|
|
|
|
O MARIDO IDEAL
Comédia de costumes,
inteligente e romântica,
inspirada na peça
teatral homônima do
escritor irlandês Oscar
Wilde (1854-1900), "O
Marido Ideal" (An ideal
husband -
Inglaterra/EUA, 1999)
tem direção e roteiro de
Oliver Parker. A
história, que se passa
em 1895, foi rodada na
Inglaterra.
"Antigamente tínhamos a
tortura. Hoje, temos a
imprensa."
Destaques: produção,
direção, interpretação,
roteiro, diálogos;
montagem; fotografia,
trilha sonora,
iluminação; direção de
arte, cenografia,
reconstituição de época;
guarda-roupa, chapéus,
penteados, maquiagem e
adereços; temas e
personagens. As jóias,
criadas por John
Galliano, para a Coleção
de Alta Costura 1997/98,
foram gentilmente
emprestadas pelo
estilista Christian
Dior.
"- Mas ela o ama. Há de
perdoá-lo." (Lorde
Arthur Goring,
interpretado de forma
brilhante por Rupert
Everett, a seu amigo
Lorde Robert Chiltern,
papel de Jeremy Northam)
(...) "Nenhum homem deve
guardar segredo da
esposa. Porque ela
sempre descobre."
(...)
"A vida nunca é justa. E
talvez seja bom para nós
que assim o seja."
Goring acredita, tem fé
na integridade de seus
amigos.
(...)
"-O amor não pode ser
comprado.É para ser
dado...sem esperar nada
em retorno. Eis a
essência do amor."
afirma, com convicção,
Lorde Goring à perigosa
Laura Cheveley (Julianne
Moore).
(...) "Sempre passo
adiante os bons
conselhos. É a única
coisa sensata a fazer."
Miss Mabel (Minnie
Driver), irmã solteira
de Lorde Chiltern, está
entre as mulheres "à
procura de maridos",
convivendo na sociedade
londrina, segundo
satiriza o texto, com
"as que se escondem
deles... "
O aparentemente sem
qualidades Lorde Goring,
solteirão de 36 anos
desprezado pelo pai a
todo momento, incentiva
Gertrude, Lady Chiltern
(Cate Blanchett) a ser
corajosa o suficiente
para aceitar as
fraquezas das pessoas e
do mundo, sem deixar de
amá-los. Nas horas mais
difíceis, dá sua palavra
de honra e arrisca o seu
bem-estar para ajudar os
amigos
em dificuldade.
(...) " É preciso muita
coragem para ver o mundo
defeituoso e ainda assim
amá-lo."
(...)
"_ Que grande amigo você
é para ele. Para nós."
(...)
"Olhar não é ver. Ver é
enxergar a beleza que
existe. Não se consegue
ver algo até que se veja
a sua beleza."
(...)
Entre os temas
abordados, além do amor
e da amizade, honra e
confiança, estão:
política financeira,
nacional e
internacional; o poder
da informação; a
superficialidade e a
maldade nos
relacionamentos da
chamada alta sociedade;
valores e anti-valores
da época, na política e
na vida social e
familiar.
Vai-se ao teatro para
olhar a platéia, talvez
mais do que o que
acontece no palco. Após
a cena final de "A
importância de ser
Ernesto", o autor, Oscar
Wilde, é chamado ao
palco e muito aplaudido
pela platéia do teatro
lotado.
"É bom saber que
gostaram da peça tanto
quanto eu!"
A pobreza, a ambição e
os segredos do passado
tornam-se objeto de
chantagem:
"Sempre chega a hora de
pagarmos pelo que
fizemos. E chegou a sua
hora."
São bastante
espirituosas as
observações sobre as
relações no casamento; a
convivência com os pais
e amigos. Constata-se o
preconceito que
determina o afastamento
das mulheres, no
Parlamento. Elas
observam de longe,
afastadas/separadas por
grades.
(...) "Homens e mulheres
têm fraquezas."
No dia-a-dia, o que se
fala não é o que se faz;
o exterior difere do
íntimo; e até os mais
próximos não sabem quem
somos, na realidade.
"_ Coloquei meu marido
em um pedestal.
_ Não o retire de lá."
"Não são os perfeitos,
mas os imperfeitos que
precisam de amor."
(Assistir também aos
filmes de época:
"Persuasão"; "Emma";
"Razão e Sensibilidade";
e "O Cadete Winslow".)
(Ler, de Oscar Wilde: o
romance "O Retrato de
Dorian Gray" e as peças
teatrais "A Importância
de ser Ernesto" e "Um
Marido Ideal".)
Theresa Catharina de
Góes Campos
|
|
|
|