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IGUAL A QUASE TODO MUNDO
De tanto olhar para baixo, encurvada,
caiu no duro chão; de leve machucada,
manteve o olhar fixo na tela pequenina.
Seus olhos pareciam estar fatigados.
A paisagem não lhe interessava;
também não viu a lua se despedir,
nem depois contemplou o despertar
de um tímido, mas sorridente sol.
Ignorou as nuvens desfilando os
novos modelos da próxima estação.
Quando foi dormir, na madrugada,
o sono já havia saído, escorraçado
prometendo não mais ali regressar.
O sono é temperamental, não gosta
de ser contrariado, fica logo nervoso.
Soube que foi a poesia encontrar.
Ela seguiu o exemplo dele ...viajou,
para um lugar melhor, pretendendo
talvez aprender rápido a se renovar.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 06 de junho de 2016 |
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