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Federação Nacional dos Jornalistas
Corrupção eleitoral 23/07/2010 | 02:57
Movimento articula ações para coibir
irregularidades nas Eleições 2010
Em reunião realizada terça-feira (20/07), em
Brasília, o Comitê Nacional do Movimento de
Combate à Corrupção Eleitoral discutiu medidas
para fiscalização das Eleições 2010. A FENAJ
denunciou o aumento da censura à imprensa e
ameaças a jornalistas que divulgam
irregularidades envolvendo candidatos. No dia 18
de agosto serão realizados debates simultâneos
do MCCE nos estados para definir medidas
efetivas de fiscalização do processo eleitoral.
Composto por 46 entidades e instituições de todo
o País, o MCCE mantém contato com os órgãos
responsáveis por combater as fraudes e abuso do
poder econômico e político nos processos
eleitorais. Entre os participantes da reunião de
terça-feira estiveram o presidente nacional da
OAB, Ophir Cavalcante, o presidente em exercício
do MCCE, Carlos Moura, o secretário-geral da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, e o presidente
da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade.
O movimento, que nasceu de uma mobilização da
Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP)
responsável pela aprovação da primeira lei de
iniciativa popular após a criação deste
instrumento com a Constituição de 1988, a Lei
9840/99, comemorou a sanção, em 4 de junho
último, da Lei Complementar 135/10, também
baseada em projeto de iniciativa popular,
batizada de Lei da Ficha Limpa.
Ficha suja
Cerca de três mil dos quase 20 mil pedidos de
registro de candidaturas encaminhados neste ano
estão sendo questionados na Justiça Eleitoral.
Boa parte dos pedidos de impugnação se baseia na
Lei de Ficha Limpa, segundo a qual os condenados
por um colegiado de juízes não podem se
candidatar. A lei pode atingir inclusive
políticos que renunciaram a seus mandatos para
fugir de possíveis cassações.
Plano de ação
Entre as deliberações da reunião do MCCE desta
terça-feira, ficou acertada a realização, no dia
18 de agosto, de reuniões dos “Comitês 9840¨ nas
sedes da OAB nos 26 estados e no Distrito
Federal para definição de medidas efetivas de
fiscalização das eleições 2010. Entre elas são
cogitadas a disponibilização de telefones 0800
para recebimento de denúncias de irregularidades
eleitorais, como compra de votos e outros abusos
do poder econômico e político e uma maior
articulação com o Ministério Público Eleitoral e
com a Polícia Federal, para investigação de
denúncias e punição dos culpados.
Censura
Sérgio Murillo de Andrade, presidente da FENAJ,
denunciou o aumento da censura à imprensa,
ameaças e violências contra jornalistas que
divulgam irregularidades envolvendo candidatos
na medida em que as eleições de 2010 se
aproximam. “E o problema se amplia com ações e
medidas liminares impedindo a divulgação de
denúncias”, criticou. Murillo sustentou que a
FENAJ e o MCCE continuarão denunciando a censura
à imprensa e aos jornalistas.
Com informações dos sites do MCCE e da OAB |
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