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A MEU PAI AVIADOR
A meu pai, Fernando Salvador Campos (falecido em
02-02-2000), da primeira turma de
oficiais-aviadores da recém-criada Força Aérea
Brasileira (o novo Ministério da Aeronáutica,
criado em 20 de janeiro de 1941, hoje Comando da
Aeronáutica). Entre as inúmeras missões
cumpridas, fez a Patrulha do Atlântico, na
Segunda Guerra Mundial; pilotou vôos do CAN -
Correio Aéreo Nacional, ansiosamente esperados
nas regiões mais carentes do Brasil; viagens do
Correio Suez, de suprimento e apoio ao
contingente brasileiro em missão de paz das
Nações Unidas, no Canal de Suez; missões de
aerofotogrametria, Busca e Salvamento, quando
estava no Sexto Grupo de Aviação, em Recife-PE,
entre muitas outras missões e funções, úteis e
relevantes.
Por todos os lados,
abaixo e acima,
um mar de nuvens
a nos rodear:
oceano infinito
do amor de Deus.
Próxima pelo espírito
a meu pai aviador,
lembrando as palavras
do herói também piloto
que encontrou no deserto
o seu Pequeno Príncipe.
Os três, de vida tão frágil.
Os três, amigos das nuvens.
Vivem a realidade do encontro
que não tem mais separações.
A serenidade dos imortais.
Lagoas, enseadas e lagunas
no céu de nuvens emolduradas
por mãos divinas e criadoras.
Em constante caminhada, as dunas
cantam e voam, ecoando o amor
do Arquiteto maior, do Pintor inigualável.
Como se o céu fosse jardim,
que o Jardineiro não deixa fenecer:
um espaço de sonhos e aventuras,
todas finalmente realizadas
nas revelações descerradas,
em rotas do infinito a se descortinar.
Ah, esses pioneiros e desbravadores,
ousados e corajosos em sua fé,
determinados a cumprir todas as missões.
Atraídos pelos céus, amigos das nuvens
indômitas, viajantes destemidas.
Tão à vontade nas alturas, esses
leais, bons amigos das nuvens,
caminhando como anjos corajosos
acima de lagos e mares, rios e florestas.
Conheciam as paisagens do infinito
que refletiam os limites desafiadores
de vales, montanhas e desertos.
Na eternidade, porém, tudo é infinito,
inclusive a paz, na plácida imortalidade.
Theresa Catharina de Góes Campos
13 de outubro de 2009, em vôo de Brasília a São
Paulo.
NOTA:
Antoine de Saint-Exupéry dedicou sua obra mais
conhecida, O Pequeno Príncipe, ao amigo Léon
Werth, escritor e crítico de arte.
Ensaísta e romancista francês, Léon Werth
sobreviveu à Segunda Guerra Mundial. Vinte e
dois anos mais velho que o jornalista, escritor
e aviador, declarou no fim do conflito: "A paz
sem Exupéry não me parece inteiramente a paz."
Só teve conhecimento do livro que lhe fora
dedicado cinco meses depois da morte do amigo,
quando recebeu uma edição especial.
No poema A Meu Pai Aviador, faço referência a
três pessoas muito especiais porque pensei, ao
escrever os versos, incluir O Pequeno Príncipe,
na verdade, lembrando Léon Werth, porque tudo
indica ter Exupéry nele se inspirado, para
construir o personagem mais famoso em todo o
conjunto de sua obra literária.
Theresa Catharina
From: Luci Tiho
Ikari
Date: 2010/1/24
Subject: A MEU PAI AVIADOR - Theresa Catharina
de Góes Campos
Theresa Catharina:
Parabéns, pela linda homenagem ao seu pai. Com
certeza, ele deve estar orgulhoso pelas suas
considerações e com você, no seu trabalho como
exímia comunicadora.
