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BRASIL E O MUNDO VISTOS PELO VATICANO - PRONUNCIAMENTOS DA IGREJA
CATÓLICA
LMAIKOL
Data: 28 de agosto de 2010 14:42
Assunto: O mundo visto de Roma
Eleições 2010 no Brasil:
nota do arcebispo de
Aparecida
APARECIDA, sexta-feira,
27 de agosto de 2010 (ZENIT.org)
– Apresentamos a nota do
arcebispo de Aparecida e
presidente do CELAM
(Conselho Episcopal
Latino-Americano), Dom
Raymundo Damasceno
Assis, divulgada nesta
sexta-feira, sobre as
Eleições 2010 no Brasil.
* * *
No próximo dia 03 de
outubro nós,
brasileiros, teremos
mais uma oportunidade de
exercer nossa cidadania.
Através do voto,
elegeremos Presidente,
Governadores, Senadores,
Deputados Estaduais e
Federais. Todos sabemos
da importância e da
responsabilidade do
voto. É através do voto
que escolhemos nossos
legítimos
representantes, para
governar e legislar em
benefício do povo
brasileiro, a fim de que
cada cidadão tenha
oportunidade de crescer,
desenvolver-se e viver
com dignidade e em paz.
“A Igreja não pode
nem deve tomar nas suas
próprias mãos a batalha
política para realizar a
sociedade mais justa
possível. Não pode nem
deve pôr-se no lugar do
Estado. Mas também não
pode, nem deve ficar á
margem na luta pela
justiça” (Bento XVI).
É dever da Igreja
orientar os fiéis para
que possam participar,
democraticamente, com
consciência, liberdade e
responsabilidade do
processo
político-eleitoral,
apontando critérios
éticos e morais que
devem ser levados em
consideração no momento
da escolha do seu
candidato.
Por isso, na hora de
decidir o voto, é
importante que o eleitor
tenha em mente alguns
pontos para nortear sua
escolha:
- não negocie, nem
anule o seu voto: o voto
deve ser consciente,
livre, responsável e não
uma troca de favores.
Quem o vende contribui
com a corrupção e tem a
mesma parcela de culpa
daquele que compra. Se
vir alguma prática neste
sentido, denuncie,
imediatamente, às
autoridades competentes;
- procure conhecer
seu candidato: quem é
ele? qual seu histórico
de vida? quais suas
idéias e propostas em
relação à saúde,
educação, combate a
violência, ao crime
organizado, reforma
agrária? tem projetos
que visam o bem comum,
ou somente interesses
pessoais e de grupos?
seu nome está envolvido
em denúncia de corrupção
ou algum escândalo de
cunho ético ou moral? é
defensor da democracia,
da liberdade de
expressão e do respeito
as convicções religiosas
e da livre manifestação
da fé? está comprometido
com a justiça social,
com a observância e o
cumprimento dos direitos
humanos, com o pleno
respeito a vida humana,
desde a sua concepção
até à morte natural, e
com políticas
públicas que beneficiem
o bem-estar da
população,
principalmente, dos mais
pobres?
- seja coerente
consigo mesmo e com seus
princípios: não vote
pelos resultados que as
pesquisas apresentam, ou
por outro qualquer
motivo, que interfira na
sua liberdade de
escolha. O voto é livre.
Vote naquele (a) que
você perante Deus, a
sociedade e sua
consciência julgar
merecer o seu voto;
- após a eleição:
acompanhe o desempenho,
as ações e as decisões
políticas e
administrativas daqueles
que, democraticamente,
foram eleitos para
governar e legislar em
nosso País. Cobre a
coerência e o
cumprimento dos
compromissos assumidos
durante a campanha
eleitoral, e apóie
iniciativas em favor do
bem-estar integral da
população.
Escolher os
representantes para o
Congresso ou Assembléias
Estaduais, não é tarefa
fácil; é um desafio. É
preciso, pois, ter
espírito crítico,
discernimento e
interesse pelo bem de
toda a sociedade. Assim,
conseguiremos, de fato,
exercer nossa cidadania
e contribuir na
construção de um Brasil
mais humano, solidário e
justo para todos.
Que Deus, por
intercessão de Nossa
Senhora Aparecida, nos
ajude e nos ilumine
neste propósito.
Dom Raymundo
Damasceno Assis
Arcebispo de
Aparecida, SP,
Presidente do CELAM
----- Original Message -----
Sent: Friday,
August 27, 2010 7:03 PM
Subject: [SPAM
Detectado][ZP100827] O
mundo visto de Roma
ZENIT
O mundo visto de Roma
Serviço diario - 27 de
agosto de 2010
Santa Sé
Mundo
Entrevistas
Espiritualidade
Flash
Documentação
Santa Sé
Vaticano a muçulmanos:
vençamos juntos a violência
interconfessional
Na tradicional mensagem
por ocasião do final do
Ramadã
CIDADE DO VATICANO,
sexta-feira, 27 de
agosto de 2010 (ZENIT.org)
- O Conselho Pontifício
para o Diálogo
Inter-Religioso convida
os muçulmanos a vencerem
juntos a violência entre
pessoas de confissões
diferentes, na
tradicional mensagem por
ocasião do final do
Ramadã, divulgada hoje.
