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A FONTE (miniconto)
Um dia, quando cheguei à fonte que me encantava
com a sua música, percebi que a água havia sido
envenenada.
Quem fizera essa maldade não deixou rastro
visível.
Esperei ali, sedenta, que alguém dotado de
poderes por mim desconhecidos, purificasse
aquela fonte que me dava forças para viver.
Dali não me afastei, para esperar o milagre.
Comigo eu trazia algumas sementes, umas poucas
flores já ressecadas e duas tâmaras ainda
frescas.
Seriam insuficientes, para me manter junto a um
poço envenenado, aguardando um milagre: a fonte
voltar a cantar com suavidade incessante. Esses
poucos recursos seriam "insuficientes", me
repetiam alguns viajantes, que de mim se
aproximavam e logo se afastavam do local, porque
tinham muita pressa.
Mas aquele tesouro que eu trazia comigo, um
alforge aparentemente inútil para tantas outras
pessoas, era tudo que eu precisava...para a
longa jornada, aguardando junto da fonte
envenenada, à espera do milagre.
Seria suficiente, com certeza, porque eu não me
sentia sozinha, nem despojada do mais essencial:
esperança e fé me faziam companhia. Para a
longa, silenciosa vigília, esperando a água da
fonte voltar a cantar...
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília-DF, 13 de abril de 2013
De: Ruth Rosa
Data: 29 de julho de 2013 02:03
Amiga, obrigada por me enviar este belo
miniconto: "A Fonte".
Gostei muito, senti na alma a sua sensibilidade,
deixando-me comovida. Pensei comigo; só poderia
ser escrito por uma pessoa muito amada por Deus.
Um beijo no coração e tenha bons sonhos.
Sua admiradora e amiga Ruth Rosa.
De: Aparecida do Carmo Guimarães Carlos
Data: 30 de julho de 2013 21:04
Querida D. Thereza Catharina:
Minhas felicitações por este seu lindo conto.
Com certeza, em nossas vidas temos que estar
amparadas pela fé e esperança de que sempre o
melhor irá nos acontecer.
Um abraço carinhoso de
Carminha |
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