Cuba é a maior ilha caribenha e fica
somente a 170 km da costa
norte-americana da Flórida. O território
é dividido quase igualmente por
florestas e áreas cultivadas.
População e religião
A população cubana é nova e urbana.
Embora apenas 18,8% tenha idade inferior
a 15 anos, a idade média é de 35 anos.
Havana, a capital, é a maior cidade, com
2,3 milhões de habitantes. Etnicamente,
a maior parte da população cubana é
mestiça, e existem grupos minoritários
de trabalhadores chineses.
Embora o regime de Castro declare Cuba
oficialmente um Estado ateu, a maior
religião organizada ainda é a Igreja
Católica Romana. Especialistas estimam,
no entanto, que menos de 5% da população
da ilha seja praticante do catolicismo.
De 4,5 milhões de seguidores batizados,
somente 452 mil vão à missa
regularmente.
A santería, prática sincretista
afro-cubana similar ao candomblé, pode
ser considerada a principal religião de
Cuba. Ela é uma crença animista baseada
na religião yoruba, que foi trazida
pelos escravos africanos durante a fase
colonial e misturou-se ao catolicismo.
Uma vez que a santería não possui
estrutura organizada, é difícil definir
o número de seguidores, mas relata-se
que pelo menos 60% dos cubanos
participaram de um ritual de santería
alguma vez na vida.
A maioria dos santeros se considera
católica, e todos os praticantes da
santería consideram o batismo um
requisito fundamental para a
participação em suas cerimônias
sincretistas.
Governo
Cuba é um Estado comunista. O governo
atual assumiu o poder em 1º de janeiro
de 1959. O país possui apenas um partido
político, o Partido Comunista Cubano
(PCC). Fidel Castro renunciou à
presidência em 18 de fevereiro de 2008,
e seu irmão Raul foi eleito seu
sucessor, em 24 de fevereiro, como
presidente do conselho de ministros.
O governo mantém total controle sobre a
imprensa falada e escrita. Os cidadãos
cubanos não têm o direito de escolher
livremente seus representantes no
governo, não têm igualdade de proteção
sob a lei, não gozam de liberdade de
expressão, não podem sair e entrar na
ilha livremente e não possuem o direito
de organizar manifestações públicas,
ainda que pacíficas.
Em 1º de abril de 2008, as lojas
estatais tiveram permissão para vender
eletrodomésticos, antes proibidos1.
Os computadores, igualmente vetados, não
chegaram às lojas no mesmo dia. A
proibição de acessar a internet sem
autorização do governo levou alguns
cubanos a comprar senhas de acesso no
mercado negro.
O governo castrista transformou a
sociedade cubana em uma das mais
militarizadas de todo o mundo. Com
exceção do Brasil, Cuba possui o maior e
talvez mais moderno exército da América
Latina. Seu poder, entretanto, diminuiu
muito com o colapso da antiga União
Soviética. A consequente escassez de
combustível, de peças de reposição e de
outros materiais reduziu drasticamente o
treinamento e os exercícios militares.
Economia
De maneira geral, os jovens cubanos não
se lembram da revolução de Castro e a
maioria deles está mais interessada no
crescimento econômico do que na
ideologia política. Quase todos (99,8%)
os cubanos são alfabetizados, porém
pobres. O cidadão cubano ganha em média
cerca de US$ 2 mil por ano.
A economia do país foi devastada pelo
planejamento centralizado, pelo colapso
da União Soviética e por anos de embargo
comercial. A crise econômica, a dívida
externa com os países ocidentais e a
falta de documentação confiável das
propriedades que foram desapropriadas
não têm permitido que Cuba tenha êxito
em seu esforço de atrair novos
investidores estrangeiros.
Como resultado, a balança comercial
cubana continua apresentando um elevado
déficit anual (quase US$ 1,2 bilhões em
2006), agravando a situação da dívida
externa do país, que já girava em torno
de US$ 15,13 bilhões em 2006. A enorme
dívida de Cuba com a Rússia gira entre
15 e 20 bilhões de dólares.
A exceção é o turismo, que tem crescido
cerca de 20% nos últimos anos.
A Igrejavoltar
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Missionários católicos da ordem
dominicana chegaram a Cuba em 1512,
pouco tempo depois da descoberta da
América por Cristóvão Colombo, em 1492.
A Igreja Católica Romana encontra-se
firmemente estabelecida no país desde
então, mas o número de católicos que
efetivamente vão à igreja diminuiu
drasticamente a partir de 1960. Embora
40% da população seja católica, apenas
10% dos cubanos vão à igreja com certa
frequência.
Já nas igrejas protestantes ocorre
exatamente o oposto. Durante os anos 90,
várias denominações cristãs cresceram
rapidamente, a ponto de hoje ser muito
difícil encontrar uma cidade cubana sem
uma igreja protestante.