O tema da mensagem
deste ano, "Cristãos e
muçulmanos: juntos para
vencer a violência
interconfessional", é,
infelizmente, atual,
pelo menos em algumas
regiões do mundo,
segundo destaca a Santa
Sé.
Este é o
mesmo tema de estudo e
reflexão escolhido pelo
Comitê Misto para o
Diálogo do Conselho
Pontifício e do Comitê
Permanente de al-Azhar
para o Diálogo entre as
Religiões Monoteístas,
por ocasião da sua
última reunião anual,
realizada no Cairo nos
dias 23 e 24 de
fevereiro.
E
precisamente o
presidente do Conselho
Pontifício para o
Diálogo Inter-Religioso,
cardeal Jean-Louis
Tauran, que assina a
mensagem, destaca
algumas das conclusões
deste encontro ao
felicitar os muçulmanos
a Id al-Fitr, a
festa com a que concluem
o mês de jejum.
"Entre
as causas da violência
entre fiéis de
diferentes religiões,
podemos destacar a
manipulação da religião
para fins políticos ou
de outro tipo, a
discriminação baseada na
etnia ou na identidade
religiosa, as divisões e
as tensões sociais",
indica a mensagem,
recordando as
conclusões.
E
adverte, recolhendo o
conteúdo do mesmo
documento: "A
ignorância, a pobreza, o
subdesenvolvimento, a
injustiça também são
fontes diretas ou
indiretas de violência,
não somente entre
comunidades religiosas,
mas também em seu
interior".
Tornando-se eco do
desejo do comitê misto,
deseja "que as
autoridades civis e
religiosas deem sua
contribuição para
remediar tais situações
em vista do bem comum de
toda a sociedade" e que
"as autoridades civis
possam fazer valer a
superioridade do
direito, assegurando uma
verdadeira justiça para
deter os autores e os
promotores da
violência".
A
seguir, a mensagem
recorda algumas
"importantes
recomendações" que
figuram nesse texto de
conclusões daquela
histórica reunião.
Em
primeiro lugar, destaca
a conveniência de "abrir
os nossos corações ao
perdão recíproco e à
reconciliação para uma
convivência pacífica e
frutífera".
Também
aconselha "reconhecer o
que temos em comum e o
que nos diferencia, como
base de uma cultura de
diálogo" e "reconhecer e
respeitar a dignidade e
os direitos de todo o
ser humano, sem nenhuma
distinção baseada em seu
pertencimento étnico ou
religioso".
Indica a
necessidade de
"promulgar leis que
garantam a igualdade
fundamental entre
todos", assim como a
"importância da formação
no respeito, no diálogo
e na fraternidade, nos
diversos espaços
educativos: casa,
escola, igrejas e
mesquitas".
"Assim,
poderemos combater a
violência entre fiéis de
diferentes religiões e
promover a paz e a
harmonia entre as
diferentes comunidades
religiosas", afirma.
"O
ensino dos líderes
religiosos, mas também
os manuais escolares que
têm a preocupação de
apresentar as religiões
de maneira objetiva,
revestem, como o ensino
em geral, uma
importância decisiva na
educação e na formação
das jovens gerações",
constata.
O
presidente do dicastério
para o diálogo
inter-religioso
aproveita o final do
Ramadã para transmitir
aos muçulmanos seus
"desejos amistosos de
serenidade e de alegria"
e confia que sua
mensagem seja "uma
contribuição positiva
para as vossas
reflexões".
O
cardeal Tauran conclui
desejando "que estas
considerações, assim
como as reações que
suscitem entre vós e com
vossos amigos cristãos,
possam contribuir para a
continuação de um
diálogo cada vez mais
respeitoso e sereno,
sobre o qual invoco as
bênçãos de Deus".
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Papa felicita ucranianos
no aniversário de sua
independência
Embaixadora da Ucrânia
na Santa Sé destaca
importância dos valores
cristãos
CIDADE DO VATICANO,
sexta-feira, 27 de
agosto de 2010 (ZENIT.org)
- No 19º aniversário da
independência da
Ucrânia, o Papa Bento
XVI quis transmitir sua
felicitação aos
habitantes do país.
Por este motivo, o
Pontífice enviou um
telegrama ao presidente
ucraniano, Viktor
Yanukovych, como informa
a nunciatura apostólica
em Kiev.
Pelo Dia da
Independência, os
representantes da
embaixada ucraniana na
Santa Sé depositaram
flores no monumento a
Taras Shevchenko, na
catedral greco-católica
de Santa Sofia, em Roma.
A embaixadora
extraordinária e
plenipotenciária da
Ucrânia na Sé
Apostólica, Tatiana
Izhevska, destacou que
"a restauração da
condição de Estado é uma
prova do triunfo da
verdade e da justiça
históricas".
"Esta alegre festa
mostra não somente uma
etapa importante da vida
da nossa pátria, mas
também o reforço das
suas bases espirituais",
acrescentou.
"Um requisito prévio
importante para o
bem-estar material e
social é o
desenvolvimento moral
baseado nos valores
cristãos - concluiu.
