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De: liliamh -
formigas@estacaovirtual.com
MARIA LENK
( curta )
De SONIA NERCESSIAN (Brasil, 2006).
Pioneira da natação. Nadava ainda no Rio Tietê,
foi a várias Olimpíadas e aperfeiçoou o nado
borboleta. Professora, escritora, aos 92 anos
nadava 2 horas por dia. Faleceu em abril de
2007, como queria, nadando. Cor 10min (Ver
Original s/ leg).
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Morre a brasileira Maria Lenk,
a primeira atleta olímpica
sul-americana
Data 17/04/2007 | Assunto: Natação
pioneira da natação brasileira,
Maria Lenk, morreu nesta segunda-feira, no Rio
de Janeiro. Primeira mulher brasileira e
sul-americana a competir em uma Olimpíada, ela
tinha 92 anos e sofreu um mal súbito quando
treinava no Clube de Regatas do Flamengo.
Encaminhada ao hospital Copa D'Or, no bairro de
Copacabana, Maria Lenk não resistiu.
O boletim médico assinado por Marcelo Franco,
gerente médico da emergência, informa que Maria
Lenk chegou ao hospital com "alteração do nível
de consciência, insuficiência respiratória e
quadro compatível com choque circulatório."
Exames complementares apontaram um aneurisma e,
durante a preparação para a cirurgia de
emergência, a nadadora teve parada cardíaca,
morrendo às 13 horas.
No último dia 12 de fevereiro deste ano, Maria
Lenk foi homenageada pelo Prefeito do Rio de
Janeiro, César Maia, que deu seu nome para o
novo Parque Aquático que vem sendo construído no
autódromo do Rio de Janeiro para receber as
provas de natação, nado sincronizado e saltos
ornamentais nos Jogos Pan-Americanos.
Em 2004, Lenk recebeu o troféu Adhemar Ferreira
da Silva, na cerimônia de entrega do Prêmio
Brasil Olímpico, destinado aos melhores atletas
do ano. Com a morte da nadadora, o Comitê
Olímpico Brasileiro (COB), decretou luto oficial
de três dias.
"Felizmente pudemos homenageá-la ainda em vida,
com a entrega do Troféu Adhemar Ferreira da
Silva, e recentemente ficamos muito felizes com
a homenagem que a Prefeitura do Rio fez ao dar o
nome de Maria Lenk ao Parque Aquático da Cidade
dos Esportes, que será o palco da natação, dos
saltos ornamentais e da natação sincronizada
durante os Jogos Pan-americanos. Este é um
momento de luto para todos nós", disse o
presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.
Trajetória
Filha de alemães que imigraram para o Brasil em
1912, Maria Emma Hulga Lenk nasceu em 15 de
janeiro de 1915, em São Paulo. Aos 17 anos,
tornou-se a primeira mulher brasileira a
integrar uma delegação olímpica, nos Jogos de
Los Angeles-1932. Nas Olimpíadas seguintes, em
Berlim-1936, ela estava de volta, desta vez
acompanhada por mais três nadadoras.
O pioneirismo não ficou restrito às Olimpíadas.
Ela também bateu o primeiro recorde mundial para
o Brasil, foi a primeira a nadar borboleta,
aplicando o estilo ao nado peito, prova que
disputou nos Jogos de Berlim - o nado borboleta
só foi introduzido nos Jogos Olímpicos de
Melbourne, em 1956 - e foi a primeira a trazer o
nado sincronizado para o país. Em 1942 ajudou a
fundar a Escola Nacional de Educação Física, da
Universidade do Brasil, atual UFRJ.
Seu auge foi no final da década de 30, quando se
preparava para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O
cancelamento das Olimpíadas, por causa da
Segunda Guerra Mundial, foi a maior decepção da
atleta.
De qualquer forma, em 1939, ela havia batido os
recordes mundiais dos 200 e 400m peito,
tornando-se a única nadadora sul-americana
recordista mundial. O recorde dos 400m peito,
6min15s80, foi registrado em 11 de outubro
daquele ano, na piscina do Botafogo. No mês
seguinte, Lenk nadou 2min56s90 na piscina do
Fluminense.
A expectativa de uma medalha olímpica foi
frustrada com a interrupção das Olimpíadas
durante a Segunda Guerra Mundial. Lenk deixou a
carreira em 1942, mas não abandonou o esporte.
Além da carreira acadêmica, ela escreveu vários
livros sobre natação e voltou a competir, na
categoria masters.
Em sua faixa etária, ela detém os recordes
mundiais em três provas de nado peito, em
piscina longa (50 metros). É a mais rápida nos
50m, com 1min26s91, nos 100m, com 3min12s88, e
nos 200m, com 6min57s76.
A brasileira entrou para o Hall da Fama da
Federação Internacional de Natação (Fina) em
1988. No mesmo ano, foi homenageada com o "Top
Ten" da Fina por ser uma das dez melhores
atletas masters (masculino e feminino) de
natação no mundo.
Confira entrevista que a nadadora concedeu à
revista "Aventuras na História", 75 anos depois
de ter sido a primeira brasileira a ter
competido nos Jogos Olímpicos.
No bate-papo, Maria Lenk disse que "não
conseguia passar um dia sem nadar". Seguia uma
rotina diária na piscina. Todas as manhãs,
durante uma hora, a paulistana que adotou o Rio
nos anos 30 percorria cerca de 2 quilômetros na
piscina do Flamengo.
Fonte: UOL Esporte / Foto: Divulgação
Está notícia foi publicada no Secretaria de
Estado do Esporte e do Lazer
http://www.seel.se.gov.br
Endereço desta notícia:
http://www.seel.se.gov.br/modules/news/article.php?storyid=59
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