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Em BiblioMundi, texto sobre O PAPEL DE
TRAPO, de THERESA CATHARINA CAMPOS
http://bibliomundi.blogspot.com/2007/12/livro-rarssimo-chega-intellecta-studii.html
BiblioMundi
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
O PAPEL DE TRAPO
O papel de trapo e as primeiras fábricas O papel
fabricado com roupas velhas, cascas de árvores e
fios de cânhamo, data aproximadamente do ano 100
depois de Cristo - e foi obra dos chineses.
Atribui-se o seu descobrimento a Tsai-Lun, nome
que deveria ser tão admirado e honrado quanto o
de qualquer outro benfeitor da humanidade.O
Ocidente conheceu a nova matéria por intermédio
dos árabes, que, no ano de 751, aprisionaram
alguns operários chineses. Teria sido montada em
Samarcanda a primeira fábrica de papel.
Seguiram-se a esta experiência no Turquestão,
outras duas, fundadas, respectivamente, em Alepo
e em Bagdá. Mas o invento levou muito tempo para
chegar à Espanha, pois o mais antigo
estabelecimento fabril de papel, instalado nesse
país, é o de Játiva, e remonta ao ano de 1500 -
data mais importante que muitas outras,
comemorativas de batalhas ou de coroamentos
reais. Da mesma época são as fábricas de Toledo
e Valência.Realmente, na história das
comunicações, o papel ocupa um lugar de
destaque. Em Portugal, no reinado de D. Dinis,
em fins do século XIII, apareceu o papel de
trapo, ocorrendo uma simultânea difusão na
Alemanha. Nuremberg, cidade hanseática, por sua
situação especial - a meio caminho da Itália -
tornou-se um dos maiores entrepostos mercantis
do papel na Europa Central. Essa cidade era a
estação preferida pelos imperadores e o centro
dos estudos astronômicos e geográficos do final
da Idade Média.É verdade que, antes do século
XIII, a Alemanha já conhecia anteriormente o
papel de trapo, importado da Itália. Esse tipo
de papel, a princípio grosso, desigual, áspero e
pouco flexível, foi aperfeiçoado pelos obreiros
europeus, que o fizeram mais fino e mais
maleável. Deu-se ao artigo, com esses
melhoramentos, o nome de papel filigranado, ou
"papel de marcas de água", devido às marcas
produzidas pelos fios de cobre fixados nas
formas utilizadas em sua fabricação. fonte:
Theresa Catharina de Góes Campos, articulista,
jornalista, escritora e professora
universitária. |
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