Acho que juntos
alcançaremos um alto
nível de desenvolvimento
da nossa sociedade, para
benefício de todos os
ucranianos."
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Mundo
Salesianos acolhem
vítimas das enchentes no
Paquistão
Proporcionam alimentos
às famílias atingidas
QUETTA, sexta-feira, 27
de agosto de 2010 (ZENIT.org)
- Os salesianos
responderam à tragédia
provocada pelas
enchentes no Paquistão,
oferecendo o necessário
para a sobrevivência de
milhares de famílias
atingidas.
O "Jugend Eine Welt"
(ONG salesiana de
Viena), contactou em 17
de agosto o sacerdote
Peter Zago, que
desempenha seu
ministério no Paquistão,
confiando-lhe uma
contribuição inicial de
5 mil euros para as
vítimas das inundações.
O salesiano,
comunicando a
impossibilidade de poder
chegar até as áreas
inundadas na região
Norte-Ocidental do país,
comprometeu-se a
utilizar o dinheiro para
acompanhar milhares de
famílias deslocadas da
região de Sibi e outras
áreas adjacentes.
Trata-se de mais de 50
mil famílias
distribuídas em quatro
ou cinco campos.
Como ocorreu em
outubro de 2005, quando
um terremoto atingiu o
Paquistão, os salesianos
de Quetta mobilizaram
jovens dispostos,
organizando-os em 4
grupos para ajudar mais
pessoas.
"Nossa contribuição é
aumentar a presença e
entregar às famílias o
necessário para a
sobrevivência - explica
Dom Zago. O
empacotamento e o
transporte são feitos
por uma empresa local."
A assistência
salesiana entrega a cada
família uma caixa de
sobrevivência para um
mês.
Cada família recebe
uma cesta básica com 50
kg de farinha, 5 kg de
azeite de cozinha, 10 kg
de leguminosas, 6 kg de
chá e açúcar, uma caixa
de medicamentos, água
mineral e algumas
vasilhas.
Cada caixa custa
cerca de 8.800 rúpias
(81,50 euros).
"A quantidade foi
calculada para um mês
inteiro, de forma que as
famílias possam retornar
ao seu país com comida
suficiente para a
viagem. Estamos nos
preparando para uma
segunda fase do projeto
de intervenção: ajudar
as famílias que já
retornaram às suas
localidades de origem e
ajudá-las na
reconstrução de suas
casas e na recuperação
das colheitas e gado que
tinham", explica o Pe.
Zago à agência de
notícias salesiana.
O Pe. Zago conta como
o primeiro contato foi
feito, porém não foi
fácil: "Literalmente
fomos atacados por
pessoas de todas as
idades, homens, mulheres
e crianças chorando.
Cercaram rapidamente o
carro em que
viajávamos".
Também outra
comunidade do Paquistão,
em Lahore, está sendo
preparada para entregar
diretamente ajudas nas
áreas atingidas pelas
inundações de Sindh e de
Panjab, ao Norte.
No site dos
salesianos de Quetta,
www.donboscoquetta.multiply.com,
é possível ver
fotografias e vídeos
sobre seu trabalho de
ajuda.
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Vietnã: terror obriga
católicos a se refugiarem na
Tailândia
Agentes policiais
confiscam caixão de uma
mulher em seu enterro
BANGUECOQUE,
sexta-feira, 27 de
agosto de 2010 (ZENIT.org)
- Diante de um clima de
terror predominante em
sua localidade, cerca de
40 fiéis da paróquia de
Con Dao fugiram do
Vietnã para pedir abrigo
na Tailândia, informou
nesta quarta-feira
Englises d'Asie (EDA),
agência das missões
estrangeiras de Paris.
Jornalistas da
Radio Free Asia
contactaram - na diocese
vietnamita da Da Nang -
um grupo de católicos
procedentes da paróquia
de Con Dao que não
podiam suportar mais o
clima de terror
estabelecido em sua
localidade após os
acontecimentos do dia 4
de março.
Nesse dia, agentes de
segurança impediram, com
grande violência, um
cortejo fúnebre de ter
acesso ao cemitério e
confiscaram o caixão que
continha o corpo de uma
moradora da cidade,
Maria Tan.
Diversos membros do
cortejo fúnebre ficaram
feridos. Outros muitos
foram apreendidos, 8 dos
quais continuam presos.
A polícia submeteu
muitos dos acompanhantes
do cortejo fúnebre a
interrogatórios,
acompanhados de maus
tratos.
Segundo informações
recolhidas pelos
jornalistas, o grupo de
católicos abandonou
clandestinamente a
paróquia durante o mês
de maio para se refugiar
na Tailândia.
Entre estas pessoas
que perderam a moradia,
há homens, mulheres e
crianças. O mais velho
tem 70 anos e o mais
novo está na idade de
frequentar o berçário.
Alguns chegaram
acompanhados de membros
de sua família; outros,
sozinhos.
Por medo da polícia,
os refugiados de Con Dao
vivem temporariamente
quase clandestinamente,
em casas alugadas. Por
falta de meios e por seu
desconhecimento da
língua, vivem este
momento de forma muito
precária.
