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AU REVOIR
"AU REVOIR (Bé omid é Didar) - Irã, 2011 - é o
quinto longa-metragem de Mohammad Rasoulof,
muito frequentemente qualificado de “cineasta
detido ao mesmo tempo que Jafar Panahi”. De
facto, poucas pessoas têm a sorte de conhecer a
sua obra. Apenas o seu segundo longa-metragem,
La Vie sur l'eau, seleccionado para a Quinzena
dos Realizadores em Cannes, em 2005, teve saída
comercial em alguns países. As outras produções
cinematográficas, The Twilight (2002), La
Parabole (2008) e White Meadows (2009) viajaram
apenas pelos festivais.
AU REVOIR chegou discretamente a Cannes, assim
como Ceci n’est pas un film de Jafar Panahi. Os
dois cineastas tornaram-se emblemas da repressão
artística no Irã: suspeitos de prepararem um
filme hostil ao governo, após a reeleição
contestada de Mahmoud Ahmadinejad, em Junho de
2009, foram detidos em Março de 2010 e
condenados a seis anos de prisão, acompanhados
de vinte anos de proibição de filmarem e de
saírem do território. Ambos recorreram.
Embora o filme de Panahi seja um diário de bordo
onde conta a espera do seu veredicto, o de
Rasoulof é uma ficção. A história de uma jovem
advogada de Teerã, grávida, em busca de um visto
que lhe permita sair do país. Mohammad Rasoulof
realizou-o em condições semi-clandestinas
durante o Inverno de 2010/2011.
Além do gesto político do Festival de Cannes e
da comunidade mundial do cinema, a respectiva
selecção em Cannes certifica a qualidade destes
filmes, como relembram Gilles Jacob e Thierry
Frémaux: “Panahi e Rasoulof são cineastas, o
gesto deles diz-nos que eles não conseguem
deixar de filmar. Se aceitamos estes dois
filmes, foi, antes de mais nada, porque são
muito bonitos”.
http://www.festival-cannes.fr/pt/theDailyArticle/58417.html
Mohammad Rasoulof venceu como melhor diretor,
na mostra "Un Certain Regard", do Festival de
Cannes, com o filme " Au Revoir". O cineasta de
37 anos está em prisão domiciliar por propaganda
hostil ao regime do seu país. Ele foi condenado
a seis anos de prisão em dezembro de 2010 e,
apesar de ter sua proibição de viajar suspensa,
quem recebeu o prêmio em seu nome foi sua
esposa. |
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