Theresa Catharina de Góes Campos

  ENCONTRO DE AMIGOS

EX-ALUNOS DA FACULDADE NACIONAL DE FILOSOFIA (FNFi), na antiga UNIVERSIDADE DO BRASIL

Prezado amigo Vivaldo:

Espero que o encontro de amigos da FNFi tenha representado, mais uma vez, uma excelente oportunidade para reavivar os sentimentos de estima que cultivamos na época de estudantes, em convivência diária.

Continuo longe do Rio e sem oportunidade para reencontrá-los nessas tão bem-vindas reuniões. Mas, embora distante, continuo me sensibilizando ao ler os seus convites e lembretes sobre esses eventos. A leitura de cada nome me faz recordar essas pessoas, presentes em minhas lembranças de forma individual e/ou coletiva, relembrando conversas, passeios curriculares históricos a Ouro Preto, Congonhas do Campo e Mariana, a troca de idéias,as horas de estudo nas salas de aula e na biblioteca da instituição, etc.

(...)

Abraços muito cordiais para você e todos os amigos da FNFi. Votos de um abençoado Ano Novo!
Theresa Catharina

On Sex 27/11/09 16:06 , "Vivaldo" sent:

LEMBRETE III - ENCONTRO DE AMIGOS DA FNFi

Amigos,

Foram reservados os lugares para o encontro dos amigos da FNFi. Faltam 15 dias para o evento.
Data: 12 de dezembro de 2009 (sábado)
Hora: A partir das 14 horas
Local: LA FIORENTINA
Endereço: Av Atlântica, 458 - Leme - RJ

Reduto da boemia carioca na década de 60, a casa reabriu com menos badalação. O cardápio é assinado pelo chef genovês Guido Di Gennaro. De entrada, salada de atum fresco com folhas, batatas cozidas e azeitonas (R$ 12,00). Como prato principal, fettuccine com funghi porcini, presunto de Parma e ervilha (R$ 18,00). O filé de peixe à fiorentina está no cardápio desde as origens. É grelhado, servido com creme de espinafre e molho branco (R$ 31,00). De sobremesa, sacrapantina, um pão-de-ló com creme, chocolate e morango (R$ 5,00).

(...)

Obs.: Quem souber e-mails e/ou telefones de outros amigos que não constem da relação dos que irão receber esta mensagem, por favor, convide-os para o nosso encontro.

Abraços,
Vivaldo


DO FUNDO DO BAÚ - LA FIORENTINA – Leme

Templo maior dos artistas e intelectuais do final da década de 1950 ao início da década de 1990, o restaurante La Fiorentina, no bairro do Leme tem muita história para contar.

Foi inaugurado em 1957 e durante 31 anos freqüentado pela intelectualidade carioca que, não se sabe quem começou, deixava sua assinatura nas paredes e colunas do restaurante.

Artistas famosos, advogados ilustres, médicos, escritores, etc., sentiam-se orgulhosos ao serem convidados para assinar uma parede. Milhares de assinaturas, àquela altura, se sobrepunham umas às outras, em variadas cores, parecendo um afresco moderno.

O espaguete com frutos do mar e a lasanha verde à bolonhesa eram os capitães da cozinha. O chope, da Brahma, geladíssimo, rivalizava com o vinho em caneca (de gosto duvidoso) da casa. O porteiro vendia cigarros americanos por baixo do pano. Dois leões de bronze tomavam conta da entrada.

Um terrível incêndio, em 1988, acabou com tudo, inclusive cremou os milhares de assinaturas das celebridades que decoravam as paredes. Foi um dia muito triste. Os freqüentadores fizeram questão de lá comparecer, como uma última homenagem e muitos choravam copiosamente.

Um esforço hercúleo dos proprietários permitiu que o local fosse reaberto dois meses após e o hábito de assinar as paredes pelas celebridades renasceu. Lamentavelmente, por desencontros entre o dono do imóvel e os proprietários do restaurante, a Fiorentina fechou suas portas em 1992.

Oito anos após, no ano 2000, eis que, como Fênix, a Fiorentina ressurge das cinzas.

Lamentavelmente a nova decoração, o ar condicionado (sem demérito para o conforto), as mesas na calçada e, principalmente o menu, foram descaracterizados perdendo o charme da mistura décô/anos 50 que possuía. O espaguete ainda esta lá, mas a minha querida lasanha verde ficou na História. Não se come mal. Boas massas e boa pizza.

Os leões também estão de volta fazendo companhia a uma estátua de Ary Barroso, voraz freqüentador do local.

O ambiente vai retornando aos antigos padrões. À noite se podem ver artistas e intelectuais jantando calmamente.

Calmamente em termos. Eu estava jantando lá na noite do último capítulo da novela Paraíso Tropical quando chegou o vilão, o assassino da Thaís e também o capitão Nascimento do BOPE, Wagner Moura.

Amigos...Que tumulto!
Conde di Lido

 

Jornalismo com ética e solidariedade.