Theresa Catharina de Góes Campos

     
CRIADORES DE TERAPIAS CONTRA MALÁRIA E VERMINOSES PREMIADOS COM O NOBEL DE MEDICINA

O irlandês William Campbell e o japonês Satoshi Omura dividem metade da láurea. A segunda metade do prêmio de 2015 fica para Youyou Tu, chinesa.

Enquanto Cambell e Omura estudaram as bactérias para encontrar um medicamento contra os vermes, Tu pesquisava compostos derivados de plantas que pudessem atacar os plasmódios causadores da malária.

Na época, já se sabia que a erva Artemisia annua às vezes era eficaz contra o parasita, mas os resultados eram inconsistentes e não se sabia bem por quê. A cientista chinesa foi quem conseguiu isolar a artemisinina, o princípio ativo da planta, e demonstrar sua eficácia em animais e humanos na década de 1960.

Campbell e Omura descobriram uma nova droga, avermectina, que reduziu radicalmente a incidência de oncocercose (a "cegueira dos rios") causada pelo verme Onchocerca volvulus, e pela filaríase linfática, infecção por trás da elefantíase, causada por vermes do gênero Filarioidea. Já Tu descobriu a artemisinina, droga que combate os plasmódios, parasitas causadores da malária.

"Essas duas descobertas forneceram à humanidade novos e poderosos meios de combater essas doenças debilitantes que afetam milhões de pessas anualmente", afirmou o comitê do Nobel em comunicado à imprensa. "As consequências em termos de melhora da saúde humana e redução do sofrimento são imensuráveis."
 

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