Theresa Catharina de Góes Campos

 
De: Faustino Vicente
Data: 25 de fevereiro de 2011 19:32
Assunto: Pe.Salesiano publica meu artigo na América Central

A seguir, a motivadora manifestação do meu amigo – Padre Heriberto Herrera, SDB -  salesiano de El Salvador, que vai publicar o meu artigo – El Seis Sigma Emocional – no Boletim Salesiano, que circula pelos países da América Central.

Faustino Vicente -  Jundiaí (Terra da Uva) São Paulo - Brasil

Assunto: Re: EL SEIS SIGMA EMOCIONAL

Estimado Faustino, me ha gustado tanto su artículo que pienso incluirlo en nuestro Boletín Salesiano, impreso y digital.

Con aprecio

P. Heriberto Herrera, SDB – Salesiano – El Salvador

SEIS SIGMA EMOCIONAL

Faustino Vicente*

Ao longo das últimas décadas surgiram no mercado uma série de programas sobre  gestão empresarial apresentados,via de regra, como estratégias de  negócios capazes de revolucionar o  processo gerencial. Entre os que emergiram, uns continuam até  hoje na crista da onda,outros submergiram,tragados pela mesmice. O Seis  Sigma, que mede (estatisticamente) a capacidade do processo em  trabalhar sem falhas,está desfrutando de  grande destaque entre empresas que  buscam a excelência. Sigma é a décima oitava letra do alfabeto grego,correspondente ao nosso S. Como  limite de especificação, parte da classe Um Sigma, que apresenta 697.700 defeitos por milhão e atinge o Seis Sigma com  apenas 3,4 falhas por milhão,ou seja, 99,99966% de perfeição.

Um autêntico DNA. Entre os  especialistas do segmento encontramos uns que entendem que finalmente  surgiu algo inovador, outros não têm  medo em afirmar que se trata de um filme  que já viram. Polêmica à  parte,nota-se que todas  as estratégias gerenciais têm os mesmos objetivos: eliminar as  falhas, melhorar a qualidade, reduzir  custos, aumentar a produtividade, satisfazer os clientes e elevar a lucratividade. A diferença pode estar na metodologia. A própria  implementação das estratégias  de negócios  encerra  uma semelhança muito grande: comprometimento da  alta administração para alocar recursos e mudar o próprio  comportamento, formação de uma equipe de gestores que  irá  elaborar as  normas  de procedimentos  e o calendário de atividades, capacitação de  todos os funcionários, identificação de oportunidades,critérios para avaliação de resultados e a criação de um sistema de incentivos  motivacionais.

Acreditando  na eficácia do programa, deveríamos  aproveitar a mesma metodologia (estatística) para implementar o ‘Seis Sigma  Emocional”. Vamos  erradicar as “puxadas de tapetes”, a  vaidade, as   injustiças, o  desrespeito  profissional, a inveja,  as intrigas, o preconceito, a mentira, a arrogância e a discriminação. Devemos,também, eliminar  o constrangimento  moral,  as fofocas, os  assédios sexuais, as  ameaças, a  traição, o revanchismo e a hipocrisia.Podemos,ainda, banir as demissões humilhantes de  funcionários que trabalharam  por  décadas na empresa  e são  demitidos por carta, telefonema e por   outras formas vexatórias. Os sentimentos  negativos têm estado na raiz das  causas de desvio de  carreiras  promissoras, falência  de empresas e queda de governos como,por  exemplo, o então  poderoso Império  Romano -  o mais  célebre  da  história  da  humanidade.

Enfim, em que classe de Sigma Emocional estarão a  maioria das empresas brasileiras? A falta de lealdade provoca um clima de incertezas,levando parte das pessoas a diferentes graus de desequilíbrio emocional. “Nos paises industrializados, uma em  cada grupo de quatro pessoas (25%) sofre perturbações psíquicas durante sua  vida de  trabalho. Estudo publicado pelo OIT (Organização  Internacional do  Trabalho), considera que os distúrbios emocionais se devem ao “stress”no  trabalho.Estes distúrbios variam de grave ansiedade  e depressão até  doença  mental crônica.Seriam causas do “stress”: a supervisão muito constante, o  barulho excessivo, situações perigosas e uma  atitude impessoal dos  supervisores frente aos trabalhadores”. O mais grave é que essa publicação  data de 1987.

Uma  pesquisa realizada em 1998, nos  Estados  Unidos,  com 305 executivos de  recursos  humanos, revelou  que as faltas  por estresse quase que se nivelam com as provocadas  por doenças  físicas. Considerando que nos últimos anos tem havido maior acirramento da concorrência, ameaça de desemprego, perda do poder aquisitivo da  classe trabalhadora e pressão para a aumento da produtividade, podemos concluir que, a implementação, a custo zero, do “Seis  Sigma Emocional” pode resgatar o orgulho e o prazer de  trabalhar em determinada  organização.

*Faustino Vicente – Advogado, Professor e Consultor de Empresas  e de Órgãos Públicos -  e-mail:  faustino.vicente@uol.com.br  -  Jundiaí (Terra da Uva)  - São Paulo - Brasil

 

Jornalismo com ética e solidariedade.