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NO FAROL, A VIGIAR*
Farol que alerta sobre os perigos,
com sua luz orienta os navegantes.
Farol que resgata e salva da morte.
Porque ali não falta aquela presença
de um dedicado faroleiro, para vigiar.
Louvados sejam todos os profissionais
que trabalham nos faróis ... dedicados,
observando a agitação e o furor das ondas;
laboriosamente, na tranquilidade das águas
identificando os perigosos recifes e rochedos,
os locais das correntes traiçoeiras, mortais.
São amigos distantes, sempre muito zelosos,
a proteger os que neles confiam, tão atentos.
Sejam todos os faroleiros abençoados!
Semelhantes aos sinos anunciantes,
são como olhos angelicais, atentos
aos rochedos e obstáculos escondidos.
Nos mares, estão sempre vigilantes
para impedir os trágicos naufrágios.
Cumprindo habituais missões de resgate,
os faróis e seus vigias, divinos emissários.
Para evitar acidentes, estão nos seus faróis.
Ali passam a sua vida. Em observação solitária,
a zelar e cuidar do seu próximo nas embarcações
perscrutam com amor o horizonte e os mares.
As informações que transmitem, seus avisos
já muitas vidas conseguiram orientar e salvar.
Benditos sejam os que vigiam, nos faróis !
Theresa Catharina de Góes Campos
São Paulo - SP, 23 de junho de 2013
*Homenagem a minha ginecologista,
Dra. Zilene do Carmo Marques (Brasília-DF).
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NOTA DA AUTORA:
Em continuação ao tema, recomendo aos
interessados que leiam também as matérias abaixo
citadas.
Theresa Catharina
São Paulo-SP, 23 de junho de 2013
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TORRES DE LUZ: FARÓIS DE MOSTARDAS E TAVARES
João Batista Cardoso
1
Manoel Luiz Ferreira Nunes
2
RESUMO
Os Faróis exercem a importante função, ainda nos
dias de hoje. para a
navegação e como atrativo turístico. Este
instrumento surgiu com a necessidade
do homem de se deslocar à noite, sendo um ponto
de referência. No começo eram
acesas fogueiras nos lugares mais altos da
costa, mas a necessidade fez evoluir
esse sistema de iluminação náutica até chegar no
que existe hoje: obras
imponentes, de rara beleza e de suma
importância. Os Faróis não eram somente
estruturas, mas também uma demonstração da
dedicação sem igual daquele que
era seu companheiro infalível, o faroleiro.
Palavras-chave: farol – faroleiro – sinalização
– navegante – atrativo
turístico.
http://www.mostardas.tur.br/portal/html/uploads/turismo/artigos/batista-jaca.pdf
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http://www.theresacatharinacampos.com/comp2975.htm
MIRAGEM DO REFÚGIO INACESSÍVEL*
Se os jovens fossem jovens
aceitariam o sacrifício heróico
tal como parte e condição do amor.
Se os homens soubessem transmitir
todas as palavras que aprisionam
dentro de si, covardemente,
as canções e as mensagens que apagaram
fluiriam sem cessar, noite e dia.
E os sonhos seriam realizações;
as sementes protegeriam o trigo latente,
e, mesmo invisíveis, as sementes
seriam pão e flor, árvore e frutos.
Porque algo tão simples
parece um sonho distante,
sinto medo do mundo.
Quero buscar um farol...
para ali viver protegida, mas
capaz de proteger outras vidas.
Porém a raiva do mar, os recifes
e as ondas de som furioso,
estão em meu caminho,
não me permitem passar.
Isso é realidade ou, quem sabe,
uma visão juvenil, imatura,
criada pelo medo que eu sinto?
Theresa Catharina de Góes Campos
Caux-sur-Montreux - Suíça, agosto de 1960.
*Atendendo a meu pedido, a comemoração familiar
de meus 15 anos (13 de janeiro de 1960) foi um
piquenique com a minha mãe e meus irmãos,
Fernando José e Victoria Elizabeth, nas
proximidades do Farol de Santo Agostinho,
localizado na praia do Cabo de Santo Agostinho
(Cidade do Cabo, próxima ao Recife, em
Pernambuco).
Meu pai não pôde ir conosco porque estava
trabalhando, mas providenciou o veículo e o
motorista para o nosso passeio.
O destaque, nessa programação para celebrar meu
aniversário natalício, foi a visita que fizemos
ao Farol, especialmente solicitada por mim, pois
eu dizia, na época, que seria ótimo viver num
farol.
