CASA LEAL, Rua Visconde de Pirajá, 281,
sobreloja 218, Ipanema,
2521-0787. 10h/18h (seg. a sex.) e 10h/13h
(sáb.). Filial Copacabana (
2255-4810).
Especializada em conserto de cucos e relógios de
carrilhão, foi aberta
pelo relojoeiro Simão Leal há 87 anos e comprada
em 1937 por seu
funcionário Nestor Rodrigues Pereira. O nome, a
fama de bons serviços
e a tradição familiar se mantêm. Gil e
Guilherme, pai e filho de
Nestor, continuam à frente do negócio. Toda a
equipe de relojoeiros
tem pelo menos trinta anos de experiência em
conserto, limpeza e
restauro de relógios antigos, de marcas famosas
e até de modelos mais
recentes, a bateria ou a pilha. O reparo de um
relógio antigo demora
em média vinte dias e custa a partir de 150
reais. Também conserta
caixas de música.
A Casa Leal, aberta em 1918, mantém funcionários
que há mais de
quarenta anos dão vida nova a cucos e aos mais
antigos e variados
modelos de relógio de carrilhão
ROUPAS FINAS
OFICINA ESPERANZA CRESPI, Rua Visconde de
Pirajá, 577, sala 203,
Ipanema 2259-4767. 8h/17h45 (seg. a sex.).
Atendimento com hora
marcada.
Esperanza foi modelo e dona de confecção. Há
sete anos, abriu a
oficina de consertos de roupas femininas e
masculinas. Nas araras,
peças de grifes estrangeiras, como Ann Taylor,
Versace, Diesel,
Ungaro. À frente de três costureiras, Esperanza
trabalha com todos os
tipos de tecido, inclusive couro. Diminuir a
largura do ombro do
blazer forrado custa em torno de 45 reais. A
bainha da calça de couro
sai por 15 reais. Apertar uma calça jeans custa
entre 20 e 25 reais.
SAPATOS
SAPATARIA JANGADEIROS, Rua Jangadeiros, 15-C,
Ipanema, 2247-2922.
8h/19h (seg. a sex.) e 8h/13h (sáb.).
O paraibano José Oliveira de Araújo Sobrinho
abriu a sapataria há 41
anos. Sentado em um banquinho de tiras de couro,
o tímido e experiente
sapateiro, de 58, resiste à cultura do
descartável fazendo consertos e
reformas caprichados. Troca o salto da sandália
por outro mais moderno
(20 reais), forra sapato fechado (60 reais) e
chanel (120 reais) e
pinta qualquer modelo de calçado.
TAPETES
ISFAHAN, Avenida Epitácio Pessoa, 1772, Lagoa,
2523-1141. 9h30/18h30
(seg. a sex.) e 10h/15h (sáb.).
Lava e restaura tapetes turcos, iranianos,
caucasianos (região
montanhosa entre o Mar Negro e o Cáspio),
paquistaneses, afegãos e de
outras procedências do Oriente. "Quanto mais
fino e delicado o tapete,
mais demorado o conserto", diz o francês Alain
Bueno, que há 42 anos
trabalha no ramo e treinou um grupo de moças
para fazer os consertos.
Dependendo da extensão do dano e da qualidade do
tapete, o trabalho
pode demorar de quinze dias a dois meses. O
reparo numa área de 15
centímetros quadrados num tapete de lã sai a 300
reais.
TÊNIS
Felipe Varanda/Strana
Antônio: o ex-engenheiro da IBM hoje reforma
tênis
TECTÊNIS, Rua Barão de Itapagipe, 264, loja 104,
Rio Comprido,
2273-4994. 8h/18h (seg. a sex.). Informações
sobre coleta no site
www.tectenis.com.br.
Depois de 28 anos na IBM, o engenheiro Antônio
Fernando Araújo abriu,
em 1996, sua empresa de conserto e reforma de
tênis. "Em vez de
limitar o negócio a um endereço, fiz parcerias
com sapateiros,
lavanderias e academias de ginástica", diz
Araújo. A firma conta com
cinqüenta pontos de coleta de tênis por toda a
cidade, de Campo Grande
à Zona Sul. Por mês, cerca de 500 tênis são
lavados, higienizados
(entenda-se tirar o chulé) ou recuperados. Entre
os serviços mais
frequentes, colagem do bico (15 reais), pintura
(40 reais) e troca da
sola (60 reais). |
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