Todos buscam
encontrar representações
do Alto Comissariado
das Nações Unidas para
os Refugiados
(ACNUR) para solicitar o
direito de abrigo e
também tentar atrair a
atenção de diversas
associações humanitárias
internacionais sobre seu
caso.
Os refugiados, que
não revelaram sua idade
para evitar prejudicar
seus familiares que
ficaram no Vietnã,
declararam aos
jornalistas que seu
único objetivo é
encontrar um país que
lhes conceda residência
e lhes permita exercer
seu direito de
liberdade, especialmente
a religiosa.
Desde o ano passado,
a paróquia de Con Dao -
suas casas, seus
terrenos de cultivo
(centenas de hectares ao
todo) - fazem parte de
um território no qual o
município de Da Nang
decidiu criar uma vasta
área de novas
construções financiadas
por investidores
estrangeiros.
Apesar das pressões
exercidas desde o último
mês de janeiro, a
maioria da população da
paróquia se negou a
deixar este lugar
conquistado naturalmente
por seus antepassados.
A situação se agravou
notavelmente em 4 de
março, após a ação
policial contra o
cortejo fúnebre de Maria
Tan.
O clima não deixou de
piorar. Em 3 de julho,
durante a tarde, um dos
membros do serviço de
organização dos funerais
de 4 de março, Nguyên
Thanh Nam, perdeu a vida
após ser espancado por
um miliciano enquanto
tentava escapar.
Nos dias anteriores,
havia sido repetidamente
interrogado e maltratado
pela polícia. Após sua
morte, a pressão
policial se agravou e a
população foi impedida
de participar dos
funerais, que são
realizados de forma
muito discreta.
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Pontos para nortear
escolha dos candidatos,
segundo arcebispo de
Aparecida
D. Raymundo Damasceno
pede discernimento e
interesse pelo bem comum
APARECIDA, sexta-feira,
27 de agosto de 2010 (ZENIT.org)
– O eleitor deve exercer
seu direito de votar com
“muita liberdade,
responsabilidade e
consciência perante Deus
e a sociedade, pensando
não só nos seus
interesses pessoais, mas
no bem de todo o país”.
Foi o que afirmou
nesta sexta-feira o
arcebispo de Aparecida,
Dom Raymundo Damasceno
Assis, ao receber a
imprensa no Seminário
Bom Jesus para divulgar
uma nota sobre
as eleições 2010 no
Brasil e falar sobre o
processo eleitoral.
Na mensagem dirigida
aos eleitores católicos,
Dom Damasceno pede que
não se negocie nem anule
o voto. “O voto deve ser
consciente, livre,
responsável e não uma
troca de favores. Quem o
vende contribui com a
corrupção e tem a mesma
parcela de culpa daquele
que compra. Se vir
alguma prática neste
sentido, denuncie,
imediatamente, às
autoridades
competentes.”
O arcebispo indica
que os eleitores
procurem conhecer seus
candidatos. “Quem é ele?
qual seu histórico de
vida? Quais suas ideias
e propostas?”
Pede que os eleitores
católicos sejam
coerentes consigo mesmos
e com seus princípios.
“Não vote pelos
resultados que as
pesquisas apresentam, ou
por outro qualquer
motivo, que interfira na
sua liberdade de
escolha. O voto é livre.
Vote naquele (a) que
você perante Deus, a
sociedade e sua
consciência julgar
merecer o seu voto”.
Escolher os
representantes “não é
tarefa fácil; é um
desafio. É preciso,
pois, ter espírito
crítico, discernimento e
interesse pelo bem de
toda a sociedade”,
afirma o arcebispo, que
é também presidente do
CELAM (Conselho
Episcopal
Latino-Americano).
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Após massacre, Igreja no
México clama justiça para
migrantes
Campanha de oração
frente ao atroz assassinato
de 72 pessoas em Tamaulipas
MÉXICO, sexta-feira, 27
de agosto de 2010 (ZENIT.org-El
Observador) - Diante
do atroz assassinato de
72 pessoas ocorrido no
Estado de Tamaulipas, o
episcopado mexicano
pediu justiça e respeito
para todos os
imigrantes,
independentemente da sua
origem.
"É um fato lamentável
que não pode ficar
impune, nem com
resoluções imediatistas,
nem com explicações de
curto alcance por parte
daqueles que procuram a
justiça em nosso país",
afirmou em um comunicado
de imprensa Dom Víctor
René Rodríguez Gómez,
bispo auxiliar de
Texcoco,
secretário-geral da
Conferência do
Episcopado Mexicano
(CEM).
"Esse massacre nos
enche de dor, de
preocupação e indignação
pela ferocidade com que
o crime organizado age,
enquanto os diversos
níveis de governo, com
muitos esforços e nem
sempre com os resultados
que a sociedade gostaria
de ver, buscam conter
esta onda de violência e
insegurança que açoita
nossa pátria."
Estima-se que a
maioria dos corpos das
vítimas do atentado
pertence a cidadãos
provenientes de países
do Centro e da América
do Sul que viajaram ao
México com o propósito
de cruzar a fronteira
até os Estados Unidos,
pagando previamente a
máfias de tráfico de
imigrantes.
