Theresa Catharina de Góes Campos

  FENAJ - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS

http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=3396.php?id=

Controle da comunicação 12/08/2011 | 16:18

Conheça os principais magnatas da mídia no mundo

O escândalo provocado pela revelação de que o tabloide News of The
World, pertencente ao bilionário australiano Rupert Murdoch, teria
grampeado celulares de milhares de pessoas aumentou a preocupação
sobre o nível de controle exercido por uma só empresa na mídia
britânica.

No entanto, em todo o mundo, empresas de mídia – seja veículos
impressos ou de telecomunicações – são dominadas por magnatas que
ostentam grandes fortunas e exercem influência considerável.

Crise na imprensa
Conheça alguns dos principais nomes da mídia em diversos países:

Brasil
O mercado de mídia no Brasil é dominado por um punhado de magnatas e
famílias. Na indústria televisiva, três deles têm maior peso: a
família Marinho (dona da Rede Globo, que tem 38,7% do mercado), o
bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo (dono da Rede
Record, com 16,2%) e Silvio Santos (dono do SBT, 13,4% do mercado).

A família Marinho também é proprietária de emissoras de rádio, jornais
e revistas – campo em que concorre com Roberto Civita, que controla o
Grupo Abril (ambos detêm cerca de 60% do mercado editorial).

Famílias também controlam os principais jornais brasileiros – como os
Frias, donos da Folha de S.Paulo, e os Mesquita, d’O Estado de S.
Paulo (ambos entre os cinco maiores jornais do país). No Rio Grande do
Sul, a família Sirotsky é dona do grupo RBS, que controla o jornal
Zero Hora, além de TVs, rádios e outros diários regionais.

Famílias ligadas a políticos tradicionais estão no comando de grupos
de mídia em diferentes regiões, como os Magalhães, na Bahia, os
Sarney, no Maranhão, e os Collor de Mello, em Alagoas.

América Latina
No México, o grupo Televisa tem três canais de TV nacionais, duas
operadoras de TV a cabo e um ramo editorial, além de ser dono de três
clubes de futebol. O grupo ainda tem 5% das ações da Univisión, o
maior canal hispânico dos Estados Unidos.

O diretor-executivo do grupo, Emilio Azcarraga Jean, é um dos mais
influentes empresários do país.

Os programas da Televisa concentram 70% do mercado publicitário
mexicano televisivo. O restante fica com a principal concorrente, a TV
Azteca.

Na América Central, boa parte da mídia é controlada pelo mexicano
Ángel González, baseado em Miami. Para driblar as leis que restringem
estrangeiros no comando das empresas, ele usa laranjas para controlar
26 canais de TV e 82 estações de rádio em 12 países, o que lhe rendeu
o apelido de “Fantasma”.

Na Colômbia, o segundo homem mais rico do país segundo a revista
Forbes, Julio Mario Santo Domingo, tem participação nos negócios mais
variados, de cervejarias a companhias aéreas. Ele se destaca, no
entanto, por ser o dono da TV Caracol (com 58% da audiência e 52% do
mercado publicitário, em dados de 2004) e do segundo jornal do país, o
El Espectador.

O principal concorrente é o Casa Editorial El Tiempo, dono do maior
jornal do país, o El Tiempo, além de várias revistas e de um canal de
TV a cabo. A empresa é controlada pelo grupo espanhol Prisa.

África
A Nation Media Group (NMG) é a maior empresa de mídia do leste da África,
com braços de mídia eletrônica e impressa. Aga Khan - o líder
espiritual da comunidade ismaelita, um ramo do islamismo xiita - é o
maior acionista da empresa, com 49% das ações.

No Quênia, o grupo é dono do jornal diário de maior circulação, o
Daily Nation, além de outras duas publicações diárias e uma semanal,
duas estações de rádio e uma emissora de TV.

Em Uganda, o NMG tem um jornal, o Daily Monitor, uma estação de rádio
e uma emissora de TV. Na Tanzânia, Aga Khan se diz proprietário de
duas publicações diárias.

O grupo também planeja sua expansão em Ruanda, onde tem planos de
comandar um jornal diário e uma emissora de TV. Aga Khan tem o
objetivo de estabelecer um conglomerado de mídia pan-africano.

Estados Unidos
A americana Anne Cox Chambers, 91 anos, controla o maior grupo de
mídia do país, chamado Cox Enterprises, fundado por seu pai em 1898.

O império controla jornais, emissoras de rádio e TV e canais a cabo em
diversos Estados americanos.

Segundo a revista Forbes, o patrimônio de Anne em 2010 estava em US$
12,4 bilhões, duas vezes maior que o de Rupert Murdoch, dono da News
Corporation.

Emilio Azcarraga, da Televisa
A Televisa de Emilio Azcarraga é dona de 70% do mercado publicitário
das televisões no México

Rússia
O governo russo continua a ser o maior controlador da mídia local
desde que o ex-presidente e atual primeiro-ministro Vladimir Putin
reestatizou o maior canal de TV do país, o ORT, em 2000. Ele também
transferiu o controle privado do canal NTV para a petrolífera estatal
Gazpom.

Além disso, o governo comanda o grupo Rossia, controlador das três
únicas TVs de cobertura nacional, além de canais a cabo e dezenas de
emissoras locais. Atualmente, o Kremlin controla todas as principais
TVs russas.

A mídia impressa é menos concentrada. O principal jornal, o
Kommersant, é propriedade do magnata Alisher Usmanov, um dos donos do time inglês Arsenal.

Outro magnata, o ex-espião da KGB Alexander Lebedev, é dono do
principal jornal de oposição, o Novaya Gazeta. Ele também tem negócios
no Reino Unido, onde controla os jornais The Independent e The Evening
Standard.

Sudeste asiático
Homem mais rico da Malásia, o empresário de origem chinesa Tiong Hiew
King controla cinco jornais diários e 30 revistas nas comunidades de
língua chinesa na Malásia, em Hong Kong, nos Estados Unidos e no
Canadá.

Fonte: BBC Brasil


SCLRN 704 - Bl. F. Loja 20. CEP 70.730-536. Brasília - DF. Tels.: (61)
3244-0650/3244-0658. Fax: (61) 3242-6616. E-mail: fenaj@fenaj.org.br
 

Jornalismo com ética e solidariedade.