À noite, em casa, na Praia de Piedade (Jaboatão
- PE), meus pais, meus irmãos e eu festejamos na
forma tradicional: bolo e parabéns, recordando
os momentos tão agradáveis no Cabo de Santo
Agostinho, o que vimos no
interior do farol, o que conversamos com o
faroleiro.
Para falar com mais sinceridade, o fato é que,
na época, eu afirmava querer morar num farol,
quando me tornasse adulta. Seria essa a minha
vocação paralela, num local que me parecia ideal
(tranqüilo e solitário), o que não me impediria
de exercer, concomitantemente, a vocação de
jornalista, escritora e poeta. (Bem, era o que
eu dizia, compenetrada...)
Devo registrar que meus pais, sabiamente, riam
um pouco e comentavam sobre as dificuldades,
sobretudo a solidão, no trabalho e na vida em um
farol. Mas não se posicionavam contrários à
minha decisão...
Meses depois, cursando o clássico, no Colégio de
São José (Recife - PE), fundamos e passamos a
editar, no formato tablóide, um jornal
estudantil, impresso em branco e verde, com
fotografias e bastante informativo. Chamava-se
"O Farol", nome escolhido por mim e aprovado com
a minha argumentação sobre periódicos homônimos,
históricos, no Brasil e em outros países, o
simbolismo da palavra, etc.
Durante os três anos de nosso curso clássico, "O
Farol" esteve sob a responsabilidade das quatro
fundadoras e editoras: Tereza Halliday, Tereza
Dubeux , Isabel Brayner e eu.
Depois, nos tornamos universitárias e deixamos o
nosso jornal "O Farol".
Na comemoração dos quarenta anos de nossa
formatura do clássico (1962-2002), houve a
publicação de um número especial de "O Farol",
com a reimpressão de artigos selecionados.
Ainda guardo alguns números desse meu jornal tão
querido, editado e redigido com o entusiasmo
pioneiro de suas quatro editoras e inúmeras
colaboradoras. Impossível não me emocionar, ao
reler suas páginas, embora tivesse havido,
antes, outros jornais em minha vida.
Como o meu "tablóide" da infância, que eu fazia
manuscrito, desde os oito anos, sozinha, e
também se chamava "O Farol"; e outros, na
adolescência, em trabalho de equipe, como o
informativo impresso do CESP - Centro dos
Estudantes Secundários de Pernambuco, entidade
cuja diretoria eu integrei, como secundarista e
participante do movimento estudantil
democrático.
Representando o CESP, ao lado de ótimos colegas
e amigos, fiz muitas viagens inesquecíveis, para
reuniões e congressos, servindo e aprendendo com
populações carentes, o que me deu a oportunidade
de conhecer melhor Pernambuco e o Brasil.
Theresa Catharina de Góes Campos
São Paulo, 31 de janeiro de 2009.
From: Theresa Catharina de Goes Campos
Date: 2009/2/1
Subject: Sim, é o cd-rom/livro Existe Vida sem
Poesia?, que sairá em breve. ref. MIRAGEM DO
REFÚGIO INACESSÍVEL
To: artemis coelho
Estimada Artemis:
Obrigada pelo incentivo.
Apesar do título sugerido ser muito bom (talvez
até eu possa usá-lo para um futuro poema), os
meus cd-rom/livro Existe Vida sem Poesia?
deverão sair muito em breve - o cd-rom eu já
autorizei a gravação, e será seguido do livro
impresso.
Nem todos os poemas de minha autoria já incluem
o relato das vivências, embora alguns estejam
acompanhados de observações sobre o contexto dos
versos. Outros, estão sozinhos... até mesmo
porque não tenho condições emocionais para essa
explicitação de meus sentimentos diante dos
fatos e das circunstâncias.
Abraços carinhosos da amiga
Theresa Catharina
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2009/1/31 artemis coelho
Ótimo! Sinceramente, não lhe ocorre escrever um
livro do tipo 'Diário poético de Viagem'?
Estariam registrados os poemas e as vivências
que lhe forneceram o material. Que tal?
Abraços,
Artemis
From: Luci Tiho Ikari
Date: 2009/2/1
Subject: MIRAGEM DO REFÚGIO INACESSÍVEL
To: Theresa Catharina de Goes Campos
Theresa Catharina:
Você, desde cedo, foi uma pessoa voltada para
ações comunicativas, sociais e políticas. Cada
vez mais, te admiro, Luci |
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