"Assim como exigimos
que as autoridades do
nosso vizinho país
tratem com respeito e
dignidade nossos
cidadãos, no México, por
parte dos Poderes da
União e da própria
sociedade, devemos
aplicar a todos aqueles
que cruzam nossas
fronteiras em busca de
uma melhor qualidade de
vida, um trato
respeitoso e justo, sem
desrespeitar seus
direitos", assegura o
representante do
episcopado.
Por sua parte, Dom
Faustino Armendáriz,
pastor da diocese de
Matamoros, onde
ocorreram estes
lamentáveis fatos,
lançou uma campanha de
oração, "pedindo ao
Senhor das nossas vidas
que acolha esses irmãos
que morreram
assassinados e console
seus familiares".
Também pediu às
paróquias que, "junto
com cada uma das suas
comunidades, celebrem a
Eucaristia desse dia e
dos dias seguintes tendo
entre as intenções, de
forma especial, os
migrantes massacrados,
que, com o desejo de
buscar uma melhor
qualidade de vida,
perderam-na na
tentativa".
Por último, o prelado
pediu orações "para que
os responsáveis por
buscar a segurança da
população encontrem as
estratégias adequadas
para que acabe o
derramamento de sangue e
toda violência; além
disso, para que o Senhor
inspire caminhos de bem
aos que a provocam".
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Arquidiocese de
Aparecida lança novo portal
APARECIDA, sexta-feira,
27 de agosto de 2010 (ZENIT.org)
– A arquidiocese de
Aparecida lançou nesta
sexta-feira seu novo
portal na internet, com
a proposta de reforçar a
evangelização no mundo
digital, apostando na
interatividade e
multimídia.
Em www.arquidioceseaparecida.org.br,
os internautas conferem
o novo layout e serviços
oferecidos pelo portal.
Em coletiva de
imprensa nesta
sexta-feira, no
Seminário Bom Jesus, em
Aparecida, o arcebispo
Dom Raymundo Damasceno
Assis destacou que se
trata “de um instrumento
muito importante de
evangelização”.
“O novo portal tem
como objetivo facilitar
o acesso dos usuários a
uma série de informações
de nossa arquidiocese.
Informações sobre as
paróquias, o Seminário,
o conteúdo e a palavra
do pastor, acesso à
rádio web Frei Galvão”,
disse.
A nova página na
internet traz recursos
multimídia como fotos,
podcasts e vídeos, e
também favorece a
interatividade. Ao
acessar o campo das
notícias, por exemplo,
segmento que ganhou
destaque no portal, os
usuários podem partilhar
os textos no facebook,
orkut, twitter, entre
outras redes sociais,
além de comentá-los.
O portal integra
ainda a informação
digital a respeito do
Seminário Missionário
Bom Jesus, do Santuário
Frei Galvão e também da
Rádio Frei Galvão, que
os internautas podem
ouvir diretamente pelo
site.
Entre os serviços
oferecidos pelo portal,
estão o departamento de
arquivos e certidões, em
que os fiéis podem
solicitar as certidões
de batismo, casamento ou
fazer pesquisas. Há
também um link para a
imprensa, que visa a
favorecer o
relacionamento com os
meios de comunicação.
Seminário
Na coletiva de
imprensa, Dom Damasceno
informou também sobre as
obras no Seminário Bom
Jesus. Reformado
primeiramente para
receber Bento XVI em sua
visita de 2007 ao
Brasil, o edifício
histórico entra agora em
sua 3ª etapa de obras.
Nesta etapa da
revitalização do prédio
centenário (a construção
foi iniciada em 1894),
serão terminados os 74
apartamentos da pousada
que vai funcionar numa
das alas do seminário. A
1ª etapa das obras havia
preparado uma ala do
prédio para acolher o
Papa e a 2ª, inaugurada
no dia 6 de agosto de
2010, preparou a ala que
recebe os seminaristas.
Segundo o arcebispo,
com a futura acolhida a
peregrinos e grupos de
fiéis para realização de
retiros ou eventos
eclesiais, a
arquidiocese presta um
serviço e ainda cria uma
fonte de recursos para a
manutenção do edifício.
“Após todo trabalho
de revitalização e de
resgate deste prédio
histórico, importante
não só para a
arquidiocese, mas também
para a sociedade e a
cultura, não podemos
deixar que o edifício se
deteriore”, afirmou.
A pousada no
Seminário Bom Jesus
contará com salas para
conferência, refeitório,
biblioteca e galeria de
exposições.
(Alexandre Ribeiro)
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Chile precisa do
testemunho dos crentes na
vida pública
Afirmação do presidente
do episcopado
VALDIVIA, sexta-feira,
27 de agosto de 2010 (ZENIT.org)
– Neste momento em que o
Chile celebra seu
bicentenário, fazem
falta cristãos leigos
que sejam capazes de dar
testemunho de sua fé na
cultura, política,
comunicação e em outros
âmbitos da vida pública,
afirmou nessa
quinta-feira o
presidente da
Conferência Episcopal do
país.
