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ÓPERA "NABUCCO" de VERDI
Ópera grandiosa de Verdi, Nabucco é
um drama lírico com libreto de Temistocle Solera
dividido em quatro partes. A estreia em
março de 1842, no Teatro alla Scala de Milão,
foi um enorme sucesso, dando início a uma
extensa turnê por vários teatros italianos e
europeus. Nabucco revelou
a veia passional de Verdi, e seu sucesso é
derivado do impressionante poder evocativo de
“Va´, Pensiero”, uma das mais famosas melodias
de todos os tempos, em homenagem à saudade que o
povo hebreu sentia de sua terra natal. Durante o
século XIX, os italianos ainda não tinham uma
nação unida, estavam sob o domínio da Áustria e
da Espanha e adotaram a ária como canção
nacional - canção
de um povo que ansiava por ver a sua terra livre
dos inimigos e novamente unida.
A história
Parte I – Jerusalém
Nabucco, rei da Babilônia, avança sobre
Jerusalém. Os hebreus são forçados a se esconder
no templo de Salomão, onde a filha de Nabucco, Fenena,
é mantida como refém, sequestrada pelo
sumo-sacerdote de Jerusalém, Zaccaria. Fenena é
deixada sob os cuidados de Ismaele,
chefe militar, que mantém um relacionamento
secreto. A outra filha de Nabucco, Abigaille,
que assim como a irmã é apaixonada por Ismaele,
promete ajudá-lo caso aceite seu amor, mas Ismaele a
rejeita. Com a entrada do exército de Nabucco, Zaccaria tenta
matar Fenena,
mas Ismaele a
salva, o que é condenado pelos hebreus. Nabucco incendeia
e destrói o templo.
Parte II – A Blasfêmia
Os hebreus são mantidos em cativeiro na
Babilônia. Abigaille,
de volta à Babilônia, descobre que é filha de
escravos e não de Nabucco.
Os babilônios acreditam que Nabucco está
morto por causa de um boato espalhado pelo
Sumo-Sacerdote da Babilônia e clamam para Abigaille assumir
o trono. Zaccaria anuncia
a conversão de Fenena ao
judaísmo. Nabucco retorna
e se proclama Deus. Um raio o atinge, tirando-lhe a
coroa, e então é tomado pela loucura. Abigaille pega
a coroa.
Parte III – A Profecia
Babilônia saúda Abigaille como
sua regente e o Sumo-Sacerdote pede pela morte
dos judeus, começando por Fenena,
agora convertida. Abigaille faz Nabucco assinar
a ordem de execução. Ele o faz mas teme por Fenena.
Ele denuncia Abigaille como
escrava mas ela já está de posse do documento
que revela sua origem e o rasga. Os hebreus
cativos cantam às margens do rio Eufrates,
relembrando sua pátria (Va
pensiero sull’ali dorate). Zaccaria profetiza
que a Babilônia cairá.
Parte IV – O ídolo caído
Fenena está sendo preparada para a
execução. Nabucco,
recuperado de sua loucura, pede a Deus que
perdoe os hebreus. Fenena,
junto com outros hebreus, está em frente ao
altar quando gritos de ‘Viva Nabucco’ são
ouvidos. Nabucco destrói
o falso ídolo, a estátua de Baal, e liberta os
hebreus. Abigaille
se envenena, pedindo perdão a Fenena. Nabucco é
proclamado Rei dos Reis.
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