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FENAJ - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
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Controle da comunicação 12/08/2011 | 16:18
Conheça os principais magnatas da mídia no mundo
O escândalo provocado pela revelação de que o
tabloide News of The
World, pertencente ao bilionário australiano
Rupert Murdoch, teria
grampeado celulares de milhares de pessoas
aumentou a preocupação
sobre o nível de controle exercido por uma só
empresa na mídia
britânica.
No entanto, em todo o mundo, empresas de mídia –
seja veículos
impressos ou de telecomunicações – são dominadas
por magnatas que
ostentam grandes fortunas e exercem influência
considerável.
Crise na imprensa
Conheça alguns dos principais nomes da mídia em
diversos países:
Brasil
O mercado de mídia no Brasil é dominado por um
punhado de magnatas e
famílias. Na indústria televisiva, três deles
têm maior peso: a
família Marinho (dona da Rede Globo, que tem
38,7% do mercado), o
bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir
Macedo (dono da Rede
Record, com 16,2%) e Silvio Santos (dono do SBT,
13,4% do mercado).
A família Marinho também é proprietária de
emissoras de rádio, jornais
e revistas – campo em que concorre com Roberto
Civita, que controla o
Grupo Abril (ambos detêm cerca de 60% do mercado
editorial).
Famílias também controlam os principais jornais
brasileiros – como os
Frias, donos da Folha de S.Paulo, e os Mesquita,
d’O Estado de S.
Paulo (ambos entre os cinco maiores jornais do
país). No Rio Grande do
Sul, a família Sirotsky é dona do grupo RBS, que
controla o jornal
Zero Hora, além de TVs, rádios e outros diários
regionais.
Famílias ligadas a políticos tradicionais estão
no comando de grupos
de mídia em diferentes regiões, como os
Magalhães, na Bahia, os
Sarney, no Maranhão, e os Collor de Mello, em
Alagoas.
América Latina
No México, o grupo Televisa tem três canais de
TV nacionais, duas
operadoras de TV a cabo e um ramo editorial,
além de ser dono de três
clubes de futebol. O grupo ainda tem 5% das
ações da Univisión, o
maior canal hispânico dos Estados Unidos.
O diretor-executivo do grupo, Emilio Azcarraga
Jean, é um dos mais
influentes empresários do país.
Os programas da Televisa concentram 70% do
mercado publicitário
mexicano televisivo. O restante fica com a
principal concorrente, a TV
Azteca.
Na América Central, boa parte da mídia é
controlada pelo mexicano
Ángel González, baseado em Miami. Para driblar
as leis que restringem
estrangeiros no comando das empresas, ele usa
laranjas para controlar
26 canais de TV e 82 estações de rádio em 12
países, o que lhe rendeu
o apelido de “Fantasma”.
Na Colômbia, o segundo homem mais rico do país
segundo a revista
Forbes, Julio Mario Santo Domingo, tem
participação nos negócios mais
variados, de cervejarias a companhias aéreas.
Ele se destaca, no
entanto, por ser o dono da TV Caracol (com 58%
da audiência e 52% do
mercado publicitário, em dados de 2004) e do
segundo jornal do país, o
El Espectador.
O principal concorrente é o Casa Editorial El
Tiempo, dono do maior
jornal do país, o El Tiempo, além de várias
revistas e de um canal de
TV a cabo. A empresa é controlada pelo grupo
espanhol Prisa.
África
A Nation Media Group (NMG) é a maior empresa de
mídia do leste da África,
com braços de mídia eletrônica e impressa. Aga
Khan - o líder
espiritual da comunidade ismaelita, um ramo do
islamismo xiita - é o
maior acionista da empresa, com 49% das ações.
No Quênia, o grupo é dono do jornal diário de
maior circulação, o
Daily Nation, além de outras duas publicações
diárias e uma semanal,
duas estações de rádio e uma emissora de TV.
Em Uganda, o NMG tem um jornal, o Daily Monitor,
uma estação de rádio
e uma emissora de TV. Na Tanzânia, Aga Khan se
diz proprietário de
duas publicações diárias.
O grupo também planeja sua expansão em Ruanda,
onde tem planos de
comandar um jornal diário e uma emissora de TV.
Aga Khan tem o
objetivo de estabelecer um conglomerado de mídia
pan-africano.
Estados Unidos
A americana Anne Cox Chambers, 91 anos, controla
o maior grupo de
mídia do país, chamado Cox Enterprises, fundado
por seu pai em 1898.
O império controla jornais, emissoras de rádio e
TV e canais a cabo em
diversos Estados americanos.
Segundo a revista Forbes, o patrimônio de Anne
em 2010 estava em US$
12,4 bilhões, duas vezes maior que o de Rupert
Murdoch, dono da News
Corporation.
Emilio Azcarraga, da Televisa
A Televisa de Emilio Azcarraga é dona de 70% do
mercado publicitário
das televisões no México
Rússia
O governo russo continua a ser o maior
controlador da mídia local
desde que o ex-presidente e atual
primeiro-ministro Vladimir Putin
reestatizou o maior canal de TV do país, o ORT,
em 2000. Ele também
transferiu o controle privado do canal NTV para
a petrolífera estatal
Gazpom.
Além disso, o governo comanda o grupo Rossia,
controlador das três
únicas TVs de cobertura nacional, além de canais
a cabo e dezenas de
emissoras locais. Atualmente, o Kremlin controla
todas as principais
TVs russas.
A mídia impressa é menos concentrada. O
principal jornal, o
Kommersant, é propriedade do magnata Alisher
Usmanov, um dos donos do time inglês Arsenal.
Outro magnata, o ex-espião da KGB Alexander
Lebedev, é dono do
principal jornal de oposição, o Novaya Gazeta.
Ele também tem negócios
no Reino Unido, onde controla os jornais The
Independent e The Evening
Standard.
Sudeste asiático
Homem mais rico da Malásia, o empresário de
origem chinesa Tiong Hiew
King controla cinco jornais diários e 30
revistas nas comunidades de
língua chinesa na Malásia, em Hong Kong, nos
Estados Unidos e no
Canadá.
Fonte: BBC Brasil
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