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De: padreharoldo
Data: 19 de novembro de 2014 11:35
Assunto: O que é Ibogaína? - Padre Haroldo
O QUE É IBOGAÍNA?
Substância alucinógena extraída que age no
córtex pré-frontal, no núcleo accubens e na área
tegmental ventral. É um composto presente na
raiz da planta Tabernanthe iboga,
tradicionalmente usada em rituais de iniciação
no Gabão e em Camarões.
EFEITO TERAPÊUTICO
Os dependentes de cocaína ou crack têm atividade
exarcebada do circuito de recompensa, com
excesso de liberação do neurotransmissor
dopamina. Por isso, não se acostumam ao estímulo
normal de bem-estar e precisam sempre de mais
uma dose, a chamada “fissura”. Os cientistas
acreditam que a ibogaína “reinicie” esse
sistema, retornando-o a níveis normais de
atividade. Age no circuito de recompensa do
cérebro, em áreas relacionadas ao prazer.
Há um ano e meio a cantora Clarice Seabra, 55,
conheceu a ibogaína por meio de suas irmãs, que
buscavam ajudá-la a superar a dependência de
crack, o abuso de álcool, de maconha e de
cocaína. Passou por 12 internações em 35 anos.
“Eu estava pesando 49 quilos, tinha perdido todo
o meu cabelo e alguns dentes. Tinha incapacidade
total de sentir amor, medo, qualquer coisa.
Quando cheguei a mais uma clínica não achei que
seria diferente das outras. Era violenta e
brava.
Deitada numa maca, tomei quatro comprimidos de
iboga e fiquei em silêncio. Logo achei que
aquilo era charlatanismo e comecei a gritar: ‘Eu
não estou sentindo nada!’.
O terapeuta perguntou: ‘Você veio aqui para
sentir um barato ou para se tratar?’ É verdade,
estava ali para me tratar.
Vomitei muito e depois senti muita vontade de
comer doces. Fiz cinco aplicações de iboga, mas
após a primeira eu já não sentia vontade de usar
crack.
Virei outra pessoa. Fiquei mansa, alegre,
humilde. Voltei a ser a garota de 19 anos que
nunca havia usado nenhuma droga.”
A chamada ibogaína já é usada em clínicas em SP.
A literatura médica já tem registro de mortes.
Vários psiquiatras não aconselham o uso da
substância.
Mesmo tendo efeitos desconhecidos e podendo ser
até fatal sem acompanhamento médico, o uso da
iboga tem se disseminado em clínicas para
dependentes químicos.
A literatura médica registra 3.000 casos de uso
de iboga. Seu efeito contra a dependência foi
relatado pela primeira vez em 1962, quando o
norte-americano Howard Lotsof, um viciado em
opioides, registrou experiência benéfica com a
planta. Há, no entanto, relatos de dezenas de
mortes, principalmente porque a droga em alta
dosagem provoca alterações cardíacas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
informa que não há medicamento registrado no
Brasil com a ibogaína, e, por isso, alegações
terapêuticas a esse produto são ilegais.
Há outras maneiras mais seguras para uma solução
contra a cocaína e o crack: AA, NA,
Amor-Exigente, Pastoral da Sobriedade e Freemind.
HAROLDO J. RAHM – PRESIDENTE EMÉRITO DO
INSTITUTO PADRE HAROLDO E DO AMOR-EXIGENTE
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