Dom Alejandro Goic
Karmelic, que é também
bispo de Rancagua,
discutiu esse tema uma
conferência, no contexto
do mês da solidariedade.
“Minha fé é minha
vida e minha vida é
minha fé – disse –;
porque a fé é um projeto
de vida. A fé não pode
permanecer no âmbito da
vida privada, pois ela
tem a ver com todas as
realidades temporais do
ser humano... Trata-se
claramente de uma
dimensão social”,
afirmou o prelado.
A respeito do diálogo
fé-cultura em tempos de
secularismo, ele
sublinhou a urgência de
viver o apostolado da
caridade intelectual: “é
urgente que nas dioceses
haja organismos
especializados com
leigos preparados para
gerar o diálogo
fé-cultura e a defesa da
dignidade humana do
homem e da mulher,
colocando a caridade a
serviço da
inteligência”.
Ao falar da presença
nos meios de
comunicação, ele disse
que a presença “mais
importante não está em
programas de caráter
religioso, mas em
alcançar uma presença
natural nos relatos
populares e nas
narrativas da mídia que
alimentam os mitos e os
valores da cultura...
com a necessária
habilidade e
criatividade do
jornalista cristão, que
destaca os valores
profundamente
evangélicos”.
No âmbito político, o
bispo afirmou a
necessidade da educação
cívica, especialmente
com os jovens. Esta deve
tender ao serviço do bem
comum, em especial dos
mais pobres, pois “a
política depende em boa
medida da justiça
social, da paz nacional
e internacional e da
promulgação de leis
respeitosas da dignidade
humana. É aqui que o
cristão está chamado a
ser testemunho de Cristo
na política”.
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Entrevistas
Todos chamados à mística
Entrevista com o
carmelita Pe. Luigi
Borriello, OCD
Por Miriam Díez i Bosch
ROMA, sexta-feira, 27
de agosto de 2010 (ZENIT.org)
- O Pe. Luigi Borriello
entende de místicos. Não
somente porque sua
família religiosa é a
Carmelita, privilegiada
por ter Santa Teresa de
Ávila, São João da Cruz
ou Edith Stein, mas
porque, além disso, este
professor de teologia em
várias universidades de
Roma e consultor em
diversas congregações
vaticanas é codiretor do
"Dicionário da Mística",
da editora vaticana.
Para o Pe. Borriello,
a mística não é um
aspecto secundário da
teologia; e é preciso
esclarecer o que é a
"mística cristã", em um
momento no qual vemos
que todas as religiões
se interessam pelo tema.
Borrielo, nesta
entrevista a ZENIT,
resiste em aceitar que
se fale de "mística"
como de "iluminados" ou
pessoas distantes da
realidade, já que, para
ele, a mística é o que
existe de mais arraigado
no mundo e o mais
elevado que existe: a
união com Deus.
Ele explica isso em
"Esperienza mistica e
teologia mistica", da
Libreria Editora
Vaticana, livro
que faz parte de uma
coleção dirigida por ele
e pela estudiosa Maria
Rosaria del Genio,
chamada "Experiência e
fenomenologia mística".
O livro tem o prólogo do
arcebispo Luis F.
Ladaria, SJ, secretário
da Congregação para a
Doutrina da Fé.
ZENIT: Os místicos
têm fama de ser de outro
mundo, mas o senhor diz
que não é verdade.
Pe. Borriello: Os
místicos são homens e
mulheres deste mundo.
Hoje, há uma tendência a
banalizar a mística,
como se fosse algo de
outro mundo, que não tem
nada a ver conosco. E
não é assim. Além disso,
a experiência dos
místicos se encaixa na
Igreja e está
relacionada com a fé,
não é alheia a ela.
A experiência mística
não pode se separar da
fé, só pode acontecer
nela. Tal experiência
requer uma teologia
mística, uma reflexão
que tem como base a
própria mística.
Hoje existe uma
persistência do fato
místico, faz parte do
pós-modernismo. Esta
riqueza mística
universal se reencontra
na religiosidade
ocidental e na oriental.
E a oriental exerce uma
grande influência no
Ocidente.
Também no clima atual
de crise, confusão e
sincretismo, dá-se a
tentação de confundir a
autêntica natureza da
mística com realidades
New Age ou
Next Age. Religião e
misticismo são
realidades diferentes e
é preciso fazer essa
distinção.
ZENIT: De fato,
muitos buscam no Oriente
o que a mística cristã
já oferece.
Pe. Borriello:
Efetivamente. É um
paradoxo: muitos
cristãos não conhecem a
riqueza da tradição
mística própria e
recorrem ao Oriente,
buscando o que está no
interior dessa tradição.
Por outro lado, é
importante recordar que
em toda experiência
mística há uma
mistagogia: você também
pode fazer experiência
como o outro; ainda que
o místico seja
reservado, o que diz é
para todos. Neste
sentido, temos que dizer
que todos nós estamos
chamados à santidade e à
mística. E a experiência
mística é um convite ao
testemunho.
ZENIT: A mística
cristã, ainda que seja
fusão, reconhece o "Tu"
de Deus, sempre.
