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OS MENSAGEIROS DE PERGUNTAS
Preciso aprender a com eles lidar...
com naturalidade e simpatia;
devo sem demora reconhecer:
às vezes, os que se aproximam
e logo se assentam, sem a menor
cerimônia, pois não são tímidos,
trazem o seu recado a me dar.
Chegam e de pronto se acomodam,
sem pedir licença nem cumprimentar !
Vão até se achegando às páginas
das mais interessantes leituras!
Com certeza, têm a sua mensagem,
esses emissários inesperados,
que me vêm com suas perguntas.
São mensageiros, de respostas
a precisar, na maioria rápidas.
Porque não têm tempo a perder,
recados silenciosos ocultam
na sua tão grande pressa, esses
meus emissários já conhecidos,
com perguntas para as quais
terei condições de lhes responder
com a objetividade que esperam.
Ainda bem que sei! Ainda bem!
Peço ajuda, então, à paisagem
tranquilizadora que, paciente,
tem o segredo de afugentar
minhas companhias invisíveis:
aquelas reminiscências tristes,
as desanimadoras lembranças
dos sonhos desfeitos, das perdas
que nunca aceitamos, lá no fundo
de nossas saudades permanentes.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, março de 2013
De: elizabeth barros
Data: 1 de julho de 2013 22:47
Assunto: Re: OS MENSAGEIROS DE PERGUNTAS
Lindíssimo, este seu poema; e muito profundo.
Gostei muito, tia Therezita.
Às vezes nos sentimos perdidos no meio de tantas
conturbações e crises.
Beijos, de sua sobrinha, Elizabeth.
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