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ENXERGAR A VIDA
Descobrimos: era supérfluo, eventual;
o que nos faltava não seria essencial;
com certeza, ao se mostrar superficial,
não deveria fazer falta à nossa vida.
Na realidade, muitas vezes, vemos
distorções e, ao enxergarmos mal,
sofremos mais do que deveríamos.
Se as carências da superficialidade,
a distância do que não precisamos
têm o poder de curar essa miopia,
é porque nossa visão não-treinada,
além de estreita, mui despreparada,
demorou a ver, a enxergar a vida.
O que nos falta, vem acrescentar...
quando nos força a olhar à volta
para inventar o que parecia faltar,
reconhecendo novas prioridades.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 12 de outubro de 2014
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