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CONTO DO INVERNO (THE WINTER'S TALE) - William
Shakespeare / Royal Opera House
No enredo, o drama do ciúme doentio; a amizade,
o amor, as perdas; o arrependimento, o perdão e
a reconciliação.
THE WINTER´S TALE - Royal Opera House
http://www.roh.org.uk/productions/the-winters-tale-by-christopher-wheeldon
CONTO DO INVERNO - William Shakespeare
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/inverno.html
O Conto do Inverno, peça teatral composta por
William Shakespeare no início do século XVII,
segundo consta, logo antes de Cimbeline, Rei da
Britânia, foi publicada pela primeira vez no
célebre Fólio de 1623, primeira coletânea das
obras dramáticas do poeta nascido em
Stratford-upon-Avon, em 1564. Classificada entre
os "romances tardios" (ou tragicomédias) junto a
Péricles, Príncipe de Tiro, à Tempestade e à já
citada Cimbeline, O Conto do Inverno divide a
ação entre a Sicília e a Boêmia, não faltando
encontros e reencontros fantásticos, magia e
surpresa, em uma gama de situações que vão da
tragédia à comédia pastoral.
A peça encerra inspirada teatralização de uma
obra em prosa, um velho conto, Pandosto,
recontado e publicado no final do século XVI,
por Robert Greene, contemporâneo e rival de
Shakespeare, obra bastante popular à época e
cujo subtítulo - O Triunfo do Tempo - já sugere
um dos principais temas do Conto do Inverno,
isto é, do Tempo como "pai da verdade". Mas,
conforme costuma ser o caso, ao se apropriar de
Pandosto, Shakespeare transforma a fonte
utilizada, introduzindo elementos sumamente
teatrais, como por exemplo, a inusitada e
memorável rubrica "Sai, perseguido por um urso",
no terceiro ato, ao mesmo tempo catastrófica e
farsesca; e a célebre "cena da estátua", no
quinto ato, autêntico coup de thêátre, tão
implausível quanto comovente.
É rica a historiografia do Conto de Inverno em
performance no mundo anglófono. Os registros têm
início com o relato de Simon Forman, astrólogo e
"médico" que assistiu a uma montagem do Conto no
Teatro Globe, em Londres, em 1611. Consta que a
peça fosse apreciada na corte de Jaime I, tendo
sido encenada durante as festividades do
casamento da Princesa Elisabete, em 1612-13. No
século XVIII, o texto costumava ser montado em
adaptações radicais e truncadas, muitas vezes
reduzidas às cenas pastorais. No século XIX,
houve relativamente poucas montagens, mas
grandes atores britânicos (por exemplo, Charles
Macready, Henry Irving e Charles Kean) atuaram
no papel de Leontes, Rei da Sicília. No início
do século XX, o célebre ator, diretor e
dramaturgo inglês, Harley Granville-Barker,
montou o texto, e na década de 1950, a peça foi
encenada por Peter Brook, com John Gielgud no
papel de Leontes, papel que, na segunda metade
do século XX, foi desempenhado, sucessivamente,
por Patrick Stweart, Jeremy Irons e Antony Sher.
No Brasil, O Conto do Inverno teve a sua
primeira montagem profissional em 2004-05, pela
Companhia de Teatro Atores de Laura, sob a
direção de Daniel Herz e dramaturgia de Marlene
Soares dos Santos. O espetáculo esteve em cartaz
em vários teatros do Rio de Janeiro, sendo muito
bem recebido pelo público e pela crítica
especializada. A tradução encenada pelos Atores
e, portanto, já testada no palco, é,
precisamente, esta que a Iluminuras agora
disponibiliza para o leitor brasileiro.
(www.livrariasaraiva.com.br)
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