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A CONSULTA MÉDICA: UMA PRÁTICA EM CRISE?
Theresa Catharina de Góes Campos
http://www.theresacatharinacampos.com/comp1543.htm
Resumo do Painel “A Consulta Médica: uma prática em crise?” no dia 14 de setembro de 2005
A Associação de Ex-alunos dos Jesuítas em Brasília—ASIA Brasiliae, e o Núcleo de Estratégias Organizacionais (NEORG/CEAM/UnB) em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos, ABRH/ D.F., realizou no dia 14 de setembro, com inicio às 19:30 hs, no Centro Cultural de Brasília, o terceiro painel do 2° Ciclo de Palestras sobre Ética na Sociedade e nas Profissões. Com o propósito de refletir sobre a relevância do atendimento médico à população, em contraste com a intensa crise ética porque passa o país, ofereceu-se aos interessados um fórum adequado de discussão e debates sobre a relação médico-paciente. O tema, versando sobre “A Consulta Médica: uma prática em crise?”
, focalizou as origens da prática médica, seu contexto atual, as diferentes orientações e perspectivas. A exposição tratou também das dificuldades, avanços, retrocessos e problemas específicos enfrentados por médicos, pacientes, profissionais da área, segundo o estado da arte da tecnologia médica, com seus impactos sobre os principais interessados. O encontro foi coordenado pelo ex-aluno dos Jesuítas, Dr. Alexandre Ayres, médico alergista do HUB da Universidade de Brasília.
Compôs o painel representativa amostra dos interesses em discussão: Dr. Leopoldo Luis dos Santos Neto, professor de Clínica Médica da Universidade de Brasília, discursou sobre aspectos acadêmicos e históricos da evolução do atendimento médico. Ressaltou a complexidade do mundo atual, o desenvolvimento tecnológico e os avanços na área da saúde, pontuando as vantagens e as desvantagens dessa evolução.
DR Representando a Promotoria de Defesa da Saúde no Distrito Federal, a cargo do Dr. Jairo Bisol, discursou o Dr. Franz Rulli Costa, médico sanitarista pioneiro no D.F., que apresentou o cenário atual do acesso ao Sistema Unificado de Saúde (SUS), suas mazelas, problemáticas, fatores que interferem no seu aperfeiçoamento e os que contribuem para o desgaste do sistema.
O Dr. Eduardo Pinheiro Guerra, Conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, apresentou o aspecto deontológico, os direitos e deveres do médico para com seu paciente na consulta médica, ressaltando as virtudes e os mitos em torno desse atendimento, observando a necessidade de preparo acadêmico para essa interação médico-paciente.
Theresa Catharina De Góes Campos, Jornalista [...], representando os pacientes, falou sobre os cuidados e a atenção que se deve ter ao programar uma consulta médica, para se conseguir o melhor aproveitamento desse momento. Tanto fornecendo ao médico que está atendendo as melhores informações sobre os sintomas pessoais até ao cuidado de se elaborar lista com questionamentos ou dúvidas que se tenha a respeito da própria saúde. Observou que esta comunicação é de suma importância para um diagnóstico preciso, tornando mais eficaz e satisfatória essa interação, na busca da solução de problemas pessoais de saúde.
Sumarizando as idéias desenvolvidas pelos panelistas, o Coordenador Geral da Etical (Iniciativa Latino-americana pela Ética), Emerson de Barros Aguiar, destacou aspectos convergentes do painel, observando os aspectos éticos e profissionais debatidos, analisando-os sob uma perspectiva filosófica e analógica que ressaltava nossos anseios de desenvolvimento e atendimento mais adequado ao gênero humano, como propósito fraterno.
Seguiram-se debates, com a participação de profissionais, observações feitas por sanitarista presente ao debate, dessa necessidade de maior solidariedade e aplicação de recursos nessa área de saúde tão carente e maltratada em termos de decisões políticas ineficazes. Várias outras questões foram suscitadas que demonstravam a perplexidade do cidadão perante um serviço essencial ao exercício da cidadania e do respeito à dignidade humana que se deteriora ao invés de expandir-se. As observações partidas da audiência, que se prolongaram até quase às 23 horas, com interesse e relevância, bem demonstram a importância da iniciativa e a necessidade de abertura e realização de fóruns do mesmo teor que estimulem a cidadania e permitam ao povo fazer ouvir a sua voz e o seu clamor pelo adequado atendimento médico, garantia de todos, constitucionalmente declarada.
Theresa Catharina de Góes Campos
Jornalismo com Ética e Solidariedade |
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