Theresa Catharina de Góes Campos

  AS PRAGAS MORAIS DA ATUALIDADE

Em uma sociedade gravemente doente, o próximo jamais merece respeito...nem mesmo é enxergado (tal o egoísmo, a indiferença, a alienação do indivíduo egocêntrico!) !

Como se o outro não existisse...nem o seu espaço, nem os seus direitos são reconhecidos.

Eis a ferida aberta que vemos a cada passo, nos dias atuais. Como lutar contra esse mal epidêmico, em prol de estabelecer uma fundamental abertura para o outro ?

Como aprender a olhar o próximo com simpatia? Como reconquistar a nossa sensibilidade humana ? Como entender a necessidade de criarmos um clima de empatia?

Como evitar que nossos olhos se deixem vendar, como se fossem cegos à presença de nosso próximo que caminha pela vida a nosso lado?

Precisamos defender e preservar a nossa individualidade sem perder a dimensão do coletivo, sem nos isolarmos da comunidade.

Conseguiremos fazer isso, se nos esforçarmos para praticar atitudes de conscientização.

Que nos recusemos a aceitar a praga do desinteresse em nossa rotina. Porque a indiferença amortece o que temos de melhor, como seres humanos.

Hipnotizados pelos brinquedos eletrônicos, vivemos como indivíduos aprisionados aos celulares, tablets, facebooks, twitters e similares!

Nós nos imaginamos universais...sem nos apoiarmos na comunicação com aqueles mais próximos de nós!

Impressiona a qualquer estudioso a observação dos que, em movimento, sentados, ou comendo e bebendo, abandonaram o hábito de ler jornais, revistas e livros.

E conversar com a pessoa a seu lado ou à sua frente, nem pensar...são ignorados, sem a menor cerimônia! Digamos a verdade: isso não é progresso, nem desenvolvimento e, muito menos, viver! Não seria, pelo contrário, uma forma automatizada de agirmos como robôs multiplicados?!

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília-DF, 18 de abril de 2013
 
 

Jornalismo com ética e solidariedade.