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PARIS-MANHATTAN
(França, 2012 - 80 min. - de Sophie
Lellouche)
Um filme agradável e divertido,
urbano e contemporâneo, com humor e
muito romantismo, embora também seja
realista e dramático, ao mostrar
alguns problemas familiares. E a
presença da violência como uma
preocupação constante na rotina das
pessoas, em suas residências e no
comércio.
Dirigido por Sophie Lellouche, que
ainda escreveu o roteiro e os
diálogos, em "Paris-Manhattan" se
destacam: a direção e a
interpretação do ótimo elenco (Alice
Taglioni, Patrick Bruel, Louis-Do de
Lencquesaing, Marine Delterme e
Michel Aumont); o roteiro, a
montagem, a produção e a trilha
sonora, executada pela Orquestra
Sinfônica de Paris. O desfecho
não-abrupto, que interrompe a pressa
da cena anterior, tem um charme todo
especial, até por sua duração,
conseguindo, em clima de quase
tranquilidade, ser engraçado e
romântico ao mesmo tempo...sem que
falte o elemento da surpresa.
Selecionei e transcrevo aqui algumas
frases do filme, que nos remetem aos
personagens e às cenas de
"Paris-Manhattan":
Nada do que vale a pena saber pode
ser compreendido pela mente.
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Sem as leis, tudo são trevas.
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Você parece tão triste que até sua
beleza sumiu.
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Woody Allen nos torna mais
inteligentes rindo do que bocejando.
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É natural nos enganarmos sobre quem
nós amamos.
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Só vale a pena se for acompanhada.
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A verdade é aquela que enxergamos de
olhos fechados.
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- Pensa que três filmes vão mudar a
vida daquele ladrão?
- Sim, porque mudaram a minha.
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- O que importa na vida é ter
coragem.
- Está na hora de ter coragem,
então.
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- Não quero saber. Dói demais.
- O que você não sabe não vai te
fazer falta. Vai te matar.
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Amor e sexo podem ser um mistério.
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Você não acredita em nada. Só em
alarmes.
Meus sonhos talvez sejam banais. Mas
acredito neles.
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Vamos ter que fazer as pazes um dia.
Por que não agora?
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- Você deve fazer suas próprias
escolhas morais.
Mesmo quando isso requer um pouco de
coragem.
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- Ela acredita em Deus, na família,
no amor e na felicidade.
- Case com ela, então! Tenham muitos
filhos. E vivam felizes. Quando
morrerem, que sejam enterrados no
mesmo túmulo.(...) Continue
insistindo. Tente mais uma vez. Você
não é francês? Use o seu charme, o
seu romantismo de francês.
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A verdade é que, ao término de
"Paris-Manhattan", inteiramente
filmado na capital francesa (uma
cidade visitada por turistas de
tantos países), saímos do cinema com
um sorriso nos lábios e de coração
leve. Com certeza embalados pela
música, na encantadora apresentação
dos créditos finais. Sem esquecer de
que assistimos a uma inteligente
homenagem ao cineasta Woody Allen e
à sua obra. E mais convencidos de
que os filmes influenciam nossas
atitudes, conseguindo mudanças
fundamentais em nossa vida, entre as
quais uma aceitação das dificuldades
que fazem parte da existência de
todo ser humano. A compreensão de
nossa individualidade não significa
rejeitar o outro, nem os desafios
permanentes da inserção nos núcleos
familiares, profissionais e sociais.
Quanto ao amor, não há como negar:
se decidirmos agir com um pouco de
coragem, nas questões do amor...
esse sentimento tão poderoso com
certeza vai dar um sabor muito
especial à vida!
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília-DF, 16 de janeiro de 2013
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Ver:
http://www.palacefilms.com.au/paris-manhattan/ |
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