Theresa Catharina de Góes Campos

 
 
SISTEMA  DE  TRANSPORTE  COLETIVO  SUSPENSO (STC)
 
De: REYNALDO FERREIRA
Data: 23 de abril de 2010 05:58
Assunto: FW: Enc: Sistema de Transporte Coletivo Suspenso (STC).
Para:
theresa.files

Repassando:
 

Projeto mineiro de transporte suspenso é premiado

Transporte suspenso seria a alternativa para milhões de usuários
(Foto: Divulgação)
 
 
Vestido com a camisa de sua seleção de futebol, o turista encontra-se atrasado em plena Praça da Liberdade. Deve estar em 30 minutos no Mineirão ou então perderá o iní­cio de partida decisiva de sua equipe pela Copa do Mundo de 2014. Ainda assim, ele espera calmamente pelo trem. Que logo chegará e, sem enfrentar agruras do tráfego, passará em suspensão pela avenida Presidente Antônio Carlos e o deixará, a tempo, às portas do estádio.


O cenário futurista, aparentemente desconexo da realidade de hoje, é, no quesito de logística do trânsito,
perfeitamente aplicável. É o que assegura o júri alemão If Concept Award, que premiou em março dois egressos da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) pela criação do Sistema de Transporte Coletivo Suspenso (STC).

Ousado, o projeto pretende
erguer sobre os canteiros centrais das principais avenidas de Belo Horizonte o fundamento de um transporte coletivo rápido, barato e movido por energia limpa.
 

Segundo um dos autores do projeto, Rafael Osmar Costa,
as facilidades de adoção do sistema superam às do metrô subterrâneo. "Uma das principais vantagens financeiras é a de não necessitar de desapropriações. A estimativa é de que os custos com a implementação do projeto sejam até 1/3 do valor previsto para trens urbanos", analisa.
 

Eles explicam ainda que o projeto deve funcionar graças a um mecanismo de locomoção eletromagnética movido a energia limpa O transporte suspenso utilizaria
energia eletromagnética convertida a partir de energia eólica captada nas torres de sustentação e de energia solar armazenada, cujos painéis se encontrariam sobre os vagões. Apenas em casos de insuficiência de produção energética provida por esses meios considerados limpos, por não degradarem o meio-ambiente, seria então ativado o sistema de geração por energia elétrica.
 
.  Vagões mais estreitos e leves possibilitariam a passagem dos trens pelos corredores de tráfego da cidade.  Para agilizar a implantação, uma única estrutura iria sustentar os trilhos das linhas dos dois sentidos.

Até mesmo a
procedência das matérias-primas para forjar os pilares de sustentação, cabos e vagões foi ponderada. "As empresas mineiras têm toda a capacidade de fornecer o material para a criação do sistema", avalia Costa, que informa que já existem empresários estudando a proposta e analisando a viabilidade técnica e econômica da implantação do sistema em Belo Horizonte.
 

Elisa Irokawa, coautora do projeto, afirma que
o sistema se apoia no trinômio velocidade-conforto-economia para debelar as dificuldades de tráfego das grandes capitais, pode reeducar o cidadão a optar pelo transporte público e auxiliar o município em outro empreendimento. "O projeto foi pensado também em função da Copa do Mundo", revela.

Segundo a designer,
o perí­odo necessário para a construção de cada linha de acesso é de apenas um ano. No projeto original, é previsto um total de oito linhas, incluindo rotas como Savassi-Pampulha e Belvedere-Pampulha. Uma composição do STC é formada por três vagões, mais leves e estreitos que os tradicionais, com capacidade para até 240 passageiros e pode atingir uma velocidade de até 100 Km/h. 
 



Rafael Osmar Costa e Elisa Irokawa concluí­ram seu curso de Design de Produto na UEMG em 2009 com a proposta de criação do Sistema de Transporte Coletivo Suspenso, levando em conta dados da topografia da capital mineira e a incômoda realidade das desapropriações necessárias quer fossem para ampliação de avenidas, quer fossem para ampliação dos serviços do trem urbano.
 
Quem trafega em cidades como Belo Horizonte (MG) sabe como o relevo acidentado pode atrapalhar na hora do deslocamento.  Pensando nisso, os estudantes da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) criaram o Sistema de Transporte Coletivo Suspenso (STCS), que pretende melhorar o transporte coletivo e aumentar a eficiência energética do setor. 
 
Segundo seus criadores, os estudantes Rafael Osmar de Oliveira e Costa
e Elisa Sayuri Freitas Irokawa, o sistema foi inspirado nas tendências atuais da arquitetura e do design global, levando em conta a preocupação com a eficiência energética.  "O metrô suspenso foi idealizado para ser uma opção inovadora, mas coerente com o mundo que planejamos para o futuro", contou Rafael.
 

Tendo como orientador do projeto o professor Jairo Drummond Câmara, e colaborador o professor Rúber Dias Botelho, ambos também da UEMG, foram aconselhados a inscreverem o trabalho em concursos internacionais. Assim o fizeram após tomar ciência das regras do prêmio da International Fórum Design, criado ainda em 1953, IF Concept Award, para reconhecimento das melhores soluções em Design em diversos âmbitos.


Os estudantes não esperavam figurar sequer entre os 100 primeiros colocados. Queriam, prioritariamente, ganhar experiência e utilizá-la como indicadores em seus currí­culos e portólios. Inscritos na edição de 2010, os estudantes
receberam a quarta maior premiação no prêmio IF Concept Award, categoria Industrial Design. Além da chancela de um grande prêmio internacional, os vencedores receberam o valor de € 1 mil.

Agora profissionais, Costa pretende continuar a trabalhar com o design na área de transportes e automóveis, enquanto Elisa cursa pós-graduação em Design de Moda e pretende convergir suas habilidades para o estudo automobilístico na área de Color & Trim (desenvolvimento de interiores, cores e acabamento do veí­culo).

 
Fontes:
 
Agência Minas
 
http://www.uemg.br/noticia_detalhe.php?id=3263
http://5magazine.wordpress.com/2010/04/20/floating-train-by-elisa-sayuri-freitas-irokawa-and-rafael-osmar-de-oliveira/
http://www.oc.org.br/index.php?page=Noticia&id=178208

 

 

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