|
|
|
|
www.fenaj.org.br
13 de Novembro de 2009
Diploma e democracia 03/11/2009 | 18:38
Fé e jornalismo
* Laércio Pimentel
Uma senhora ficou curiosa ao avistar uma menina
abraçada ao tronco de
uma árvore. Aproximando-se, perguntou:
- Por que está calorosamente abraçada a essa
árvore?
- É que esta árvore foi plantada pelo pai do meu
pai, depois protegida
por ele durante toda a sua vida. Então, acredito
que de alguma maneira
ele faz parte dela, respondeu a menina.
- Isto é verdadeiramente o que chamo de
religião, fé. É algo que
sentimos e acreditamos, porém, foge à
compreensão da lógica da vista
humana.
Esta é uma parábola que serve para explicar
muitas vezes a fé que se
tem à prática do jornalismo, de que o exercício
pleno de uma atividade
possa fortalecer as bases da democracia de um
país; que a busca pela
verdade, muitas vezes é o único caminho para ver
praticada a
verdadeira justiça; que informações sérias e bem
apuradas possam
modificar, melhorar o dia a dia das pessoas;
enfim, de que a
comunicação possa fazer toda a diferença entre
as coisas boas e as
ruins. Aprendemos, nas faculdades, que esse
sacerdócio tem nome e
identidade: jornalismo.
Hoje sua prática está sendo colocada num prato e
servida por aqueles
que apenas acordaram num dia inspirado e foram
cozinhar; então para
que diploma!, sentenciaram.
A exigência do diploma não é um sentimento
ególatra daqueles que
apenas pensam na simples preservação de mercado.
É um desejo coletivo
de quem escolheu, e não apenas foi escolhido. É
a vontade nua e crua
de uma categoria que sempre transpõe suas
necessidades pessoais em
detrimento de uma coletividade, nem sempre
ciente do que realmente
precisa. Então lá vamos nós!
A exigência do diploma não é um axioma de
impedimento do livre
exercício da capacidade intelectual; é sim a
porta de entrada para
profissionais que vêem em suas funções algo mais
do que a simples
oportunidade de servir um belo prato em troca de
famigerados trocados.
Portanto, uma análise sociocomportamental de uma
categoria, serve para
explicar o porquê da exigência do diploma de
jornalismo como forma de
referendar as bases da verdadeira democracia. As
"cirurgias" delicadas
do fator comunicação não podem ser praticadas
apenas por quem levantou
naquele dia inspirado para operar. É preciso um
maior comprometimento,
doação, técnicas apuradas, vocação, crença e,
acima de tudo, muita fé.
*Jornalista, é diretor da KFL Comunicações. |
|
|
|