Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
POR QUE VALORIZAR SEU NOME

Alegando uma eventual, suposta praticidade (?), muitos decidem abreviar seu nome, adotando essa atitude habitual. Ao diminuir o nome, deixam de lado a informação mais importante no primeiro documento de sua vida - a certidão de nascimento. Hoje tão comum, essa prática de abreviar o nome próprio, deixa de lado a referência aos pais e avós, tornando-se um costume indicativo do descaso com que se trata os ascendentes, inclusive, os mais próximos, pais e avós.

As pessoas que preferem usar abreviações de sua identificação demonstram não compreender a importância dos sobrenomes que seus longos nomes informam e relembram, sem permitir que tão cedo sejam ignorados ou esquecidos.

Nessa questão, a realeza e seus descendentes têm bastante a nos ensinar.

Não sou duquesa ou viscondessa, nem princesa nem rainha, mas não abro mão de usar meu nome completo, motivo de legítimo orgulho para mim, que sempre assino, sem diminuir, até nos espaços mais reduzidos. Às vezes, preciso recorrer à diminuição do tamanho das letras, ocupo a linha abaixo do espaço mínimo reservado à identificação pessoal, para conseguir assinar meu nome por inteiro, que assino sem abreviar.

Alerto, aliás, para o fato de que nomes abreviados facilitam uma eventual confusão com homônimos. Ao omitir sobrenomes ou um segundo prenome, isso possibilita, com frequência, problemas financeiros e jurídicos, devido à confusão de identidades.

Nosso nome deve ser considerado um legado pelo qual somos responsáveis. Ao zelar pelo nosso bom nome, cabe também a nós torná-lo um privilégio honrado, pelo qual sentiremos um justo orgulho, refletido em nosso comportamento ao longo da vida por nós construída.

Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 13 de agosto de 2015

De: Monaliza Arruda
Data: 22 de setembro de 2015

Bonito texto, realmente o nome é um dos bens mais preciosos que temos, nos representa de todas as formas.
Monaliza

 

Jornalismo com ética e solidariedade.