Apesar de terem se esvaziado com o
movimento migratório para os Estados
Unidos, elas apresentam uma espetacular
taxa de crescimento de 6% ao ano,
enquanto a Igreja Católica cresce apenas
2,4% ao ano.
Cerca de 300 mil cubanos pertencem a uma
das 84 denominações protestantes da
ilha.
A
perseguição
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A Constituição reconhece o direito de
professar e praticar qualquer religião,
desde que se respeite a lei. Em inúmeras
leis e documentos legais, o governo
cubano tem se declarado completamente
neutro em questões relacionadas ao
cristianismo e exigido a separação
absoluta entre Igreja e Estado. Da mesma
forma, o governo afirma não apoiar nem
exigir nada da Igreja cubana. Na
prática, no entanto, há severas
restrições às reuniões, à evangelização
nas ruas e à construção de igrejas.
Pastores são detidos e presos,
informantes se infiltram nas igrejas e a
discriminação é constante. Felizmente, o
risco de morte é baixo nos dias atuais e
a perseguição está em declínio de
maneira geral. As restrições ainda são
evidentes, mas uma recente abertura
tornou possível a expansão do
ministério.
Em 1992, uma emenda à Constituição mudou
a natureza do Estado cubano de ateísta
para laico, permitindo que cristãos
pudessem se filiar ao Partido Comunista
Cubano. Isto, no entanto, ainda está
para acontecer. Membros devotos de
denominações protestantes e católicas
enfrentam, de maneira geral, intensa
oposição e perseguição das autoridades.
Cubanos que defendem questões de
direitos humanos frequentemente são
visados e muitos têm sido presos desde a
repressão em massa de 2003.
Em julho de 2006, o pastor Carlos
Lamelas, ex-presidente da Igreja de Deus
e membro do Conselho Cubano de Igrejas,
foi preso e acusado de "tráfico humano",
porque lutava pelo aumento da liberdade
religiosa em Cuba. A promotoria pública
pediu uma sentença de nove anos de
prisão.
De acordo com a Solidariedade Cristã
Mundial, uma organização britânica de
direitos humanos, o pastor Carlos foi
libertado de forma inesperada depois de
126 dias preso e obteve permissão para
se juntar à família em Havana. Enquanto
estava preso, ele não tinha permissão
para sair da cela, por isso, sua saúde
ficou abalada. O pastor recebia visitas
semanais de sua esposa, 20 minutos cada
uma, as quais, entretanto, eram vigiadas
pelos guardas, e eles não podiam
conversar livremente. Carlos só obteve
permissão para ver seu advogado uma
única vez, por cinco minutos. Suas duas
filhas, de 5 e 12 anos, não puderam ter
qualquer contato com o pai durante o
tempo em que ele ficou na prisão.
Carlos Lamelas disse que ficou
impressionado com o apoio que recebeu
dentro e fora de Cuba. Quando chegou em
casa, encontrou uma "montanha" de cartas
e cartões de apoio vindos de todas as
partes do mundo. "Nossos pés estão no
chão, mas nossos corações estão nas
nuvens", declarou o pastor.
Naquele ano, mais de 75 ativistas em
todo o país foram presos e sentenciados
a mais de 25 anos de prisão. O caso do
pastor Carlos Lamelas parece ser parte
de um movimento amplo para restringir a
liberdade religiosa ao redor do país.
Vários pastores e padres relataram um
aumento da interferência incômoda do
governo e alguns deles relataram o
fechamento forçado ou a destruição de
igrejas.
Motivos de oraçãovoltar
ao topo
1. A Igreja está vivendo dias de
avivamento sem precedentes. Louve a Deus
pelo grande avivamento que tem permeado
o país e pelo crescimento explosivo das
igrejas domésticas. Ore para que esta
expansão continue.
2. A Igreja está respirando ares de
maior liberdade. Louve a Deus pelo
abrandamento significativo das
restrições e peça para que esta
tendência continue. Ore para que esse
relacionamento melhore cada vez mais.
3. A Igreja está desfrutando de um apoio
internacional expressivo. Agradeça a
Deus pela importante rede de apoio que
fornece Bíblias e outros recursos para
evangelização às igrejas domésticas
cubanas. Ore para que este auxílio
aumente.
4. A Igreja cubana tem a oportunidade de
permear a nação com o Cristianismo. Ore
para que o país continue caminhando no
sentido de se tornar uma nação com total
liberdade religiosa, onde o evangelho
possa ser pregado livremente e igrejas
possam ser implantadas em grande escala.
Fontes
-
2008 Report on International Religious
Freedom
-
BBC country profile
-
Países@
-
Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - Human Development
Reports
-
The World Factbook
1http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2008/04/01/ult729u73416.jhtm
Atualizado em 10/03/2009
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