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CONVITE - 120 ANOS DA MORTE DE D. PEDRO II
Em 03/12/11, REYNALDO FERREIRA escreveu:
INSTITUTO CULTURAL D. ISABEL I A REDENTORA
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Rua dos Andradas, 29 / 701
Centro do Rio Antigo
20051-001 RIO DE JANEIRO – RJ
www.idisabel.org.br O Provedor da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Ronaldo Goytacaz Cavalheiro & a Presidente do Instituto D. Isabel
I, Laila Vils, tem a honra de convidar para a Missa em memória dos 120 anos de morte de D. Pedro II o Magnânimo.
04 de Dezembro de 2011 – 11h
Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Ladeira da Glória – Rio de Janeiro
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Amanheceu com febre alta. Mota Maia não se enganou. Era a pneumonia! Não pôde levantar-se no seu dia, 2 de dezembro. O bom Padre David rezou no quarto do hotel a missa gratulatória. Não recebeu as visitas que encheram os corredores do Bedford. Ardia em febre. (...) Às 10 entrou o cura da Madeleine, o Abade Le Rebours, paramentado, para ministrar os últimos Sacramentos.
Seus olhos reluziram. Recebeu humildemente a extrema-unção. De novo se lhe embaciaram as pupilas. Começou a morrer.
Passavam 35 minutos da meia-noite.
Era 5 de dezembro de 1891.
Sem um traço de sofrimento, suavemente, imperceptivelmente, fugiu da vida. Os três doutores perceberam que expirara.
(...) O grande corpo enchia a cama pobre. Pousava-lhe sobre o busto o crucifixo oferecido pelo Papa. A bela cabeça encanecida, de perfil aguçado pela morte, como modelada em cera, conservava a majestade da realeza.
Houve em seguida uma rápida cerimônia. Oscularam os presentes a mão trêmula de D. Isabel. Era a antiga maneira de reconhecer o herdeiro do trono, tudo que indicava ali que não morrera apenas D. Pedro de Alcantara, hóspede estrangeiro do quarto 18, mas — sem coroa, sem casa, sem pátria — o Imperador.
O governo francês autorizou exéquias imperiais. Não propriamente as de chefe de Estado. Mas, segundo os antecedentes, os funerais de um rei exilado. Uma divisão do Exército fez-lhe as honras, da igreja da Madeleine,
de onde saiu o féretro, à gare de Angoulême, onde o puseram no comboio de Espanha e Portugal. Levaram-no com imponência para a cripta de São Vicente de Fora. Acomodaram-no ao lado da Imperatriz D. Teresa Cristina. Sobre o caixão a coroa. Os pés em cima de uma almofada. Nessa almofada, terra do Brasil.
Pedro Calmon, 1975 |
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