PARA O BEM
DO BRASIL, UMA SÓLIDA ALIANÇA POLÍTICA
ENTRE CATÓLICOS E PROTESTANTES
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Hoje, não é possível contribuir
para o bem do Brasil sem que haja uma sólida
aliança política entre os católicos e os
protestantes, embora existam muitas pessoas
trabalhando contra isto.
Antes de explicar
por que esta aliança é importante, urge que se
explique o que é política. O Papa Francisco,
durante sua visita ao Brasil, disse: "O futuro
exige hoje o trabalho de reabilitar a política
(...), que é uma das formas mais altas da
caridade"01.
Esta frase tem sido recorrente nos discursos do
Santo Padre: a
política é uma elevada forma de caridade. Trata-se
de um esforço, um trabalho sistemático em prol
do bem comum. E justamente por isto ela é uma
forma de caridade: para buscar o bem comum, é
preciso renunciar a algo que nos é próprio.
Encontramo-nos na
seguinte situação: uma ideologia internacional,
bem financiada e determinada, está cooptando
milhares de pessoas para trabalhar pela
destruição do patrimônio moral multissecular do
Ocidente. Um
antro de criminosos pôs na cabeça que precisa
acabar não só com a moralidade judaico-cristã,
mas com a própria família. Como
eles têm consciência de que a população como um
todo é contrária aos seus anseios, eles
manipulam a linguagem para destruir essas
instituições sem que ninguém perceba. "Mudar
o significado e o conteúdo das palavras é uma
artimanha para que a reengenharia social seja
aceita por todos sem protestos"02.
Para combater esta investida
perversa contra os próprios fundamentos da
civilização, é necessária uma coalizão
conservadora de católicos, protestantes,
espíritas, judeus e todos os homens de boa
vontade que querem verdadeiramente conservar o
patrimônio espiritual, moral e jurídico que
forjou o Ocidente.
É evidente que, na prática
religiosa do dia a dia, todo bom católico
continuará acolhendo o chamado à missão e
procurando a conversão dos outros. A mesma coisa
acontecerá do lado dos protestantes. Ou seja,
para um bom católico, o protestante continuará
sendo um herege e, para um protestante convicto,
um católico permanecerá sendo um idólatra. Onde
há liberdade religiosa, é normal que as pessoas
empreendam o diálogo entre si, tentando
convencer as outras.
Não é preciso, pois, revirar o
passado para procurar alguma forma de desunir os
cristãos. Os católicos e os evangélicos estão
perfeitamente de acordo que, no plano religioso,
não há acordo nenhum. É
em outro campo que se quer firmar um acordo: o
campo político. Para
firmar este acordo, é preciso deixar de lado as
diferenças para trabalhar juntos. Nesta
coalizão, é preciso travar uma luta para salvar
a família, a moralidade e a própria civilização,
que estão sendo atacadas por uma horda de
bárbaros.
Esses "novos
bárbaros" não vêm com a guerra, cruzando os
limites geográficos de nossos territórios; mas
vêm com uma ideologia, como serpentes, com a
língua bifurcada: com as palavras, dizem uma
coisa; mas, no fundo, querem insinuar outra.
Encapam seus propósitos sórdidos com termos
sofisticados, como "discriminação" e "identidade
de gênero"; mas, na verdade, desejam destruir os
papéis familiares de pai, mãe, esposo, esposa e
filhos, e implantar suas estratégias nos
currículos escolares de nossas crianças. Aplicam-se
a eles as palavras do salmista: "Enquanto eles
bendizem com os lábios, no coração, bem lá do
fundo, amaldiçoam"03.
Ninguém discute que é preciso
respeitar as minorias, mas não se pode tolerar
que as nossas escolas se tornem fábricas de
destruição do patrimônio moral judaico-cristão.
Por isso, católicos e evangélicos devem deixar
de lado as suas diferenças para trabalhar juntos
pelo bem comum e pelas nossas famílias, antes
que seja tarde demais.
Referências
- Papa
Francisco, Encontro com a classe dirigente
no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
27.07.2013
- Juan Claudio Sanahuja. Poder Global e
Religião Universal. 1. Ed. Katechesis/Ecclesiae:
Campinas, 2012. p. 39
- Sl 61, 5
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