UM DIVISOR DE ÁGUAS EM MINHA VIDA
Não foi apenas encantamento o que senti ao
assistir tantas vezes, no cinema, ao filme
"Imensidão Azul", de Luc Besson.
"Imensidão Azul" (Le grand bleu/The Big Blue –
França,1988) representou um divisor de águas em
minha vida!
Aprendi a me aceitar, a conviver comigo 24
horas, sem deixar que as rejeições, as maldades
e as indiferenças encontradas no mundo me
impedissem de me apreciar e viver tudo que sou
como pessoa, missão, vocação e potencialidade.
Continuei convivendo. No entanto, deixei de
esperar aceitação, de aguardar retorno e até de
tentar mudar a frieza, alienação e indiferença
de alguns. Passei a gostar de mim, a me
valorizar.
A abertura para o meu próximo continuou a
existir, de minha parte, porque tal
disponibilidade para os outros é um dos
componentes fundamentais de minha personalidade
social.
Vivo como sou. Não mudei o que sou. A grande
mudança foi eu me sentir viva sem depender dos
sentimentos do próximo a meu respeito. Passei a
ser feliz em contemplar meu íntimo, para crescer
e aprender, a ter orgulho de ser independente
interiormente, capaz de atender às minhas
necessidades como ser humano individual,
responsável por meu crescimento pessoal,
profissional e cultural.
Percebi, então, o significado positivo da
solidão: o tempo que ganhamos para ser,
refletir, apreciar, elaborar decisões, planejar
atitudes. Antes, eu perdia muito tempo me
esforçando demais em prol dos que nem mesmo
precisavam de mim... Para que tanto esforço
inútil? Compreendi que eu precisava bem mais de
atenção e carinho interiores. E passei a não
mais me negligenciar!
Do mergulho nas imagens, nos sons e na história
de "Imensidão Azul", consegui reverter a
profunda tristeza que ameaçava me afogar. Emergi
inteira, disposta a não repetir erros,
amadurecida, revigorada, e ainda mais fiel ao
que sempre fui, no que tenho de melhor em mim.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília-DF, 10 de abril de 2008
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O MERGULHO DO CORAÇÃO
http://www.theresacatharinacampos.com/comp2449.htm
De: artemis coelho
Data: 28 de junho de 2015
Preciso e profundo, querida Theresa. E belo.
Um abraço sempre carinhoso,
Artemis
De: Elizabeth Barros
Data: 28 de junho de 2015
Tia,é bom saber que este filme fez tão bem para
a senhora. E que a senhora conseguiu vencer
muitas dificuldades e não afundar numa tristeza
profunda.
Viva sempre muito feliz e com muita alegria!
Beijos, de sua sobrinha, Elizabeth
De: L.
Data: 30 de junho de 2015
Theresa, que texto real e lindo!
Estou numa situação "de sentimento de culpa",
melhorei muito, porque antes fazia de tudo para
ser aceita.
É difícil, mas gostaria muito de seguir o que
você disse: "Percebi, então, o significado
positivo da solidão: o tempo que ganhamos para
ser, refletir, apreciar, elaborar decisões,
planejar atitudes. Antes, eu perdia muito tempo
me esforçando demais em prol dos que nem mesmo
precisavam de mim... Para que tanto esforço
inútil? Compreendi que eu precisava bem mais de
atenção e carinho interiores. E passei a não
mais me negligenciar! "
É um texto super atual.
Um dia, quem sabe, consigo... |