Pe. Borriello: Sim:
não é a dissolução, é o
encontro. A mística
cristã se caracteriza
pela Encarnação, que
sempre é um dom, não é
algo que o ser humano
conquista. Nela, o Tu, a
dualidade de Deus que se
dá e do homem que
acolhe, ainda que haja
fusão, sempre se
reconhece o outro.
Estamos falando de
dualidade na unidade,
como um matrimônio
espiritual: os dois se
reconhecem sempre, não
se confundem, conservam
sua própria identidade.
ZENIT: Seria
apropriado desejar viver
uma experiência mística?
Pe. Borriello: Não se
trata de pedir isso, mas
de acolher quando
acontece, se acontecer.
A experiência é uma
categoria que se usa em
todas as disciplinas. Eu
prefiro que se fale de
experiência mística, é
algo que Deus dá ao
homem que a recebe
passivamente e, de fato,
faz um esforço ao
acolhê-la; é o que João
da Cruz chama de "a
noite".
Há uma colaboração na
acolhida, mas a
iniciativa é sempre de
Deus, que se dá a
conhecer. E a revelação
maior acontece em Jesus
Cristo; portanto, a
experiência mística
sempre é cristocêntrica
e trinitária. E se
revela exclusivamente de
forma gratuita, sem
nossos méritos.
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Espiritualidade
Evangelho do domingo:
observador de aparências
Por Dom Jesús Sanz
Montes, ofm, arcebispo de
Oviedo
OVIEDO, sexta-feira, 27
de agosto de 2010 (ZENIT.org)
- Apresentamos a
meditação escrita por
Dom Jesús Sanz Montes,
OFM, arcebispo de
Oviedo, administrador
apostólico de Huesca e
Jaca, sobre o Evangelho
deste domingo (Lucas 14,
1.7-14), 22º do Tempo
Comum.
* * *
Jesus não prestava
atenção somente nos
lírios do campo, nos
pássaros do céu, mas
também era um profundo
observador da conduta
humana: das crianças
simples e sem falsidade,
das viúvas que oferecem
tudo o que têm, dos
pecadores que, no fundo,
têm um coração aberto ao
perdão e ao
arrependimento... E
também prestará atenção
nos aparentes, nos que
caminham pela vida da
propaganda e da
etiqueta.
Jesus foi convidado à
casa de um dos fariseus
num sábado. Tanto Ele
como os outros, todos
observavam mutuamente
aquele convite. O que
Jesus viu? Que as
pessoas procuravam se
sentar nos primeiros
lugares, para sair na
foto da sociedade do
lugar, para estar na
boca do povo e sentir-se
na passarela da
influência e do renome.
Jesus falará sempre
da verdade, pela verdade
morrerá, da verdade se
autodefinirá. Jamais a
partir da aparência.
Porque a aparência é
sempre uma mentira, mais
ou menos camuflada, mais
ou menos procurada e
querida. Ser o que no
fundo não se é,
aparentar e passar a
perna, usar máscaras,
viver num eterno
carnaval. Uma pessoa
assim, que vive a vida
com sua fantasia
particular (pouco
importa se tal fantasia
é ideológica, cultural,
econômica ou inclusive
religiosa), é uma pessoa
vendida a si mesma, às
suas pretensões; uma
pessoa escrava das suas
próprias correntes, e
por isso inábil para a
liberdade e para a
simplicidade.
"Quando tu fores
convidado para uma festa
de casamento, não ocupes
o primeiro lugar" ( Lc
14, 8). Não só pelo
mal-estar que pode supor
depois o fato de o
anfitrião tirá-lo do seu
podium e devolver-lhe à
sua crua realidade, mas
porque quem tem
pretensões indevidas,
quem vai como "capa de
revista", é difícil que
compreenda sua dignidade
e a dos demais, quando
tão ocupado está com sua
aparência.
São Francisco dirá
isso com sua proverbial
simplicidade: "Somos o
que somos diante de Deus
e não mais" (Admoestação
19). Só quem
experimentou a liberdade
de ser e de querer ser o
que somos aos olhos de
Deus, somente esse pode
entender Jesus. São os
olhos do Senhor que nos
guiam na senda
verdadeira, que nos
conduzem a reempreender
o caminho sempre que nos
cansamos de andar, que
nos desviam quando
nossos passos se torcem,
que se tornam luz e
graça para caminhar. Os
olhos de Deus não
enganam nunca, não
humilham jamais,
iluminam sem cegar.
Feliz quem vive assim,
simplesmente, porque
experimentará o que é
viver na paz, na
liberdade, sem
ansiedades devoradoras,
sem poses hipócritas,
sem truques fictícios...
Sendo quem somos diante
de nós mesmos e diante
dos outros, o que somos
diante de Deus.
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Flash
Curso apresenta “Exegese
dos Padres da Igreja”
No Mosteiro de São
Bento, em São Paulo
SÃO PAULO, sexta-feira,
27 de agosto de 2010 (ZENIT.org)
– O Mosteiro de São
Bento de São Paulo e o
Mosteiro da
Transfiguração promovem,
nos dias 6 a 10 de
setembro, o curso
“Exegese dos Padres da
Igreja”.
