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O Clube do Imperador
¨ Título Original: The Emperor's Club
¨ Gênero: Drama
¨ Tempo de Duração: 109 minutos
¨ Ano de Lançamento (EUA): 2000
¨ Ano de Lançamento (Brasil): 2004
¨ Direção: Michael Hoffman
¨ Elenco: Kevin Kline, Emile Hirsch, Embeth
Davidtz, Edward Herrmann, Harris Yulin, Roger
Rees, Paul Dano, Rish Mehta e Jessé Eisenberg.
¨ Resenha:
Numa escola freqüentada pela elite americana, o
professor idealista William Hundert (Kevin Kline)
é conhecido por suas aulas cheias de alegria e
emoção. Tudo caminha bem até o dia em que um de
seus alunos, o arrogante Sedgewick Bell (Emile
Hirsch), filho de um respeitado senador, inicia
uma guerra particular com Willian, criticando
inclusive seus métodos de ensino. Essa batalha
de egos entre os dois acaba se estendendo por
anos.
William Hundert (Kevin Kline) é um professor,
verdadeiramente apaixonado pelo seu trabalho,
que crê firmemente que a vida de um cidadão deve
ser regida por princípios de integridade. Esta é
a mensagem que tenta transmitir aos seus alunos.
Contudo, o seu método de ensino vai ser posto à
prova por um novo aluno, Sedgewick Bell (Emile
Hirsh), filho de um Senador, que entra em
confronto direto com o professor e tenta
arrastar os colegas nos seus atos de rebeldia. O
desafio a que Hundert se propõe é modificar o
caráter rebelde de Sedgewick, e ganhar a sua
confiança...
“Terminus pendeo in exordium". Do latim, "o fim
depende do início". Em suma, eis o segredo de
uma vida. As histórias são feitas de vidas, e
vidas são feitas de momentos e atitudes. O que
determinará cada momento, o que definirá cada
ação é parte diretamente da educação recebida.
Como já diziam sociólogos e filósofos, nada mais
somos do que o resultado do meio em que vivemos.
O filme O Clube do Imperador (2004) apresenta
esse conceito como ponto de partida de uma
história capaz de confirmar a real importância
de uma educação verdadeira. O cenário é uma
escola exclusiva para garotos ricos. O herói, um
professor amante da História Antiga. O objetivo,
transformar meninos em homens com princípios
morais, homens de sucesso. Enquanto houve
vontade e receptividade, a meta foi cumprida.
Porém, ao se deparar com a indiferença, o
cinismo e a mediocridade calculada, o professor
se vê ante a mais difícil batalha de sua
carreira: admitir que, dar asas a quem não quer
voar é missão destinada ao fracasso.
O Brasil anda às voltas com a onda "vamos
educar". A mídia superlota a mente da população
com campanhas de conscientização que ostentam
uma única mensagem: Educar, caminho para o
primeiro mundo. A questão é que informar o povo
sobre a "obrigatoriedade" da educação não o faz
necessariamente compreender a real necessidade e
a devida utilidade dela no processo de
desenvolvimento. Nossas escolas estão cheias de
pessoas que buscam certificados sem nenhuma
intenção de assimilar o que é ensinado. Que
detalhes, que responsabilidades, que
conseqüências a educação compreende na íntegra?
Esse é o ponto proposto no filme para reflexão.
A guerra entre um mestre idealista que procura
dar verdadeiro significado à vida; e um aluno
que se contenta com a própria estupidez e com a
influência e o dinheiro do pai para garantir sua
ascensão. É um retrato cru da mentalidade em que
se encontra parte do povo.
Educar é ampliar horizontes, redefinir metas,
aguçar a sensibilidade, e não simplesmente
disponibilizar um diploma.
Educação de nada serve se não puder ser
revertida em crescimento, em desenvolvimento. Se
não resultar em mudança.
Em dado momento do filme, o professor pergunta:
"Grande ambição e conquista sem contribuição não
tem significado. Qual será a contribuição de
vocês?"
Qual será a nossa contribuição? A mídia deveria
se empenhar nessa questão, acima de tudo. No
detalhe invariável de que a verdadeira educação
cria consciência política.
Utilizando-se da leveza e banindo a opressão
típica do drama, a história consegue induzir a
uma constatação pura.
Um professor vive da esperança de moldar o
caráter de um homem e da convicção de que o
caráter de um homem pode mudar seu destino.
Assim, "alea jacta est": a sorte está lançada. A
história de um bom educador se prolonga e se
imortaliza nas muitas vidas por ele conduzidas
no caminho da aprendizagem.
A trama salienta sabiamente que a cota de alunos
medíocres sempre existirá. Afinal, joio e trigo
se misturam facilmente, porém, a fé na educação
deve permanecer. Em todo empreendimento de
sucesso há uma pequena margem de fracasso. Aos
sábios, que aproveitem o que lhes é ensinado.
Aos eternamente medíocres fica o conselho de
Aristófanes citado num dos empolgantes diálogos
do filme: "A juventude envelhece, a imaturidade
é superada, a ignorância pode ser educada e a
embriaguez passa, mas a estupidez dura para
sempre."
¨ Aspectos para Exploração em Dinâmicas de Grupo
a Critério:
Que detalhes, que responsabilidades, que
conseqüências a educação compreende na íntegra?
Concepções/teorias pedagógicas/linhas
metodológicas/recursos didáticos.
A influência da educação familiar e/ou da
família no contexto escolar.
Atendimento especial a alunos com dificuldades
de aprendizagem e a alunos que não se ajustam a
regras sociais impostas.
A validade da avaliação.
A ética no processo avaliativo.
A necessidade pedagógica de diversificação dos
instrumentos avaliativos.
A função social do trabalho do professor na
sociedade.
Relação aluno x professor.
Transgressão das regras institucionais:
atitudes, punições ou indiferença?
[...]
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
www.uems.br/proe |
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