Aproveito a oportunidade para dizer que achei
muito oportuno assistir ao filme que me
recomendou, "Ensaio de orquestra" de Fellini,
mostrando a anarquia que se instala, com as
pessoas mais interessadas em satisfazer os seus
egos do que se concentrarem na música, situação
muito parecida com a dos alunos sem grandes
compromissos na aprendizagem. Até, Luci
From: Juliana
Taroda
Date: 2010/1/22
Subject: A MEU PAI AVIADOR - Theresa Catharina
de Góes Campos
To: Theresa Catharina de Goes Campos
Dona Theresa Catharina:
Lindo!!
Além de um pai exemplar, foi um grande cidadão
para o Brasil.
Um grande abraço
Juliana
From: Faustino
Vicente
Date: 2010/1/22
Subject: RESA MEU PAI AVIADOR - Theresa
Catharina de Góes Campos
To: Theresa Catharina de Goes Campos
Bom dia, Dra. Theresa Catharina de Goes Campos
Parabéns pela sua singular sensibilidade e pela
linda, e merecida, homenagem ao senhor seu pai –
seu herói. Que o dia amanheça (sempre) sorrindo
pra você e para os seus familiares.
Fraternalmente em Cristo.
Faustino Vicente – Jundiaí – (Terra da Uva) SP
From: Vera Lucia
Faria Corrêa Teixeira
Date: 2010/1/22
Subject:A MEU PAI AVIADOR - Theresa Catharina de
Góes Campos
To: Theresa Catharina de Goes Campos
Querida Theresa:
Bela homenagem, seu pai deve estar feliz.
(...)
Vera
From: guilherme
jose campos barros
Date: 2010/1/23
Subject:A MEU PAI AVIADOR - Theresa Catharina de
Góes Campos
To: Therezita Campos
Querida Tia Therezita, eu e Adriana acabamos de
ler esta linda poesia. É realmente linda !!
Ficamos emocionados....
(...)
Esperamos que esteja tudo bem com você aí em
Brasília....
Estamos adorando os livros ...
Beijos dos sobrinhos
Adriana e Guilherme
QUE LINDA, A POESIA SOBRE A VIDA E CARREIRA
DO VOVÔ !
De: elizabeth
barros
Data: 31 de janeiro de 2010 16:07
Assunto: Que linda, a poesia sobre a vida e
carreira do vovô!
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Tia, que maravilha essa poesia sobre o vovô e as
palavras sobre a carreira que ele seguiu! Foi
uma carreira lindíssima, durante um período onde
tudo era mais difícil e perigoso dentro da FAB.
Também sinto um orgulho enorme por ele e as
lembranças dele são diárias.
Obrigada, de sua sobrinha, Elizabeth.
De: Ana Falcão
Data: 1 de fevereiro de 2010 12:37
Assunto: A MEU PAI AVIADOR
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Querida Theresa Catharina,
Com esse poema, você nos deu o privilégio de
conhecer a carreira brilhante de seu pai, em
cujos exemplos certamente se mira para exercer
sua honestidade na profissão e na vida . Avalio
que seu equilíbrio emocional tem a ver com a
ligação entre filha e pai. Parabéns.
Sua amiga
Ana
De: RAQUEL DE
ALMEIDA PRADO CRUZ
Data: 17 de fevereiro de 2010 18:36
Assunto: Re: poema A MEU PAI AVIADOR
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Therezita querida,
O poema é maravilhoso, extremamente amoroso e
delicado; sem dúvida, belíssima homenagem!!!
Grande beijo, Raquel.
De: Vera Farias
Data: 18 de fevereiro de 2010 13:26
Assunto: Re: poema A MEU PAI AVIADOR
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Therezita, achei muito bonito o que escreveu
sobre seu pai. Lembro-me muito dele. A última
vez que o vi estava hospitalizado no Galeão e
foi ao quarto de papai, que tinha feito pequena
cirurgia. O seu modo de falar transmitia uma
alegria contagiante, que tirou o papai da
prostração em que se encontrava. Que força de
espírito ele tinha!!! Guardo também muito boas
lembranças de D.Therezinha, grande amiga de
minha mãe!!!
Beijo grande!
Verinha. |
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