O curso, que acontece
na Faculdade de São
Bento (Largo São Bento,
centro de São Paulo) é
gratuito e tem como
professor Dom Guido
Innocenzo Gargano, monge
beneditino camaldolense.
O horário das aulas será
das 19h às 21h30.
Professor
extraordinário de
Patrologia junto ao
Pontifício Instituto
Oriental (Roma); Dom
Guido Gargano ensina
História da Exegese dos
Padres da Igreja no
Pontifício Instituto
Bíblico (Roma). É também
professor de Teologia
Sacramentária Oriental e
Teologia Espiritual na
Pontifícia Universidade
Urbaniana (Roma).
Suas aulas em São
Paulo enfocarão: Os
Padres, a patrologia e a
exegese; Judeus e
cristãos frente à
Bíblia; Os Padres
cristãos entre
“Tipologia” e
“Alegoria”; A herança
comum da hermenêutica
dos Padres cristãos; Os
Padres e a “Lectio
Divina” na Igreja.
Informações e
inscrições pelo email: filosofiasb@uol.com.br
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Documentação
Eleições 2010 no Brasil:
nota do arcebispo de
Aparecida
APARECIDA, sexta-feira,
27 de agosto de 2010 (ZENIT.org)
– Apresentamos a nota do
arcebispo de Aparecida e
presidente do CELAM
(Conselho Episcopal
Latino-Americano), Dom
Raymundo Damasceno
Assis, divulgada nesta
sexta-feira, sobre as
Eleições 2010 no Brasil.
* * *
No próximo dia 03 de
outubro nós,
brasileiros, teremos
mais uma oportunidade de
exercer nossa cidadania.
Através do voto,
elegeremos Presidente,
Governadores, Senadores,
Deputados Estaduais e
Federais. Todos sabemos
da importância e da
responsabilidade do
voto. É através do voto
que escolhemos nossos
legítimos
representantes, para
governar e legislar em
benefício do povo
brasileiro, a fim de que
cada cidadão tenha
oportunidade de crescer,
desenvolver-se e viver
com dignidade e em paz.
“A Igreja não pode
nem deve tomar nas suas
próprias mãos a batalha
política para realizar a
sociedade mais justa
possível. Não pode nem
deve pôr-se no lugar do
Estado. Mas também não
pode, nem deve ficar á
margem na luta pela
justiça” (Bento XVI).
É dever da Igreja
orientar os fiéis para
que possam participar,
democraticamente, com
consciência, liberdade e
responsabilidade do
processo
político-eleitoral,
apontando critérios
éticos e morais que
devem ser levados em
consideração no momento
da escolha do seu
candidato.
Por isso, na hora de
decidir o voto, é
importante que o eleitor
tenha em mente alguns
pontos para nortear sua
escolha:
- não negocie, nem
anule o seu voto: o voto
deve ser consciente,
livre, responsável e não
uma troca de favores.
Quem o vende contribui
com a corrupção e tem a
mesma parcela de culpa
daquele que compra. Se
vir alguma prática neste
sentido, denuncie,
imediatamente, às
autoridades competentes;
- procure conhecer
seu candidato: quem é
ele? qual seu histórico
de vida? quais suas
idéias e propostas em
relação à saúde,
educação, combate a
violência, ao crime
organizado, reforma
agrária? tem projetos
que visam o bem comum,
ou somente interesses
pessoais e de grupos?
seu nome está envolvido
em denúncia de corrupção
ou algum escândalo de
cunho ético ou moral? é
defensor da democracia,
da liberdade de
expressão e do respeito
as convicções religiosas
e da livre manifestação
da fé? está comprometido
com a justiça social,
com a observância e o
cumprimento dos direitos
humanos, com o pleno
respeito a vida humana,
desde a sua concepção
até à morte natural, e
com políticas
públicas que beneficiem
o bem-estar da
população,
principalmente, dos mais
pobres?
- seja coerente
consigo mesmo e com seus
princípios: não vote
pelos resultados que as
pesquisas apresentam, ou
por outro qualquer
motivo, que interfira na
sua liberdade de
escolha. O voto é livre.
Vote naquele (a) que
você perante Deus, a
sociedade e sua
consciência julgar
merecer o seu voto;
- após a eleição:
acompanhe o desempenho,
as ações e as decisões
políticas e
administrativas daqueles
que, democraticamente,
foram eleitos para
governar e legislar em
nosso País. Cobre a
coerência e o
cumprimento dos
compromissos assumidos
durante a campanha
eleitoral, e apóie
iniciativas em favor do
bem-estar integral da
população.
Escolher os
representantes para o
Congresso ou Assembléias
Estaduais, não é tarefa
fácil; é um desafio. É
preciso, pois, ter
espírito crítico,
discernimento e
interesse pelo bem de
toda a sociedade. Assim,
conseguiremos, de fato,
exercer nossa cidadania
e contribuir na
construção de um Brasil
mais humano, solidário e
justo para todos.
Que Deus, por
intercessão de Nossa
Senhora Aparecida, nos
ajude e nos ilumine
neste propósito.
Dom Raymundo
Damasceno Assis
Arcebispo de
Aparecida, SP,
Presidente do CELAM
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