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De: Theresa Catharina de Goes Campos
Data: 8 de abril de 2013 10:35
Assunto: Simplesmente adorável, além de justa,
poética e sensível - parabéns, queridaTereza
Lúcia. E muito obrigada por me enviar!
(ref. Artigo quinzenal: Bairrismo)
Para: terezahalliday
Seus textos enriquecem o conteúdo de meus sites.
Inclusive, porque se harmonizam com os
princípios e objetivos que os orientam.
Simplesmente adorável, além de justa,
informativa, poética e sensível, esta sua
crônica de visão universal, de leitura tão
prazerosa - parabéns, mais uma vez,
queridaTereza Lúcia Halliday. E muito obrigada
por me enviar! Theresa Catharina
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Tereza Lúcia Halliday
escreveu em 8 abril de 2013
Eu é que agradeço a sua generosidade em divulgar
meus textos.
Fico feliz por comungarmos de vários valores.
Abração, Tereza Lúcia.
De: Tereza Lúcia Halliday
Data: 8 de abril de 2013 09:05
Assunto: (Le2) Artigo quinzenal: Bairrismo
BAIRRISMO
Tereza Halliday – Artesã de Textos
Enaltecer de modo especial e, geralmente,
exagerado, as qualidades de sua cidade, estado
ou país, caracteriza o bairrista. Costumam
citar, altaneiramente, nomes de filhos ilustres
da terra, como se a grandeza do escritor,
político ou santo conterrâneo os engrandecesse
por tabela. Bairrismo gera hipérboles e piadas.
Caruaruenses gostam de referir-se à capital do
agreste pernambucano como “o país de Caruaru”. E
alguns recifenses acreditam que os rios
Capibaribe e Beberibe se juntam para formar o
Oceano Atlântico. Também temos o folclore
megalomaníaco de Itu (SP), onde tudo é
exageradamente grande. “Cidade Maravilhosa”,
“Veneza Brasileira”, “Princesa do Agreste”, são
epítetos apaixonados, que merecem respeito
porque paixão não se discute, mesmo quando a
cidade deixou de merecê-los.
Na minha ignorância, acreditava que arroubos de
bairrismo fossem característica unicamente
brasileira. Acusamos os argentinos de arrogância
e cometemos a pabulagem máxima de dizer que Deus
é brasileiro. Mas fui encontrar bairrismo
semelhante lá para as bandas do Hemisfério
Norte, onde morei: Madison, Wisconsin (EUA).
Assistindo a uma palestra na Sociedade Histórica
e Geográfica local, ouvi do conferencista esta
assertiva convicta: “Nossa Madison é a cidade
mais bela do mundo!”. Pensei ligeiro: E Bruges?
Praga? Paris? Toledo? Salzburgo? Québec?
Madison era realmente linda - não sei se, como
Caruaru, cresceu e enfeou. Eu a conheci com seus
três lagos limpos, campus majestoso - da
respeitada University of Wisconsin, qualidade de
vida para ninguém botar defeito, primaveras e
outonos de tirar o fôlego, de tanta beleza. E
uma longa ciclovia arborizada que me deixou
saudade eterna. Mas, daí a chamá-la a cidade
mais bela do mundo, só se explica pelo profundo
senso de pertença que fez Marc Chagall dizer:
“Só é meu o lugar que se encontra em minha
alma”.
Bairrismo é sentimento universal. Esses arroubos
de empáfia geográfica, ou sinalizam complexo de
superioridade, ou complexo de inferioridade a
buscar compensações no “narcisismo das pequenas
diferenças”: o maior bloco de carnaval do mundo
(que besteira!), a maior estátua do mundo, a
comida melhor do mundo... Sou avessa a
bairrismos porque arrotar grandezas sobre a
minha cidade, estado ou país – mesmo um eventual
elogio justo - seria falta de respeito e
gentileza para com pessoas queridas de outras
cidades, estados ou países. Eu me sentiria
encabulada. Afinal, elas é que se encontram na
minha alma, como tesouros de afeto.
(Diário de Pernambuco, 8/4/2013)
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Tereza Lúcia Halliday, PhD.
Artesã de Textos
"Palavra quando acesa, não queima em vão".
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De: guilherme jose campos
barros
Data: 10 de abril de 2013 19:41
Assunto: Re: prioridade máxima) BAIRRISMO -
Tereza Halliday
Lindo texto!
Guilherme |
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