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AUTOR DE "AS RAPARIGAS DA RUA DE BAIXO"
REGISTROU QUESTÕES HISTÓRICAS
De: Reynaldo Ferreira
Data: 27 de setembro de 2013 16:04
Assunto: QUESTÕES POSTAS EM AS RAPARIGAS DA RUA
DE BAIXO
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Amigos,
No website da Gizeditorial
(www.gizeditorial.com.br) vocês poderão ler a
resposta, por mim dada, aos filhos de um
ex-prefeito de Campo Florido,
MG, que, só agora, reclamam da alusão, feita em
meu livro, As
Raparigas da Rua de Baixo - cuja segunda edição
já se encontra nas
livrarias, com a bela capa da artista gráfica
Vivian Valli - ao fato
de ele haver mandado demolir, na década de
oitenta, um monumento
histórico, isto é, a Igreja Matriz de Nossa
Senhora das Dores, de
taipa, erguida, ao início do século XIX, no
estilo colonial português,
mais ou menos na mesma linha arquitetônica da
bela Igreja Matriz de
Nossa Senhora do
Rosário, de Pirenópolis, mas de interior mais
simples, não ostentando,
portanto, o estilo dominante, na última, do
barroco-rococó. Como se
lembra, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do
Rosário, um dos mais
importantes elementos de atração turística para
a cidade goiana,
próxima de Brasília, foi destruída por um
incêndio, em 2002, mas já em
2004, foi entregue à visitação pública,
completamente restaurada,
graças ao extraordinário esforço da Sociedade
Amigos de Pirenópolis.
Vale destacar, a propósito, que, no livro, faço,
da mesma forma,
comentário sobre a depredação, na década de
setenta, durante o regime
militar, do interior da Igreja de São Domingos,
em Uberaba, a mais
bela da cidade, feita por frades dominicanos,
não os da orientação dos
que a construíram ao final do século XIX, mas os
chamados
progressistas, seus ocupantes, na ocasião, que,
além de destruírem o
altar-mor, erguido em mármore, importado de
Carrara (tenho fotos dele
em meu acervo), deram sumiço a mais de cinquenta
imagens, até mesmo a
uma de Santa Joana D´Arc, em tamanho natural.
Por isso, eles tiveram
de ser, por longo tempo, afastados da cidade, só
agora a ela
retornando para reassumir a posse da igreja.
Acostumados, que somos,
a ouvir mentiras, só mentiras, nós, brasileiros,
nos chocamos, quando
ouvimos alguma verdade. E, inevitavelmente,
perdemos a memória de
tudo. Leiam, por favor, a minha resposta. E
observem que, tal como
está no livro, a Igreja Matriz de Nossa Senhora
das Dores de Campo
Florido foi, ao início do século XX, duas vezes
restaurada, com
recursos próprios, dos meus avós paternos.
Aliás, a minha família é a
mais antiga da cidade, que hoje tem sete mil
habitantes. Penso que
tenho, portanto, pleno direito, nos termos
constitucionais, de isso
lembrar, ouvindo moradores da cidade, em meu
livro de memórias.
Reynaldo Domingos Ferreira
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