Theresa Catharina de Góes Campos

     
ATÉ O ÚLTIMO HOMEM
(HACKSAW RIDGE - Austrália/ EUA, 2016 - Mel Gibson,139 min.)

FICHA TÉCNICA 

Direção: Mel Gibson
Gênero: Biografia, drama de guerra.

Roteiro: Andrew Knight, Robert Schenkkan
Elenco: Andrew Garfield , Ben O'Toole, Benedict Hardie, Firass Dirani, Goran D. Kleut, Hugo Weaving, James Mackay, Luke Bracey, Luke Pegler, Matt Nable, Milo Gibson, Nathaniel Buzolic, Ori Pfeffer, Rachel Griffiths, Richard Roxburgh, Robert Morgan, Ryan Corr, Sam Worthington, Teresa Palmer, Vince Vaughn
Produção: Bill Mechanic, Brian Oliver, Bruce Davey, David Permut, Paul Currie, Terry Benedict, William D. Johnson
Fotografia: Simon Duggan
Montador: John Gilbert
Trilha Sonora: Rupert Gregson-Williams
Duração: 139 min.
Cor: Colorido

Estreia: 26/01/2017 (Brasil)
Distribuidora: Diamond Films
Classificação etária: 16 anos

De: Nívea Linhares
Assunto: Até o Último Homem

Até o Último Homem (Hacksaw Ridge - EUA/ Austrália, 2016)  
Dirigido por Mel Gibson (Coração Valente, A Paixão de Cristo), o longa é baseado em uma história real, que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial e tem como protagonista o socorrista médico (paramédico) do exército Desmond T. Doss (Andrew Garfield, de A Rede Social), que se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas. 
Durante a Batalha de Okinawa, ele salva mais de 75 homens. A postura ganha repercussão e o médico recebe uma Medalha de Honra do Congresso, tornando-se o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana.

O drama de ação traz ainda no elenco Teresa Palmer, Sam Worthington (Avatar), Vince Vaughn, Luke Bracey (O Melhor de Mim), Rachel Griffiths (Ela dança. Eu danço) e Hugo Weaving.

https://news.adventist.org/pt/todas-as-noticias/noticias/go/2007-05-07/estados-unidos-escultura-de-desmond-doss-unveiled-no-veterans-memorial-park/


Antes de ser transportada para o cinema, a trajetória de Desmond Doss inspirou o livro The Unlikeliest Hero (O Herói Improvável) e o documentário The Conscientious Objector (O Objetor de Consciência). Ele é considerado um herói nacional pelos norte-americanos e um símbolo da recusa em combater para várias gerações de adventistas no mundo. De forma exemplar, conseguiu conciliar o dever para com a nação e a lealdade aos princípios bíblicos. Em Okinawa, Japão, em um sábado de maio de 1945, Doss ajudou a salvar 75 homens feridos.
O adventista que se recusou a usar armas, mas agiu com bravura durante o conflito como auxiliar médico, recebeu a mais elevada condecoração militar oferecida pelos Estados Unidos: a Medalha de Honra do Congresso.
Desmond Doss morreu em 2006, aos 87 anos de idade. [Márcio Tonetti, equipe RA]
--------------

https://painelpolitico.com/verdadeira-historia-do-soldado-doss-que-virou-filme-de-mel-gibson/

O soldado Desmond Doss era "um covarde". Ao menos era assim que seus colegas o viam. Desmond era um Adventista do Sétimo Dia que se alistou para servir na 2ª Guerra Mundial, mas se recusava a matar o inimigo. Ele sequer encostava em armas.
Desmond era o pior tipo de covarde, ele sequer admitia a própria covardia e se alistou para não reconhecer isso. Ao menos os “colegas” que o espancavam tinham essa visão. A seguir um relato sobre o que ele fez na guerra:

“Ele era um socorrista no 1º Batalhão quando atacaram uma escarpa vertical de 120 m de altura. Quando nossas tropas chegaram ao topo, foram alvejados por fogo pesado e concentrado de artilharia, morteiros e metralhadoras. 75 homens foram alvejados, os outros recuaram. O Soldado Doss se recusou a se abrigar e permaneceu na área sob fogo com os feridos. Ele carregou todos os 75, descendo um a um pela escarpa com uma maca presa a uma corda.
·
No dia 2 de maio ele se expôs a fogo pesado de rifle e morteiro para resgatar um homem ferido a 200 metros do inimigo. Dois dias depois ele cuidou de 4 homens que sofreram lacerações atacando uma caverna fortemente defendida. Ele avançou por uma chuva de granadas até 8 metros das forças inimigas na boca da caverna, onde tratou das feridas dos soldados e fez 4 viagens para evacuá-los em segurança.
·
No dia 5 de maio, ele sem hesitar atravessou fogo de artilharia e armas de mão para cuidar de um oficial de artilharia ferido. Ele aplicou bandagens, moveu o paciente para uma posição abrigada dos tiros inimigos e aplicou plasma enquanto fogo de artilharia caía em volta. No mesmo dia quando um americano estava severamente ferido por tiros vindos de uma caverna, o soldado Doss rastejou até onde ele havia sido atingido, a 25 metros da posição inimiga. Cuidou do soldado e o carregou por 100 metros para uma posição segura, o tempo todo exposto ao fogo inimigo.
·
No dia 21 de maio, em um ataque noturno a uma posição elevada próxima a Shuri, ele permaneceu em território exposto enquanto o resto de sua Companhia correu para se abrigar; ignorando o risco de ser alvejado pelo inimigo ou confundido com um batedor por seus próprios colegas, ele percorreu o campo de batalha cuidando dos feridos, até que ele mesmo foi seriamente ferido nas pernas por uma granada. Em vez de chamar por socorro médico ele cuidou dos próprios ferimentos e esperou por 5 horas até que dois soldados com uma maca aparecessem.
·
Os três foram atacados por um tanque inimigo, ao mesmo tempo em que o soldado Doss percebeu outro ferido, mais grave, na proximidade. Ele ordenou que os maqueiros cuidassem primeiro do outro soldado. Enquanto eles não voltavam, Doss foi atingido por um sniper, provocando uma fratura composta em seu braço.
·
O soldado Doss pegou um rifle que estava no chão, fez uma tala com a coronha para estabilizar seu braço e rastejou 300 metros até o território amigo.
·
Por sua inigualável bravura e inquestionável determinação em face de condições desesperadamente perigosas, Doss salvou a vida de muitos soldados. Seu nome se tornou um símbolo por toda a 77ª Divisão de Infantaria de Valentia muito acima e além do Dever.”
Desmond, como todo socorrista foi visto como covarde até a primeira baixa. Os socorristas, em geral escolhidos por serem parte de grupos religiosos que se recusavam a combater estavam entre os mais corajosos, abnegados e ousados soldados de qualquer batalhão, e quando um novato falava mal do socorrista de um pelotão veterano, quem levava uma boa surra era o novato.
Yoda diz que guerra não faz ninguém grande. Yoda está errado. Desmond Doss foi um grande Homem, salvou inúmeras vidas entre 1942 e 1946, e sobreviveu para contar a história, morrendo aos 87 anos em 2006.
O texto de abertura é a citação oficial de sua Medalha de Honra do Congresso, a maior condecoração dos Estados Unidos, recebida das mãos do presidente Truman:

Desmond_Doss_CMH_award

http://www.revistaadventista.com.br/blog/2016/11/04/heroi-improvavel/

Lionsgate Movies — Hacksaw Ridge (2016 – Movie) Official Trailer – “Believe”

 

Jornalismo com ética e solidariedade.