Theresa Catharina de Góes Campos

  LAÇOS E AMARRAS

Amarras não são laços,
nem liames podem ser.

Porque amarras são...
detestáveis grilhões,
calabouços do desespero.
Como solitárias prisões,
tão sombrias, duvidosas.
As mais aterrorizantes,
solidamente instaladas
em nosso íntimo ser.

Os laços mais benditos
assinalam nossos afetos.
Rede de proteção carinhosa,
na responsabilidade são elos.
Quanto mais nos envolvem,
até em nossos percalços
mais eles nos libertam.

Esses liames de amor,
por Saint-Exupéry louvados,
são memórias e saudade.
Iluminam as trevas e sendas
de todos os nossos caminhos.
Laços benditos, abençoados.

Theresa Catharina de Góes Campos
São Paulo - SP, 06 de junho de 2013
 

Jornalismo com ética e solidariedade.