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De: Vivaldo
Data: 17 de fevereiro de
2012 15:42
Assunto: O LIXO BBB
O LIXO BIG BROTHER
Por Dom Henrique Soares,
Bispo Auxiliar da
Arquidiocese de
Aracaju-SE
A situação é
extremamente
preocupante: no Brasil,
há uma televisão de
altíssimo nível técnico
e baixíssimo nível de
programação. Sem nenhum
controle ético por parte
da sociedade, os
chamados canais abertos
(aqueles a que se podem
assistir gratuitamente)
fazem a cabeça dos
brasileiros e, com
precisão satânica, vão
destruindo tudo que
encontram pela frente: a
sacralidade da família,
a fidelidade conjugal, o
respeito e a veneração
dos filhos para com os
pais, o sentido de
tradição (isto é, saber
valorizar e acolher os
valores e as
experiências das
gerações passadas), as
virtudes, a castidade, a
indissolubilidade do
matrimônio, o respeito
pela religião, o temor
amoroso para com Deus.
Na telinha, tudo é
permitido, tudo é
bonitinho, tudo é
novidade, tudo é
relativo! Na telinha, a
vida é pra gente bonita,
sarada, corpo legal… A
vida é sucesso, é
romance com final feliz,
é amor livre, aberto,
desimpedido, é vida que
cada um faz e constrói
como bem quer e entende!
(...) Na telinha tem os
debates frívolos do
Fantástico, show da vida
ilusória… Na telinha tem
ainda as novelas que
ensinam a trair, a
mentir, a explorar e a
desvalorizar a família…
(...) Enquanto na
realidade que ela, a
satânica telinha ajuda a
criar, temos
adolescentes grávidas
deixando os pais loucos
e o futuro comprometido,
jovens com uma visão
fútil e superficial da
vida, a violência
urbana, em grande parte
fruto da demolição das
famílias e da ausência
de Deus na vida das
pessoas, os
entorpecentes, um culto
ridículo do corpo, a
pobreza e a injustiça
social… E a telinha
destruindo valores e
criando ilusão…
E quando se questiona a
qualidade da programação
e se pede alguma forma
de controle sobre os
meios de comunicação, as
respostas são
prontinhas: (1) assiste
quem quer e quem gosta,
(2) a programação é
espelho da vida real,
(3) controlar a
informação é
antidemocrático e
ditatorial… Assim, com
tais desculpas
esfarrapadas, a bênção
covarde e omissa de
nossos dirigentes dos
três poderes e a omissão
medrosa das várias
organizações da
sociedade civil –
incluindo a Igreja,
infelizmente – vai a
televisão envenenando,
destruindo, invertendo
valores, fazendo da
futilidade e do
paganismo a marca
registrada da
comunicação brasileira…
Um triste e último
exemplo de tudo isso é o
atual programa da Globo,
o Big Brother (e também
aquela outra porcaria,
do SBT, chamada Casa dos
Artistas…). Observe-se
como o Pedro Bial,
apresentador global,
chama os personagens do
programa: “Meus heróis!
Meus guerreiros!” –
Pobre Brasil! Que tipo
de heróis, que
guerreiros! E, no
entanto, são essas
pessoas absolutamente
medíocres e vulgares que
são indicadas como
modelos para os nossos
jovens!
Como o programa é feito
por pessoas reais, como
são na vida, é ainda
mais triste e
preocupante, porque se
pode ver o nível humano
tão baixo a que
chegamos! Uma semana de
convivência e a orgia
corria solta… Os
palavrões são
abundantes, o prato
nosso de cada dia… A
grande preocupação de
todos – assunto de
debates, colóquios e até
crises – é a forma
física e, pra completar
a chanchada, esse
pessoal, tranqüilamente
dá-se as mãos para
invocar Jesus… Um
jesusinho bem tolinho,
invertebrado e
inofensivo, que não
exige nada, não tem
nenhuma influência no
comportamento público e
privado das pessoas… Um
jesusinho de encomenda,
a gosto do freguês… que
não tem nada a ver com o
Jesus vivo e verdadeiro
do Evangelho, que é todo
carinho, misericórdia e
compaixão, mas odeia o
fingimento, a
hipocrisia, a
vulgaridade e a falta de
compromisso com ele na
vida e exige de nós
conversão contínua! Um
jesusinho tão bonzinho
quanto falsificado…
Quanta gente deve ter
ficado emocionada com os
“heróis” do Pedro Bial
cantando “Jesus Cristo,
eu estou aqui!”
Até quando a televisão
vai assim? Até quando os
brasileiros ficaremos
calados? Pior ainda: até
quando os pais deixarão
correr solta a
programação televisiva
em suas casas sem
conversarem sobre o
problema com seus filhos
e sem exercerem uma
sábia e equilibrada
censura? Isso mesmo:
censura! Os pais devem
ter a responsabilidade
de saber a que programas
de TV seus filhos
assistem, que sites da
internet seus filhos
visitam e, assim,
orientar, conversar,
analisar com eles o
conteúdo de toda essa
parafernália de
comunicação e, se
preciso, censurar este
ou aquele programa.
Censura com amor,
censura com explicação
dos motivos, não é mal;
é bem! Ninguém é feliz
na vida fazendo tudo que
quer, ninguém amadurece
se não conhece limites;
ninguém é
verdadeiramente humano
se não edifica a vida
sobre valores sólidos… E
ninguém terá valores
sólidos se não aprende
desde cedo a escolher,
selecionar, buscar o que
é belo e bom, evitando o
que polui o coração,
mancha a consciência e
deturpa a razão!
Aqui não se trata de ser
moralista, mas de chamar
atenção para uma
realidade muito grave
que tem provocado danos
seríssimos na sociedade.
Quem dera que de um modo
ou de outro, estas linha
de editorial servissem
para fazer pensar e
discutir e modificar o
comportamento e as
atitudes de algumas
pessoas diante dos meios
de comunicação… |
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