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RESPONSABILIDADE E CORTESIA NO USO
DOS CELULARES E OUTROS ELETRÔNICOS
No campo e na cidade, dentro e fora dos
edifícios e veículos, uma praga se alastra como
epidemia sem vacina, simulando progresso e
liberdade. O uso desenfreado, descontrolado e
abusivo, sem regras e sem responsabilidade,
telefones celulares, bips e outros aparelhos
eletrônicos interrompem conversas, invadem o
espaço sonoro; perturbam os momentos de oração e
lazer, as salas de aulas, as bibliotecas, as
igrejas, os cinemas e teatros. Deterioram as
relações humanas, familiares e sociais. Uma
realidade que traz consequências deprimentes!
Na direção de veículo e no trânsito, CELULARES
demonstram que podem MATAR OU FERIR COM
GRAVIDADE! Os pedestres também precisam estar
atentos, para não se tornarem vítimas ou
provocarem acidentes. Aja diferente: seja
exemplo, ensine como evitar acidentes.
As pessoas não parecem entender que, ao invés de
se comportarem mostrando evolução, poder,
eficiência e posse, estão revelando
incompetência no uso de seu precioso tempo.
Afinal, se deixam envolver em compromissos
supostamente inadiáveis, abdicam de seus
momentos de privacidade, esquecem as mais
elementares regras de etiqueta, agem como
indivíduos descorteses, egoístas ao extremo.
Os celulares, smartphones, tablets, notebooks ou
laptops levados nas mãos e utilizados até nos
reservados dos banheiros públicos, costumam
depois ser colocados nas mesas de restaurantes e
nos balcões de lanchonetes, acintosamente
transmitindo infecções e doenças, assim se
transformando em grave problema de saúde
pública. Nas clínicas e nos hospitais, a
utilização irresponsável desses aparelhos
invasivos, infectados pela constante ausência de
higiene, com certeza deve causar malefícios em
todos os setores.
Falta de educação, organização,
planejamento...salta aos olhos dos que,
incomodados e/ou boquiabertos, resistem a esse
tipo de escravidão voluntária, sentem-se mal e
aguardam que, num instante de reflexão, os
viciados no uso ininterrupto de novidades
eletrônicas e telefones celulares venham a
compreender que se deixaram dominar por um vírus
barulhento e visível.
Ora, não se trata mais de prova de status;
aparelhos reais, ou de brincadeira, surgem nas
mãos de todos... como armas quase tão perigosas
como os revólveres e outros armamentos,
inclusive "de brinquedo" (?!). Olhando à volta,
vemos que apenas os bichos ainda não dispõem de
celular e outros dispositivos portáteis. E por
isso são mais saudáveis do que nós!
Que compreendamos sem demora, para o nosso bem e
de nosso próximo: CELULAR não é gente; não faz
companhia a ninguém!
Tenhamos a coragem de resistir às tendências
inconscientes da sociedade incapaz de reflexão
em que estamos inseridos, colocando limites aos
exageros e abusos, dizendo "não" a esta nova
forma de escravidão voluntária.
Nosso descontrole já se reproduziu nos
comportamentos habituais dos adolescentes e das
crianças, com efeitos negativos em sua vida.
Conscientes da liberdade que precisamos
conquistar a cada dia, reconhecendo os direitos
e a dignidade do próximo, aprendamos - e
tenhamos orgulho de mostrar que sabemos exercer
tal domínio - a manter nossos celulares e outros
"objetos inteligentes", apesar de ativos,
agradavelmente invisíveis e calados, aguardando
que a nossa inteligência e cortesia determinem
quando, em que momento, ou como identificarmos
uma situação de urgência, para que necessitemos
utilizá-los!
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília-DF, 2010 (texto revisado, ampliado e
atualizado em 30 de janeiro de 2014)
De: Tereza Lúcia Halliday
Data: 4 de janeiro de 2011 18:39
Querida Therezita:
(...)
O seu texto em prosa sobre o uso dos celulares,
diz tudo o que eu sinto sobre o assunto.(...)
Um carinhoso abraço,
Tereza Lúcia |
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