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A RECUPERAÇÃO DOS MEUS ESCRITOS DISPERSOS
De: Theresa Catharina de Goes Campos
Data: 25 de julho de 2011 20:05
Assunto: Outro esclarecimento: venho procurando recuperar meus escritos ...
Para: REYNALDO FERREIRA
Prezado Reynaldo:
Agradeço o seu gesto de bondade, me escrevendo, mais uma vez, palavras de incentivo à minha vida reconstruída. Muito obrigada. Por sua amizade e sensibilidade de coração.
Lembro que meus queridos sobrinhos Elizabeth e Guilherme, ao me "descobrirem" como tia (viajamos para o Canadá, meus pais e eu, poucos meses depois do casamento de Victoria e William), no meu repentino regresso ao Brasil, com seus pais me acolheram, mas com certeza tinham (e tiveram...) conhecimento mínimo da minha situação pessoal, até mesmo porque eu não comentava com os dois sobre o assunto, até por motivo de sua pouca idade.
Há um outro esclarecimento a fazer sobre os meus escritos recuperados. Depois que iniciei as atividades na internet, comecei a procurar os textos dispersos.
Ao mesmo tempo, inúmeras pessoas, espontaneamente, ao me encontrarem/reencontrarem pela internet - houve os que me reconheceram pelas fotos nos sites, pois são fotografias de épocas diversas - confirmaram o que tinham em seu poder, ou ao que poderiam ter acesso. Alguns prometeram me entregar esse material, mas ainda não cumpriram. Todavia, pouco a pouco, fui conseguindo chegar a esses papéis esparsos. O que tenho agora reunido, em minha residência - uma quantidade enorme - simplesmente inacreditável, se não fossem tantos manuscritos, assinados por mim, etc. Os familiares mais próximos já conhecem - porque viram e continuam a ver, no apartamento, esse número surpreendente de recortes e papéis.
Editei e escrevi para jornais e revistas de organizações estudantis, desde o curso ginasial (os quatro anos depois do curso primário), além de periódicos e boletins do sindicalismo cristão, ao mesmo tempo que colaborava com jornais universitários. Inclusive porque integrei diretorias (diretora cultural ou diretora de imprensa) de grêmios e associações estudantis, participando de congressos, seminários, grupos de estudo e painéis.
Bem, só mesmo um amigo para ler com paciência esta minha explicação, que ao falar em quantidade, não garante qualidade, somente a prática de uma atividade...Contudo, enquanto eu tiver espaço no apartamento, não jogo nem deixo jogar fora tal "papelada", que não considero incômoda (nem poderia, porque bem sei o trabalhão que dá escrever...).
Abraços cordiais da amiga
Theresa Catharina
De: REYNALDO FERREIRA
Data: 25 de julho de 2011 19:07
Assunto: RE: trechos de e-mail à minha
sobrinha
Para: theresa.files
Prezada Theresa Catharina,
Foi providencial esse esclarecimento feito em email à sua sobrinha Elizabeth. Esses seus textos foram trazidos por seus pais, quando você ficou casada no Canadá. Pelas circunstâncias por mim conhecidas em que você deixou seus filhos e sua vida familiar, ficou-me a dúvida como poderia ter recuperado esses seus escritos, que reconstituem uma fase importante de sua vida. Agora, fica tudo esclarecido. Vá adiante. Reconstitua o tempo perdido, como Proust, mas sem olhar para trás. Não se lamente. Em tudo você foi e é uma vencedora!...Forte abraço, Reynaldo
Date: Mon, 25 Jul 2011 17:03:32 -0300
Subject: trechos de e-mail à minha sobrinha
From: theresa.files
Querida Elizabeth:
(...) Outro fato emocionante sobre tudo isso que escrevi, de 1971 a 1973: quando mamãe e papai regressaram ao Brasil, me deixando casada no Canadá, eles trouxeram toda essa "minha" papelada com eles! Se tivessem ficado comigo, estariam perdidos, tais escritos. Os outros textos de minha autoria, mamãe incluiu na bagagem quando retornei com ela ao Brasil, em dezembro de 1982. Se isso dependesse de mim, nada, nada teria vindo, porque eu não tinha cabeça nem alma para pensar em nada além de minha retirada trágica...e nada trouxe comigo, vindo com a roupa do corpo; dei um salto consciente, mas perturbador porque de tudo despojada, até mesmo dos que eram carne e sangue de minha carne e sangue, meus filhos. Saber o que isso significa...não tenho como explicar...só Deus sabe, na Sua profundidade de sabedoria, o que aconteceu dentro de mim. Os meus escritos são uma recuperação do melhor de mim mesma, um ressuscitar nesta vida, um ressurgir como pessoa, na vida e na vocação profissional. (...) sua tia,
Therezita
De: Theresa Catharina de Goes Campos
Data: 26 de julho de 2011 18:22
Assunto: Sua amizade , tão solidária, continua sendo um enorme
incentivo para mim. MUITO OBRIGADA!
Para: berebahiao
Querida Berê Bahia :
Sua amizade, tão solidária, continua sendo um enorme incentivo para mim. Aliás, você vem me acompanhando há décadas...e por isso lhe sou por demais grata.
Aproveito para também lhe agradecer as informações que regularmente me envia, todas bastante apreciadas, inclusive, por contribuírem para o sucesso de meus sites.
A partir de amanhã, estarei aproveitando a oportunidade de apreciar o Anima Mundi, pretendendo assistir a quatro sessões diárias, nos Cines Livraria Cultura, aqui em São Paulo.
Espero que esteja bem de saúde e conseguindo o apoio necessário para seus importantes projetos cinematográficos que resultaram de suas pesquisas .
Abraços da amiga
Theresa Catharina
De: bere bahia
Data: 26 de julho de 2011 10:45
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Olá, Amiga,
Tua fortaleza interior está acima das perdas e danos materiais;é bom saber que aos poucos continuas construindo tua obra, calcada na persistência e sem revoltas. Que Deus te proteja ,amiga!
Abração, Berê Bahia
Data: 26 de julho de 2011 20:32
Querida Tia Therezita, gostei muito da mensagem que Reynaldo escreveu para a senhora sobre a recuperação de seus escritos e trabalhos feitos no Canadá, e-mail em que ele afirma que a senhora é uma vencedora, que não deve olhar para trás e se lamentar. A vida muitas vezes é dura mas as poucos conseguimos nos reerguer e é o que a senhora tem conseguido fazer. Graças a Deus!
Tia Therezita, encaminho em anexo mais três textos de sua autoria sobre o tema: Communications Advisor - Who doesn't need one?. Fiz alguns comentários dentro dos textos, que estão destacados em cor amarela. Espero que não esteja difícil para a senhora compreender essas minhas observações, que precisei fazer ao digitar.
Muitos beijos, de sua sobrinha, Elizabeth.
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