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SUBMARINOS - QUESTÃO
ESTRATÉGICA PARA O PAÍS
De: aureo Cesar do Valle
Data: 19 de julho de
2011 09:42
Assunto: Fwd: Submarinos
- questão estratégica
para o País
Construção de submarinos
é questão estratégica
para soberania, diz
Dilma Agência Brasil
A presidente Dilma
Rousseff disse nesta
segunda-feira (18/7) que
a
construção de submarinos
nacionais é uma questão
estratégica e de
garantia de soberania
para o país. Na última
sexta-feira (15/7),
Dilma
participou da cerimônia
que inaugurou a
fabricação brasileira de
submarinos, com
tecnologia francesa. O
Brasil vai construir
quatro
submarinos, o primeiro
deve ficar pronto em
2016. “O Brasil passa a
fazer parte do pequeno
grupo de países que tem
conhecimento e
tecnologia para
construir submarinos. A
capacidade de produzir
submarinos é fator
estratégico, tanto para
a defesa do país quanto
para o crescimento
econômico”, disse Dilma
no programa semanal de
rádio, Café com a
Presidenta.
Dilma lembrou que o
acordo, assinando com a
França em 2008, prevê a
transferência de
tecnologia para que a
indústria nacional tenha
condições de continuar
construindo e
desenvolvendo submarinos
no
Brasil. O próximo passo,
segundo a presidenta,
será a fabricação de um
submarino movido a
energia nuclear.
Além de questões
estratégicas e de
defesa, Dilma avalia que
a
construção de submarinos
nacionais terá um papel
econômico
considerável. O governo
prevê a criação de 9 mil
empregos diretos e 27
mil indiretos nas obras
de construção do
estaleiro e da base
naval
para os equipamentos. “E
na fase de construção
dos submarinos, a
previsão é que sejam
criados em torno de 2
mil empregos diretos e 8
mil empregos indiretos
permanentes. Cada
submarino a ser
fabricado no
Brasil vai contar com
mais de 36 mil itens,
produzidos por 30
empresas
brasileiras”,
acrescentou a
presidenta.
O acordo entre Brasil e
França prevê
investimentos de R$ 6,7
bilhões.
Os quatro primeiros
submarinos serão
construídos pela Itaguaí
Construções Navais,
empresa criada em
parceria entre a
construtora
Odebrecht e a francesa
Direction des
Construtions Navales et
Services
(DCNS), com a
participação da Marinha
do Brasil.
Rio de Janeiro - A
Marinha vai iniciar a
fabricação de submarinos
convencionais (S-BR) da
classe Scorpène, de
tecnologia francesa, no
Brasil. A iniciativa faz
parte do Acordo
Estratégico
Brasil-França,
assinado em 2008, que
originou o Programa de
Desenvolvimento de
Submarinos (Prosub). A
cerimônia do começo da
produção vai ocorrer no
próximo sábado (17/7),
em Itaguaí, na região
metropolitana do Rio de
Janeiro, e deverá contar
com a presença da
presidenta Dilma
Rousseff.
De acordo com nota
divulgada nesta
quinta-feira (13/7) pela
Marinha, a
construção dos quatro
submarinos incluídos no
Prosub representa o
primeiro passo para a
fabricação do submarino
com propulsão nuclear
brasileiro (SN-BR),
considerado um dos mais
complexos meios navais
já
projetados. Parte dos
equipamentos
desenvolvidos para os
submarinos
convencionais, de
propulsão
diesel-elétrica, poderá
ser aproveitada no
SN-BR, que será
fabricado com os mesmos
métodos, técnicas e
processos
de construção
desenvolvidos pelos
franceses.
O documento da Marinha
destaca, ainda, que o
acordo entre a França e
o
Brasil prevê o repasse
de tecnologia para
fabricação de itens
usados
no Brasil. A Marinha
estima que cada
submarino produzido no
país
contará com pelo menos
36 mil itens produzidos
por mais de 30 empresas
brasileiras. Entre esses
equipamentos estão
quadros elétricos,
válvulas de casco,
bombas hidráulicas,
motores elétricos,
sistema de
combate, sistemas de
controle, motor a
diesel, baterias
especiais de
grande porte, além de
serviços de usinagem e
mecânica.
Ainda segundo a nota, o
submarino movido por
energia nuclear tem
“vantagens táticas e
estratégicas
significativas”. Entre
elas, estão a
autonomia e potência
para desenvolver
velocidades elevadas por
longos
períodos de navegação,
aumentando sua
mobilidade e permitindo
a
patrulha de áreas mais
amplas no oceano. O
modelo é considerado
também extremamente
seguro e de difícil
detecção.
A embarcação é
desenvolvida com
tecnologia de alta
sensibilidade.
Atualmente, apenas a
China, Rússia, França,
os Estados Unidos e o
Reino Unido detêm essa
tecnologia. Com o
Prosub, o Brasil passará
a
integrar a lista, já que
o SN-BR terá reator
nuclear e propulsão
desenvolvidos no país.
Rio de Janeiro - O
pacote de
reaparelhamento militar
e transferência
tecnológica da Marinha,
assinado entre o Brasil
e a França, soma 6,7
bilhões de euros.
Envolve a construção de
quatro submarinos
convencionais Scorpene e
um nuclear, uma base, um
estaleiro, uma
unidade de estruturas
metálicas, equipamentos
e armamentos, incluindo
torpedos e mísseis.
Mas o dinheiro não é
apenas uma forma de
garantir soberania
militar ao
Brasil, principalmente
para proteger as imensas
reservas de petróleo
do pré-sal. Segundo o
almirante de esquadra
José Alberto Fragelli,
coordenador-geral do
Programa de
Desenvolvimento de
Submarino com
Propulsão Nuclear, esse
investimento terá
impacto em centenas de
empresas nacionais, com
o avanço tecnológico.
“O ciclo do combustível
nuclear traz uma
tecnologia que depende
de
muitas fábricas
fornecerem certos
materiais que elas não
sabem ainda
como são e estão
aprendendo a fazer”,
afirmou.
Fragelli citou como
exemplo o fornecimento
das baterias usadas para
mover os submarinos. Uma
fábrica de São Paulo se
dispôs a investir em
uma linha de produção
específica,
desenvolvendo tecnologia
própria.
“O Scorpene terá 360
elementos de bateria.
Cada elemento pesa cerca
de
550 quilos. Essa
empresa, com isso,
também fornecerá
baterias para
outras Marinhas no
mundo”, exemplificou o
almirante. Segundo ele,
existem cerca de 600 mil
componentes em um
submarino nuclear e 200
mil
no caso do Scorpene.
Para ele, a produção dos
submarinos brasileiros
vai representar um
importante impulso de
trabalho na cadeia
produtiva.
“Vai gerar cerca de 5
mil empregos diretos e
20 mil indiretos. Essas
fábricas todas vão
começar a produzir não
só para o Brasil, mas
para
exportação. O reator
[nuclear] que vamos
fazer poderá ser
utilizado
por cidades pequenas
para gerar energia
elétrica para até 50 mil
habitantes”. |
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